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Entendendo a Endometriose

julho 14th, 2023 by

A endometriose é uma condição ginecológica crônica que afeta milhões de mulheres em todo o mundo em diferentes momentos da vida.

O Que é Endometriose:

A endometriose ocorre quando o tecido que normalmente reveste o útero, conhecido como endométrio, cresce fora do útero, geralmente nos órgãos pélvicos, como os ovários, trompas de falópio e tecidos adjacentes. Esses crescimentos podem causar dor intensa, inflamação e formação de aderências.

Sintomas

Os sintomas da endometriose podem variar de uma mulher para outra, mas alguns dos sinais mais comuns incluem:

Dor Pélvica

A dor intensa é um sintoma predominante da endometriose. Pode ocorrer antes ou durante o período menstrual, durante a relação sexual e até mesmo durante a evacuação ou urinação.

Menstruação Irregular

Algumas mulheres com endometriose podem experimentar períodos menstruais irregulares, com sangramento intenso ou prolongado.

Infertilidade

A endometriose também pode afetar a fertilidade, tornando mais difícil a concepção. É importante procurar orientação médica se você estiver tentando engravidar e suspeitar de endometriose.

Outros Sintomas

Fadiga, desconforto gastrointestinal, dores de cabeça e sintomas de síndrome do intestino irritável também podem estar presentes em alguns casos.

Possíveis Causas

As causas exatas da endometriose ainda não são totalmente compreendidas. No entanto, algumas teorias sugerem que a menstruação retrógrada (quando o fluxo menstrual volta pelas trompas de falópio) pode ser um fator contribuinte. Além disso, desequilíbrios hormonais e predisposição genética também podem desempenhar um papel.

Opções de Tratamento

Embora a endometriose não tenha cura definitiva, existem várias opções de tratamento disponíveis para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Aqui estão algumas opções comuns:

Medicamentos

O uso de medicamentos hormonais, como contraceptivos orais, pode ajudar a controlar o crescimento do tecido endometrial e aliviar os sintomas.

Cirurgia

Em casos mais graves, a cirurgia laparoscópica pode ser recomendada para remover os crescimentos de tecido endometrial. Isso pode ajudar a reduzir a dor e melhorar a fertilidade.

Tratamentos complementares

Terapias complementares, como acupuntura, fisioterapia, exercícios de relaxamento e modificação na alimentação, podem ser úteis no alívio dos sintomas.

Se você suspeita de endometriose ou está enfrentando sintomas relacionados, é fundamental consultar um ginecologista especializado em endometriose. Eles poderão realizar uma avaliação adequada, fazer um diagnóstico preciso e recomendar o melhor plano de tratamento para você. No Centro Médico H3Med, temos uma equipe de ginecologistas prontos para ajudar no diagnóstico, tratamento e acompanhamento dessa condição.

A endometriose pode ser uma condição desafiadora, mas com o diagnóstico precoce, tratamento adequado e suporte médico especializado, é possível melhorar a qualidade de vida e encontrar maneiras de lidar com os sintomas. Se você suspeita de endometriose ou está enfrentando sintomas relacionados, não hesite em marcar uma consulta com um ginecologista especializado. Cuide de sua saúde reprodutiva e bem-estar, e não deixe que a endometriose limite suas possibilidades de uma vida plena e saudável.

Vivendo a Menopausa com Bem-Estar

junho 30th, 2023 by

A menopausa é uma fase natural e inevitável na vida de uma mulher, marcando o fim do período reprodutivo. Embora seja um momento de transição, a menopausa também traz consigo uma série de mudanças físicas e emocionais que podem afetar a qualidade de vida.

O que é a menopausa?

A menopausa é definida como o momento em que a mulher deixa de menstruar por um período de 12 meses consecutivos, indicando o fim da função ovariana. Geralmente ocorre entre os 45 e 55 anos de idade, mas pode variar em cada mulher. Durante a menopausa, os níveis hormonais, como estrogênio e progesterona, diminuem gradualmente, levando a diversas mudanças no corpo.

Sintomas da Menopausa

Os sintomas da menopausa podem variar de mulher para mulher, mas os mais comuns incluem ondas de calor, sudorese noturna, alterações no padrão de sono, ressecamento vaginal, mudanças de humor, diminuição da libido e ganho de peso. Esses sintomas podem afetar significativamente a qualidade de vida e o bem-estar emocional das mulheres.

Opções de Tratamento

Existem várias opções de tratamento disponíveis para aliviar os sintomas da menopausa. Uma delas é a terapia de reposição hormonal, que ajuda a equilibrar os níveis hormonais e aliviar os sintomas mais intensos. No entanto, é importante discutir os benefícios e riscos dessa terapia com um médico especialista como ginecologistas, levando em consideração o histórico de saúde e fatores individuais.

