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Varizes: Que medidas ajudam a diminuir o inchaço das pernas?

outubro 1st, 2020 by

As medidas que ajudam a diminuir o inchaço das pernas em um quadro de varizes são as mesmas indicadas para o controle dos demais sintomas envolvidos. O tratamento completo das varizes abrange praticamente todos os incômodos associados ao problema. Quando o paciente segue o tratamento com rigor, as chances de sucesso são bem grandes.  

Principais medidas para controlar os sintomas das varizes


“Algumas medidas que ajudam a diminuir o edema das pernas são: uso de meias de compressão, prática de atividades físicas, evitar obesidade e uso de medicamentos venotônicos quando necessário. Essas medidas também servem para controlar outros sintomas das varizes”, informa o angiologista Jayme Ramos de Almeida Filho.

Além do inchaço das pernas, o paciente com varizes costuma sofrer com dores, sensação de peso, coceira e formigamento nas pernas, escurecimento da pele e presença de vasos sanguíneos dilatados e escuros. Por outro lado, também é possível que o indivíduo esteja com varizes mas não manifeste sintomas muito aparentes.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, para prevenir e tratar as varizes, o paciente também deve evitar fumar, evitar uso de hormônios anticoncepcionais, apostar em uma dieta rica em fibras para evitar constipação intestinal, não permanecer muito tempo parado, seja em pé ou sentado, e não usar cintas abdominais apertadas. 

Tratamento medicamentoso


O tratamento medicamentoso também é muito importante, principalmente nos casos em que a doença já ultrapassou o estágio inicial. Estes remédios facilitam a circulação sanguínea, o que diminui as chances do sangue não conseguir subir de volta ao coração, acumulando-se nos membros inferiores. A formação e intensificação das varizes se devem a esse fenômeno.  

Trombose venosa profunda

junho 5th, 2020 by

Trombose venosa profunda é uma doença potencialmente grave causada pela formação de coágulos (trombos) no interior das veias profundas. Na maior parte das vezes, o trombo se forma na panturrilha, ou batata da perna, mas pode também instalar-se nas coxas e, ocasionalmente, nos membros superiores.

O desprendimento do coágulo pode provocar complicações a curto ou longo prazo. A curto prazo, ele pode deslocar-se até o pulmão e obstruir uma artéria. Esse episódio é chamado de embolia pulmonar e, conforme o tamanho do coágulo e a extensão da área comprometida, pode ser mortal.

A longo prazo, o risco é a insuficiência venosa crônica ou síndrome pós-flebítica, que ocorre em virtude da destruição das válvulas situadas no interior das veias encarregadas de levar o sangue venoso de volta para o coração.

Causa

A principal causa da trombose venosa profunda é a imobilidade prolongada, comum não só nas viagens aéreas e terrestres que obrigam a pessoa a ficar sentada por horas na mesma posição (por isso, a doença ficou conhecida impropriamente como síndrome da classe econômica), mas também nos casos de permanência no leito em repouso por doenças e depois de cirurgias. Lesões nos vasos e desequilíbrio nos fatores de coagulação do sangue também são responsáveis pela formação de trombos.

Sintomas

A trombose venosa profunda pode ser absolutamente assintomática. Quando aparecem, podem envolver:

Embolia pulmonar

  • Edema;
  • Dor;
  • Calor;
  • Rubor (vermelhidão)
  • Rigidez da musculatura na região em que se formou o trombo.

Síndrome pós-flebítica

  • Edema (inchaço);
  • Cor mais escura da pele;
  • Endurecimento do tecido subcutâneo;
  • Eczemas;
  • Úlceras.

Diagnóstico

O diagnóstico clínico é estabelecido com base nos sintomas e nos fatores de risco e confirmado por exames de laboratório e de imagem, como a ressonância magnética, a flebografia e o ecodoppler colorido.

Quanto mais precocemente for feito e mais cedo introduzido o tratamento, maior a possibilidade de reverter o quadro e evitar complicações e sequelas.

Fatores de risco

  • Predisposição genética;
  • Idade acima de 40 anos;
  • Obesidade;
  • Gravidez e pós-parto;
  • Câncer;
  • Uso de anticoncepcionais;
  • Hormonoterapia;
  • Dificuldade para caminhar;
  • Traumas;
  • Veias varicosas;
  • Tabagismo;
  • Cirurgias de longa duração;
  • Insuficiência cardíaca e/ou respiratória;
  • Viagens aéreas ou terrestres que obriguem o passageiro a ficar sentado por muitas horas;
  • Desidratação.

Prevenção

Manter o peso dentro dos limites saudáveis, não fumar, restringir o consumo de bebidas alcoólicas e praticar exercícios físicos são medidas importantes para prevenir a formação de trombos.

Pessoas com predisposição a desenvolver trombos precisam movimentar-se tão logo seja possível nas viagens que pressupõem longos períodos de imobilização, depois de cirurgias e quando tiverem necessidade de permanecer em repouso por muito tempo. Usar meias elásticas e evitar o consumo de bebidas alcoólicas e de medicamentos para dormir são medidas que também ajudam a prevenir a formação de coágulos.

