Para se defender de vírus, bactérias e doenças e nos manter protegidos, nosso organismo conta com o sistema imunológico. Porém, quando estamos com a imunidade baixa, nossas defesas ficam enfraquecidas, deixando o corpo mais vulnerável.
Isso pode ser causado por uma série de fatores, como a falta de vitaminas ou até mesmo o uso de alguns medicamentos para o tratamento de enfermidades. Por isso, é necessário sempre ficar atento aos sinais que nosso corpo apresenta para indicar a imunidade baixa.
O que causa a imunidade baixa?
Existem vários fatores que podem ocasionar na queda das nossas defesas. “Uma das principais causas de imunidade baixa é o uso de medicamentos como corticóides, antibióticos e imunossupressores, assim como no quadro de algumas doenças como lúpus, diabetes, câncer e AIDS”, é o que explica o médico Felipe Folco.
“Além disso, os hábitos do paciente, como sedentarismo, uso de bebidas alcoólicas em excesso, tabagismo e uma alimentação pouco nutritiva, podem contribuir para a evolução desse quadro, assim como o estresse, a ansiedade e a depressão”, acrescenta o médico.
Principais sintomas de imunidade baixa
Quando as defesas do organismo estão enfraquecendo, nosso corpo sempre apresenta alguns sintomas de imunidade baixa, que podem ser leves ou mais graves dependendo de quão baixo está o nível de proteção. Confira abaixo os principais sintomas.
Cansaço excessivo
Apesar de ter várias horas de sono, você sempre tem se sentido indisposto e acha que não dormiu o suficiente? Esse pode ser um dos sinais da falta de algumas vitaminas, o que contribui para a baixa imunidade e gera a fraqueza.
Gripes e resfriados com frequência
É muito comum adquirimos gripes ou resfriados, principalmente nas estações mais frias. Porém, se você vive constantemente nessa situação e, muitas vezes, possui pouco ou nenhum intervalo entre uma gripe e um resfriado, isso é um sério indício de que suas defesas estão comprometidas.
Infecções recorrentes
Se nas últimas semanas você tem passado por vários casos de infecção com herpes bucal, genital, otite e amigdalite, é preciso ficar atento, pois esses são sintomas de que seu sistema imunológico está seriamente exposto.
Queda de cabelo
Além de ser causada pelo estresse, ansiedade e ausência de vitaminas em nosso organismo, a queda de cabelo também pode nos dizer que o nosso sistema imunológico não está bem.
Como é feito o diagnóstico e o tratamento de imunidade baixa
Após a identificação dos sintomas, é muito importante consultar um médico, que realizará uma análise completa do caso e indicará o melhor tratamento. Até o momento, não existe um exame específico para verificar o nível de imunidade do organismo.
Em um quadro cuja frequência dos sintomas pode estar associada à falta de vitaminas, por exemplo, o médico pode indicar alguns exames de sangue, que vão permitir realizar uma análise profunda e indicar uma vitamina para aumentar a imunidade.
Por isso, o tratamento de imunidade baixa varia de acordo com o perfil de saúde de cada paciente, mas pode incluir medicações específicas, como polivitamínicos, além de mudanças de hábito, como a prática de exercícios físicos e a inclusão de alimentos mais saudáveis no cardápio.
Como aumentar a imunidade
Aumentar o nível da imunidade é possível por meio de práticas saudáveis que podem ser inseridas no dia a dia. Uma boa opção é consumir frutas cítricas, como laranja e limão, por exemplo, já que possuem uma boa porcentagem de vitamina C — que auxilia o funcionamento do nosso sistema imunológico. Confira outras dicas abaixo.
- Pratique exercícios físicos, no mínimo, três vezes por semana;
- Insira alimentos saudáveis na sua dieta, que, além de saborosos, possuem vitaminas e minerais
- Tome bastante água ao longo do dia;
- Durma de sete a oito horas por noite,
- Nunca se automedique, pois as substâncias de medicamentos podem interferir nas suas defesas.
Nosso corpo trabalha de modo eficiente, mas nem sempre conseguimos entender como ele reage em certas situações. Afinal, por que existem pessoas que enfrentam normalmente algumas substâncias e outras que possuem vários tipos de alergia?
O problema, também conhecido como hipersensibilidade, é mais comum do que se imagina, podendo atingir desde crianças até idosos. Inclusive, estudos recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmam que quase 40% da população apresenta algum dos diversos tipos de alergia.
O número alto alerta sobre a importância de conhecer os sintomas e os riscos para quem sofre com a condição. Para que você cuide de sua saúde e de seus familiares, iremos lhe ajudar a entender melhor sobre essa condição.
Como surgem as alergias?
“Uma reação de hipersensibilidade é a resposta exagerada do sistema imunológico — que atua na defesa do nosso organismo — após o contato com substâncias que possam causar a alergia, como a poeira, no caso da rinite.” É o que explica o médico especialista em cardiologia, Dr. Rudyney Azevedo.
“É normal que o corpo se defenda de agentes possivelmente nocivos, como os vírus e as bactérias. Mas o organismo de alguns indivíduos apresenta sensibilidade anormal a alguns componentes inofensivos, que podem ser alimentos, poeira e outros materiais”, salienta o doutor.
Quais são os principais tipos de alergia?
As alergias podem atingir diversas partes do corpo e afetar desde as vias aéreas (passagens e seios nasais) até se apresentar em tipos de alergia na pele e no sistema digestivo.
