A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou hoje, dia 1º, que a exigência de retenção de receita para ivermectina e nitazoxanida não é mais necessária. Segundo a agência, esses medicamentos não estão mais sob ameaça de desabastecimento de mercado, motivo pelo qual entraram na lista de controle ao serem divulgados como potenciais tratamentos e profilaxias da Covid-19.
A nitazoxanida havia sido incluída na lista C1 de medicamentos em abril deste ano, por meio da resolução Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 372/2020. Em julho, a ivermectina teve o mesmo destino, assim como a cloroquina e hidroxicloroquina, na RDC 405/2020.
No momento, hidroxicloroquina e cloroquina continuam na lista de medicamentos controlados. A decisão entra em vigor a partir da publicação no Diário Oficial da União (D.O.U).
Ivermectina e nitazoxanida
O objetivo da liberação foi garantir o acesso aos medicamentos daqueles que precisam realizar o tratamento de verminoses e parasitoses. A Anvisa ressalta que a decisão levou em contra o fato de que ambos os fármacos já são de prescrição médica, exigindo receita simples.
A agência continua realizando o monitoramento da lista de substâncias sujeitas a controle em virtude da emergência de saúde pública relacionada à Covid-19.
Ivermectina na Covid-19
Apesar da grande mobilização em torno da ivermectina para o tratamento da Covid-19, não foram encontradas evidências científicas de benefícios do medicamento para a doença. Sendo assim, em julho, a Anvisa se posicionou contra uso rotineiro para prevenção e tratamento, reforçando que o medicamento antiparasitário tem apenas indicação para uso conforme o que consta na bula, como no tratamento de escabiose e piolho.
Apesar disso, como uso do medicamento para indicações diferentes das apoiadas em bula é de escolha e responsabilidade do médico, o medicamento ainda foi bastante distribuído nos kits covid e prescritos para casos leves no país.