Além disso, algumas medidas de autocuidado podem ser adotadas para lidar com a menopausa de forma saudável. Isso inclui manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente, buscar técnicas de relaxamento, como meditação ou ioga, e garantir um sono adequado.

Embora a menopausa seja uma fase de mudanças e desafios, também pode ser encarada como um novo capítulo na vida da mulher. Com informação, apoio adequado e cuidados consigo mesma, é possível passar por essa transição de forma saudável e positiva. Para obter orientações específicas e personalizadas sobre a menopausa, agende uma consulta no Centro Médico H3Med, onde você terá acesso a uma equipe de médicos especialistas, incluindo ginecologistas, endocrinologistas especializados em saúde reprodutiva.

Nossos profissionais estão preparados para oferecer o suporte necessário e ajudá-la a encontrar as melhores opções de tratamento para aliviar os sintomas e promover o seu bem-estar. Lembre-se de que a menopausa faz parte da jornada feminina e pode ser vivida com saúde, tranquilidade e qualidade de vida. Agende sua consulta hoje mesmo e receba o cuidado especializado que você merece.

Útero Retrovertido

junho 18th, 2020 by

O útero é um órgão oco, com o formato aproximado de uma pera invertida. Localizado no interior da pelve (bacia), sua extremidade superior chama-se fundo. A porção inferior, mais estreita, em contato direto com a parte de cima da cavidade vaginal, recebe o nome de colo, cérvix ou cérvice. Entre uma e outra está o corpo do útero, o segmento mais dilatado de todo o sistema reprodutor feminino. Constituído por espessa camada de musculatura lisa (miométrio), na maioria das mulheres, o fundo do útero se projeta para frente do abdômen flexionado sobre a bexiga urinária (anteroversoflexão).

O útero não é um órgão fixo dentro da cavidade pélvica. Ele é mantido no lugar por meio de diversos ligamentos. No entanto, estudos mostram que, entre 15% e 25% das mulheres apresentam o útero retrovertido. Ou seja, o órgão está fletido para trás, com o fundo em forma de cúpula virado na direção da coluna vertebral e do reto, porção final do intestino grosso.

Causas

Algumas mulheres podem ser portadoras de útero retrovertido (reverso, retroflexo, virado são outros nomes dessa condição) desde o nascimento. Noutras, a retroversão pode ser adquirida nas seguintes circunstâncias: durante o parto (posição em geral transitória), pela flacidez dos ligamentos que fixam o útero à pelve ou a outros órgãos, pela presença de miomas ou de cicatrizes provocadas por focos da endometriose ou por infecções pélvicas.

Ao contrário do que muitos pensavam no passado, a retroversoflexão do útero não é responsável pela infertilidade feminina. Essa posição é uma variante anatômica normal e não costuma ter consequências graves para a saúde da mulher ou do feto. Entretanto, o útero retroverso está mais associado aos casos de endometriose, uma doença inflamatória crônica do tecido endometrial fora da cavidade uterina. Uma das hipóteses para explicar a endometriose é que parte do sangue menstrual que contém células do endométrio reflui através das trompas e se deposita em outros órgãos da cavidade abdominal e nos ovários. É a chamada menstruação retrógada, que pode dificultar a gravidez.

Sintomas

A alteração no posicionamento do útero pode ser assintomática. Quando há sintomas, os mais comuns são:

  • Dor durante o ato sexual (dispareunia);
  • Cólicas menstruais fortes (dismenorreia);
  • Dor durante a evacuação (proctalgia);
  • Dor durante a micção (disúria);
  • Dor nas costas e na coluna lombar.

Diagnóstico

A retroversão uterina pode ser diagnosticada ocasionalmente no exame ginecológico numa consulta de rotina, sem nunca ter causado nenhuma alteração. No entanto, uma vez levantada a hipótese de útero retroflexo, a ultrassonografia transvaginal é um exame útil que deve ser recomendado para confirmar o diagnóstico.

Determinar a posição do útero pode ser importante em alguns momentos da vida da mulher. Por exemplo: na fecundação in vitro, quando o médico vai inserir os embriões, ou quando vai colocar um DIU ou, ainda, durante a realização de exames como a histeroscopia.

Tratamento

Não havendo sintomas, o útero retrovertido não precisa de tratamento. Quando eles se manifestam, muitas vezes o problema é resolvido com a indicação de hormônios para regular o ciclo menstrual . O importante, porém, é sempre identificar e tratar uma possível causa subjacente do transtorno, seja a endometriose ou os miomas, por exemplo.

