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Dapaglifozina pode reduzir desfechos renais em pacientes com doença renal crônica?


Os inibidores do cotransportador sódio-glicose 2 (SGLT2) certamente foram o centro das atenções congresso da European Society of Cardiology (ESC 2020). Além de mostrar importante benefício em desfechos cardiovasculares, a dapaglifozina foi testada em pacientes diabéticos e não diabéticos com o intuito de avaliar eventos renais e cardiovasculares em doentes com doença renal crônica no estudo DAPA-CKD.

Dapaglifozina e desfechos renais

Tratou-se de um estudo multicêntrico, randomizado, placebo controlado em 21 países com 4304 pacientes. Os critérios de inclusão foram:

  • Adultos maiores de 18 anos;
  • Doença renal crônica (taxa de filtração glomerular estimada ≥25 e ≤75 mL/min/1.73m);
  • Razão albumina/creatinina urinária ≥200 mg/g e ≤5000 mg/g;
  • Estabilidade da doença com o uso de IECA ou BRA em máxima dose tolerada há pelo menos quatro semanas.

O desfecho primário era um composto de piora da função renal (queda de 50% ou mais da estimativa da taxa de filtração glomerular ou evolução para doença renal terminal) ou morte por causa renal ou por doença cardiovascular.

O desfecho secundário era uma série hierarquizada de 1- um composto de piora da função renal (queda de 50% ou mais da estimativa da taxa de filtração glomerular ou evolução para doença renal terminal) ou morte por causa renal; 2- um composto de hospitalização por insuficiência cardíaca ou morte cardiovascular; 3 – morte por qualquer causa.

Os pacientes foram alocados no grupo da dapaglifozina 10 mg ou placebo. A média de idade era de 62 anos e 67% eram homens. A maioria dos pacientes eram diabéticos (67,5%). O seguimento médio foi de 2,4 anos.

Resultados

O desfecho primário ocorreu em 197 pacientes do grupo da dapaglifozina e 302 do grupo placebo (risco relativo de 0.61;95% intervalo de confiança [IC] 0.51–0.72; p=0.000000028), além disso a dapaglifozina ainda reduziu a ocorrência de todos os eventos secundários. Os riscos relativos foram:

  • Piora da função renal ou morte por causa renal 0.56 (95% IC 0.45–0.68; p<0.0001);
  • Hospitalização por insuficiência cardíaca ou morte cardiovascular 0.71 (95% IC 0.55–0.92; p=0.0089); e
  • Morte por qualquer causa 0.69 (95% IC 0.53–0.88; p=0.0035).

Conclusões

Os resultados foram consistentes mesmo em pacientes sem diabetes.

A droga também se mostrou bem segura, com taxas de abandono de tratamento semelhantes a do placebo e poucos efeitos colaterais, destacando a ausência de hipoglicemia mesmo em pacientes sem diabetes.

Com isso, a dapaglifozina mostra mais um importante benefício em seu uso, a redução da piora da função renal em pacientes com doença renal crônica, além de corroborar os benéficos efeitos cardiovasculares já vistos no DAPA-HF.

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