Este exame avalia a presença de anticorpos totais que impedem o acoplamento do domínio de ligação ao receptor (RBD, do inglês receptor-binding domain) da proteína S1 do SARS-CoV-2, à enzima conversora da angiotensina 2 (ECA2), o receptor celular do vírus. A presença de anticorpos neutralizantes não deve ser interpretada como prova de imunidade protetora contra o SARS-CoV-2. Nenhuma decisão envolvendo medidas de proteção individual, distanciamento social, suspensão de isolamento ou retorno ao trabalho deve ser tomada com base no resultado deste exame.
Este exame NÃO é indicado para diagnosticar infecção ativa, uma vez que não registra a presença do vírus, como o faz o RT-PCR. Conforme validação interna, a sensibilidade deste teste, determinada em pacientes sintomáticos com RT-PCR positiva para SARS-CoV-2, de acordo com o tempo de coleta do soro após o início dos sintomas, foi: Até 10 dias: 30,0%; de 11 a 20 dias: 67,0%; acima de 20 dias: a 100%. A especificidade, determinada em pacientes com SARS-CoV-2 não detectado na RT-PCR, foi 99,0%. Para sensibilidade máxima, recomenda-se que o soro seja coletado após 20 dias de sintomas. No entanto, não se pode excluir a possibilidade de resultados falsos-negativos em pacientes assintomáticos ou com manifestações clínicas leves.
Diferença entre os Testes: O Teste de Neutralização SARS-CoV-2, anticorpos Totais, detecta especificamente os anticorpos que potencialmente impedem a ligação do vírus às células, podendo evitar a entrada do micro-organismo e, consequentemente, sua replicação dentro do corpo. Por isso, são chamados de anticorpos de inibição viral. Já o Teste de Sorologia convencional, SARS-CoV-2/COVID-19, detectam anticorpos do tipo IgG, IgM ou anticorpos Totais, também marcando contato prévio com o vírus, porém não são específicos do tipo neutralizantes.