Tratamento

O objetivo do tratamento da trombose venosa profunda é evitar a formação de coágulos ou, se eles já se instalaram, promover sua reabsorção pelo organismo. Para tanto, pode-se contar com os medicamentos anticoagulantes (heparina e warfarina), e os fibrinolíticos que ajudam a dissolver os trombos.

Alguns casos requerem intervenção cirúrgica.

Recomendações

  • Esteja atento às alterações que a trombose venosa profunda pode provocar, especialmente se tem predisposição para a doença ou esteve exposto a fatores de risco que favorecem a formação de trombos;
  • Não se automedique. Procure imediatamente assistência médica se suspeitar que desenvolveu um trombo;
  • Evite o consumo de bebidas alcoólicas e de remédios para dormir quando for obrigado a permanecer sentado por muito tempo;
  • Use roupas e calçados folgados e confortáveis;
  • Aproveite todos os pretextos para mudar de posição ou movimentar-se durante as viagens;
  • Faça exercícios de rotação, flexão e extensão com as pernas e os pés enquanto estiver viajando;
  • Comece a caminhar tão logo as condições físicas permitam depois de uma cirurgia, dos períodos de imobilidade prolongada em virtude de problemas de saúde ou de muitas horas de viagem ;
  • Use meias elásticas;
  • Beba muito líquido para evitar a desidratação.

Fonte: Dr. Drauzio Varella

Trombose

junho 5th, 2020 by

Quando sofremos um corte, o sangue escorre um pouco e para, porque o corpo humano é dotado de um sistema de coagulação altamente eficaz. As plaquetas, por exemplo, convergem para o local do ferimento e formam um trombo para bloquear o sangramento. Decorrido algum tempo, esse trombo se dissolve, o vaso é recanalizado e a circulação volta ao normal.

Há pessoas que apresentam distúrbios e formam trombos (coágulos) num lugar onde não houve sangramento. Em geral, eles se formam nos membros inferiores. Como sua estrutura é sólida e amolecida, um fragmento pode desprender-se e seguir o trajeto da circulação venosa que retorna aos pulmões para o sangue ser oxigenado. Nos pulmões, conforme o tamanho do trombo, pode ocorrer um entupimento – a embolia pulmonar – uma complicação grave que pode causar morte súbita.

Sintomas de trombose

A trombose pode ser completamente assintomática ou apresentar sintomas como:

  • Dor;
  • Inchaço;
  • Aumento da temperatura nas pernas;
  • Coloração vermelho-escura ou arroxeada;
  • Endurecimento da pele.

Causas da trombose

  • Imobilidade provocada por prolongadas internações hospitalares;
  • Síndrome da classe econômica: dificuldade de movimentação durante viagens longas em aviões e ônibus;
  • Terapia de reposição hormonal;
  • Uso de anticoncepcionais;
  • Varizes;
  • Cirurgias;
  • Cigarro.

Fatores de risco para trombose

Alguns fatores como predisposição genética, idade mais avançada, colesterol elevado, cirurgias e hospitalizações prolongadas, obesidade, uso de anticoncepcionais, consumo de álcool, fumo, falta de movimentação, aumentam o risco de desenvolver trombose.

Tratamento da trombose

Existem medicamentos para reduzir a viscosidade do sangue e dissolver o coágulo (anticoagulantes) que ajudam a diminuir o risco, a evitar a ocorrência de novos episódios e o aparecimento de sequelas, mas que só devem ser usados mediante prescrição médica depois de criteriosa avaliação.

Massageadores pneumáticos intermitentes também podem ser usados nesses casos. Esses aparelhos consistem em botas acolchoadas conectadas a uma bomba que faz elas inflarem e desinflarem automaticamente para estimular a circulação nas pernas.

Recomendações para prevenir trombose

  • Procure um médico para saber se você pertence ao grupo de risco, porque existem medidas preventivas que podem e devem ser adotadas;
  • Pare de fumar. Os componentes do cigarro lesam veias e artérias;
  • Beba álcool com parcimônia e moderação;
  • Movimente-se. As consequências da síndrome da classe econômica podem ser atenuadas se você ficar em pé ou der pequenas caminhadas. Vestir meias elásticas ou massagear a panturrilha pressionando-a de baixo para cima ajuda muito;
  • Ande sempre que possível, se você é obrigado a trabalhar muitas horas sentado. Levante-se para tomar água ou café, olhar a rua, ir ao banheiro;
  • Use meias elásticas especialmente se você tem varizes;
  • Não se automedique. Procure assistência médica imediatamente se apresentar algum sintoma que possa sugerir a formação de um trombo.

Perguntas frequentes sobre trombose

Qual a relação entre anticoncepcionais e trombose?

Algumas pílulas, particularmente as combinadas com estrogênio, são as que estão mais relacionadas ao aumento do risco de trombose. Dependendo de outros fatores de risco, como predisposição genética, o risco de trombose venosa pode aumentar de três a oito vezes. Ainda assim, o risco é considerado baixo, exceção feita às fumantes, que têm risco alto e devem ter orientação médica para escolher um método anticoncepcional.

Fonte: Dr. Drauzio Varella