A indicação de cirurgia para reposicionar o útero sobre a bexiga urinária na anteroversoflexão pode ser absolutamente desnecessária a não ser em casos específicos de acordo com a avaliação do médico ginecologista. Um deles é a retroversão do útero ocorrer no início da gravidez provocando o aprisionamento ou encarceramento do útero na pequena pelve.

Recomendações

  • Útero retrovertido não é doença. Pode indicar, apenas, uma posição anatômica natural que o órgão pode ocupar no corpo;
  • Condições como bexiga cheia e envelhecimento, entre outras, podem promover o deslocamento do útero sem causar nenhum problema para a saúde da mulher;
  • A retroversão do útero não impede que a mulher engravide e que a criança nasça por parto normal;
  • Útero projetado para trás do corpo, na direção do reto, não é causa de endometriose. Ao contrário, é a endometriose que pode ser responsável pela mudança de posição do útero;
  • Não existe um protocolo único para o tratamento da retroversão uterina. As medidas terapêuticas variam conforme as peculiaridades de cada caso.

Incontinência urinária

junho 5th, 2020 by

Incontinência urinária é a perda involuntária da urina pela uretra. Distúrbio mais frequente no sexo feminino, pode manifestar-se tanto na quinta ou sexta década de vida quanto em mulheres mais jovens.

Atribui-se essa prevalência ao fato de a mulher apresentar, além da uretra, duas falhas naturais no assoalho pélvico: o hiato vaginal e o hiato retal. Isso faz com que as estruturas musculares que dão sustentação aos órgãos pélvicos e produzem a contração da uretra para evitar a perda urinária e o músculo que forma um pequeno anel em volta uretra sejam mais frágeis nas mulheres.

Causas

A eliminação da urina é controlada pelo sistema nervoso autônomo, mas pode ser comprometida nas seguintes situações:

  • Comprometimento da musculatura dos esfíncteres ou do assoalho pélvico;
  • Gravidez e parto;
  • Tumores malignos e benignos;
  • Doenças que comprimem a bexiga;
  • Obesidade;
  • Tosse crônica dos fumantes;
  • Quadros pulmonares obstrutivos que geram pressão abdominal;
  • Bexigas hiperativas que contraem independentemente da vontade do portador;
  • Procedimentos cirúrgicos ou irradiação que lesem os nervos do esfíncter masculino.

Tipos e sintomas de incontinência urinária

  • Incontinência urinária de esforço: O sintoma inicial é a perda de urina quando a pessoa tosse, ri, faz exercício, movimenta-se;
  • Incontinência urinaria de urgência. Mais grave do que a de esforço, caracteriza-se pela vontade súbita de urinar que ocorre em meio as atividades diárias e a pessoa perde urina antes de chegar ao banheiro;
  • Incontinência mista: Associa os dois tipos de incontinência acima citados e o sintoma mais importante é a impossibilidade de controlar a perda de urina pela uretra.

Diagnóstico

São dados importantes para o diagnóstico o levantamento da história dos pacientes e a elaboração de um diário miccional onde eles devem registrar as características e frequência da perda urinária.

Outro recurso para firmar o diagnóstico é o exame urodinâmico, que é pouco invasivo e registra a ocorrência de contrações vesicais e a perda urinaria sob esforço.

Tratamento

O tratamento da incontinência urinária por esforço é basicamente cirúrgico, mas exercícios ajudam a reforçar a musculatura do assoalho pélvico. Atualmente, a cirurgia de Sling, em que se coloca um suporte para restabelecer e reforçar os ligamentos que sustentam a uretra e promover seu fechamento durante o esforço, é a técnica mais utilizada e a que produz melhores resultados.

Para a incontinência urinária de urgência, o tratamento é farmacológico e fisioterápico. O farmacológico pressupõe o uso ininterrupto de várias drogas que contêm substâncias anticolinérgicas para evitar a contração vesical. Esses remédios provocam efeitos colaterais, como boca seca, obstipação e rubor facial.

Recomendações

  • Procure um médico para diagnóstico e identificação da causa e do tipo de perda urinária que você apresenta;
  • Não pense que incontinência urinária é um mal inevitável na vida das mulheres depois dos 50, 60 anos. Se o distúrbio for tratado como deve, a qualidade de vida melhorará muito;
  • Considere os fatores que levam à incontinência urinária do idoso – uso de diuréticos, ingestão hídrica, situações de demência e delírio, problemas de locomoção – e tente contorná-los. Às vezes, a perda de urina nessa faixa de idade é mais um problema social do que físico;
  • Evitar a obesidade e o sedentarismo, controlar o ganho de peso durante a gestação, praticar exercícios fisioterápicos para fortalecer o assoalho pélvico, são medidas que podem ser úteis na prevenção da incontinência urinária.

Fonte: Dr. Drauzio Varella