Amidalite é uma doença infecciosa que atinge as amídalas, dois órgãos de defesa contra infecções que ficam no fundo da garganta.
Causas de amidalite
A amidalite pode ser causada por vírus (mais frequentes nas crianças), por bactérias (atinge mais os jovens e os adultos) ou pela associação dos dois agentes. Geralmente ela é transmitida por gotículas expelidas em tosse, espirro ou por beijo ou compartilhamento de objetos (como copos).
Sintomas de amidalite
Os sintomas mais comuns são:
- Febre;
- Dor de garganta;
- Falta de apetite;
- Mau hálito;
- Dificuldade para engolir;
- Algumas pessoas podem sentir dor de ouvido;
- Às vezes, inchaço dos gânglios do pescoço e da mandíbula;
- Na amidalite bacteriana, aparecem pontos de pus amarelado nas amídalas e pode haver saburra amarelada na língua.
É importante observar os sintomas para não os confundir com os de outras doenças, como gripe e mononucleose.
Quando procurar um médico por suspeita de amidalite
Geralmente, as amidalites não são graves. A maioria é provocada por vírus e regride espontaneamente. Procure um médico se:
- Os sintomas durarem mais de 4 dias sem sinal de melhora;
- Houver dificuldade para respirar;
- A dor e dificuldade de engolir impedirem de comer ou beber.
Diagnóstico e tratamento da amidalite
Ao tratar, é preciso diferenciar a amidalite causada por vírus da bacteriana.
Nas amidalites por vírus, a infecção atinge preferencialmente a região da orofaringe (amídalas e faringe) e deve ser tratada com analgésicos e anti-inflamatórios simples.
Já nas amidalites bacterianas (causadas mais comumente pelos tipos estreptococos e os estafilococos) provocam grande inflamação nas amídalas associada ao aparecimento de placas de pus na orofaringe, tornando necessário o uso de antibióticos específicos. Nesses casos, é exigido maior rigor no tratamento, pois suspender a medicação assim que desaparecem os sintomas, sem completar o período prescrito pelo médico, pode provocar complicações graves.
Se as bactérias não forem totalmente eliminadas, elas podem permanecer ativas no organismo e migrar para outros tecidos, causando problemas distantes da garganta, como febre reumática e nefrite (inflamação dos rins).
Se a amidalite for crônica, outras causas devem ser pesquisadas para descobrir a razão da inflamação e buscar o tratamento adequado. A remoção cirúrgica das amídalas só é indicada em casos específicos que não respondem ao tratamento clínico e se repetem várias vezes ao ano, as chamadas amidalites de repetição ou recorrentes.
Recomendações para evitar amidalite
- Procure ficar longe do cigarro. Fumantes ativos e passivos estão mais propensos a infecções das amídalas;
- Evite ambientes com ar-condicionado, que resseca as mucosas e diminui a resistência das amídalas;
- Em amidalites de repetição é importante afastar a hipótese de refluxo gastroesofágico, responsável pela mudança no pH da garganta e que pode facilitar o surgimento de inflamações;
- Prefira ingerir bebidas mornas, sopas e alimentos macios, uma vez que são mais tolerados durante as crises;
- Tome muito líquido para hidratar as mucosas;
- Quando se tratar de amidalite bacteriana, não deixe de tomar os remédios prescritos pelo médico só porque os sintomas desapareceram. Tome pelo período determinado para evitar complicações da doença;
- Não se automedique. Medicamentos usados sem indicação podem favorecer o desenvolvimento de bactérias resistentes.
Perguntas frequentes sobre amidalite
Quando é indicado operar para tirar as amídalas?
As amídalas fazem parte do sistema imunológico e constituem a primeira barreira contra micro-organismos que nos invadem pela boca. Só é indicada sua retirada por cirurgia quando o paciente tem episódios muito frequentes de amidalite que não responde bem ao tratamento convencional.
Mesmo tirando as amídalas eu posso dor de garganta?
Sim, porque a retirada não vai impedir de você ter uma faringite ou laringite. Faringites são inclusive causa mais frequente de dor de garganta. Por isso, é importante ter um estilo de vida saudável para que sua imunidade não caia, o que favorece que micro-organismos oportunistas façam a festa.
Fonte: Dr. Drauzio Varella