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Casos sem sintomas, leves e graves: as diferentes evoluções do coronavírus


Você deve ter ouvido que o coronavírus (Sars-Cov-2) não afeta igualmente todas as pessoas. Mas então quais são as possíveis evoluções da Covid-19 e seus respectivos sintomas?

O médico francês Ramy Rahmé, pós-doutorando da Universidade de Paris, aproveitou o confinamento ao qual está submetido em Nova York (EUA) para criar um gráfico, corroborado por vários estudos, que resume as principais formas de manifestação da doença por trás dessa pandemia.

O material, que viralizou nas redes sociais de profissionais de saúde, reforça que a maioria dos infectados é assintomática ou apresenta sinais de leves a moderados, que não exigem internação. Por outro lado, indica que a mortalidade em casos críticos, que exigem UTI e ventilação, chega a 50% em alguns locais.

Já o tempo médio de incubação do Sars-Cov-2 seria igual para todos os graus de severidade: cinco dias entre contrair e manifestar os sintomas ou desenvolver imunidade a ele.

Gráfico mortalidade de coronavírus
 (Ilustração: Eduardo Pignata/SAÚDE é Vital)

Agora, os dados disponíveis sobre o novo coronavírus são atualizados constantemente, até porque conhecemos esse inimigo da saúde há pouco tempo. Além disso, situações de cada país interferem na mortalidade da doença. Ou seja os números acima podem sofrer variações de pesquisa para pesquisa — e de região para região. Até por isso conversamos com especialistas para entender melhor as diferentes evoluções do problema:

Os casos assintomáticos de coronavírus

Essa é a fatia mais difícil de calcular. O governo chinês estima que 30% dos portadores do país não apresentam sintomas. Em artigo enviado ao Journal of Infectious Disease, pesquisadores japoneses confirmam essa porcentagem ao avaliarem habitantes que retornaram da China.

Mas a literatura sobre o assunto também apresenta outros dados. “Estima-se que entre 5% e 80% das pessoas com teste positivo para o Sars-CoV-2 possam ser assintomáticas”, comenta Tânia Vergara, infectologista presidente da Sociedade de Infectologia do Rio de Janeiro. Haja variação!

Para ter uma estimativa precisa, seria preciso testar a população mundial em larga escala. “É algo que não temos condições de fazer no cenário atual, em que há escassez de exames”, comenta Adriano Massuda, médico professor da FGV-EAESP e pesquisador da Universidade Harvard, nos Estados Unidos.

O que se sabe: as pessoas infectadas que andam por aí sem sequer tossir ou espirrar são capazes de transmitir a doença por até 14 dias após o contágio. Porém, em uma intensidade 50% menor do que os sintomáticos.

“Mesmo assim, um estudo recente aponta que elas podem ser responsáveis por dois terços de todas infecções. Daí a importância do isolamento social generalizado”, argumenta Tânia.

Os casos leves e moderados

Eles provavelmente englobam a maior parte dos casos de Covid-19. Apresentam febre, tosse seca, dor de cabeça, cansaço e leve dificuldade para respirar. Assim como os assintomáticos, entram na estatística dos mais de 80% de infectados que precisam de internação.

Aqui, as manifestações aparecem, em média, cinco dias depois da exposição ao vírus e progridem por mais uma semana. Em alguns casos, há uma piora tardia, o que eleva o tempo de recuperação para cerca de 14 dias.

Estudos mostram que pessoas nessa categoria podem espalhar o vírus por 21 dias após o contágio. “Acredita-se que pacientes com sintomas aparentes tenham carga viral mais alta e, por isso, transmitem-no por mais tempo”, comenta Leonardo Weissman, infectologista da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Na suspeita de um caso leve ou moderado, o ideal é reforçar o isolamento social, beber bastante água e monitorar os sintomas. O Ministério da Saúde oferece aplicativo de celular e um canal telefônico em que você pode ligar gratuitamente em caso de dúvidas: 136.

Calcula-se que 15% dos pacientes apresentem sintomas severos e precisem ser internados para receber oxigênio, às vezes na UTI. O tempo para recuperação é longo e o período de transmissibilidade do vírus, ainda mais alto. Segundo um estudo publicado no The Lancet Infectious Disease, o Sars-Cov-2 pode ser detectado no organismo até 25 dias depois da infecção.

Em determinados grupos de risco, como idosos e portadores de doenças cardiovasculares, a mortalidade dos casos graves chega a 15%, como indica uma pesquisa com mais de 70 mil chineses, publicado pelo Centro de Controle de Doenças do país no periódico Journal of The American Medical Association.

No diagrama proposto por Rahmé, há ainda um espaço para os casos críticos, separados ali por um motivo claro: a mortalidade. Do total de infecções, 5% evoluirá para um quadro bem pesado, que exige mais tempo na UTI e ventilação mecânica (quando um respirador artificial realiza o trabalho dos pulmões). Entre essa pequena parcela, a taxa de mortalidade alcançaria 50%, a depender da idade.

Esse alto índice de fatalidades foi observado em pacientes muito graves na cidade de Seattle (Estados Unidos) e é utilizado em relatório do Imperial College London, uma renomada instituição do Reino Unido.

Geralmente, a morte acontece após o 21º dia de infecção, quando o indivíduo já está internado há duas semanas. “A recuperação dos sobreviventes, por sua vez, pode levar até seis semanas”, destaca Weismann. Essa turma, aliás, expele o vírus por longos períodos — um estudo chinês chegou a detectar o novo coronavírus em circulação 37 dias depois do contágio.

Acompanhe os dados em tempo real através de nosso site do Coronavírus.

Fonte: Saúde

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