Alergia alimentar
Após ingerir algum alérgeno, a pessoa pode apresentar os sinais de alergia alimentar. Os sintomas principais são vômito, diarréia, urticária, dermatite atópica, angioedema, tosse, erupções cutâneas, inchaço nos lábios, na face, na língua e na garganta. Os sinais possuem na maioria das vezes, causas desconhecidas
Alergia medicamentosa
Alguns remédios também podem causar reações alérgicas. Nesses casos, o paciente pode apresentar coriza, dor de cabeça, comichão na pele, chiado no peito, urticária e edema facial.
A pessoa que apresentar esses sintomas de alergia medicamentosa ao ingerir remédios deve anotar o nome do produto e, principalmente, da fórmula. Em todo caso, vale informar aos médicos e farmacêuticos sobre a existência de uma alergia para que indiquem um medicamento adequado.
Alergia respiratória
Nessa categoria entram as doenças inflamatórias crônicas que prejudicam as vias respiratórias. São as mais difíceis de diagnosticar porque muitos de seus sintomas são confundidos com os de uma gripe ou resfriado. Como exemplo de alergia respiratória, podemos citar a asma e a rinite.
A rinite é uma alergia respiratória e surge quando há contato com poeira e outras substâncias irritantes. Os principais sintomas são espirros constantes, congestão nasal e olhos lacrimejantes, inchados ou vermelhos.
Alergia dermatológica
A alergia dermatológica é um dos tipos mais comuns e geralmente atinge pessoas com tendências hereditárias. Pode se manifestar na forma de diferentes doenças de pele, como dermatite atópica, de contato, urticária e angioedema.
Alergia ao látex
A alergia ao látex acontece sempre que a pessoa tem contato com objetos derivados de borrachas naturais. O problema está em algumas proteínas presentes no látex que, quando colocadas na pele, podem causar vermelhidão, erupções, coceira, inchaço e irritação na garganta.
Alergia a animais
Os pets que convivem diariamente com as pessoas também podem contribuir para o surgimento de alergias a animais. Nesses casos, o problema está no pelo e na saliva dos bichos de estimação, principalmente dos gatos.
Ao entrar em contato com esses materiais, a pessoa pode apresentar espirros, tosse, irritação nos olhos, congestão nasal, dificuldade para respirar, erupções cutâneas ou urticária.
Alergia a insetos
Esse tipo de alergia é conhecido como estrófulo e é uma resposta gerada após picadas de abelhas, vespas, pulgas, pernilongos e outros insetos. Os sintomas de alergia surgem logo após o contato, e incluem coceira com inchaço na região afetada, tosse, falta de ar, aperto ou chiado no peito.
Alergia ocular
Também chamada de conjuntivite alérgica, é causada por agentes como pólen, fumaça de cigarro e até perfume. Da mesma forma que muitas doenças dos olhos, esse tipo de reação gera sintomas irritantes, como lacrimejamento, coceira e vermelhidão. Também pode fazer com que as pálpebras fiquem inchadas.
Quais sintomas você precisa estar atento?
Uma maneira de diferenciar os tipos de alergia é prestar atenção aos sinais enviados pelo seu corpo e, principalmente, à duração dos sintomas. É o que ressalta o Dr. Rudyney Azevedo:
“É importante conhecer seu próprio corpo e, caso desconfiar de algum problema, consultar o médico da sua confiança o quanto antes para procurar o tratamento mais adequado”, enfatiza o doutor.
Reação anafilática
Vale ressaltar também a importância de se reconhecer os sinais e sintomas de uma reação anafilática, que é uma reação alérgica grave e potencialmente fatal. Ela pode ocorrer em segundos ou minutos após a exposição a um alérgeno conhecido.
Os sintomas incluem erupção cutânea (vermelhidão da pele), náusea, vômito, dificuldade em respirar, taquicardia e hipotensão. Se não for tratada de maneira imediata, geralmente com adrenalina e manobras de suporte, pode resultar em perda da consciência ou morte.
Como é feito o diagnóstico?
Há várias formas de diagnosticar a existência de uma alergia. Como é um tema complexo, geralmente o clínico geral costuma orientar o paciente para que se consulte com um alergologista ou imunologista. Todo o processo começa com uma análise dos sintomas e a realização de alguns exames que permitiram identificar qual o tipo de alergia.
Também é importante informar ao médico sobre a existência de histórico de asma ou de outros problemas na família, além de não ter ingerido medicamentos capazes de interferir nos resultados dos exames de alergia, a exemplo dos anti-histamínicos.
Fonte: Comigo Saúde
O que é Alergia?
Alergia é uma resposta exagerada do sistema imunológico após a exposição a uma série de agentes, em indivíduos predispostos geneticamente. É também chamada de reação de hipersensibilidade.
Agentes que costumam causar alergias são:
-Ácaros;Fungos;Insetos,Pelos de animais;Pólen;Alimentos;Medicamentos
A herança genética é a base para se ter alergia. Entretanto, ela só será desencadeada com a exposição a fatores ambientais.
Pode atingir indivíduos em qualquer faixa etária, sendo atualmente considerada um problema de saúde pública por acometer cerca de 10% a 20% da população mundial, comprometendo de forma significativa a qualidade de vida de adultos e crianças.
A gravidade das alergias varia de pessoa para pessoa e pode causar desde uma irritação menor a anafilaxia – uma emergência potencialmente fatal.
Embora a maioria das alergias não possa ser curada, os tratamentos podem ajudar a aliviar os sintomas da alergia.
Tipos
Existem algumas doenças alérgicas como:
Alergias Respiratórias
As alergias respiratórias são doenças inflamatórias crônicas que acometem as vias respiratórias, sendo a asma e a rinite alérgica as doenças mais comuns.
Asma
A asma se manifesta clinicamente por crises de falta de ar ou cansaço, chiado no peito e sensação de aperto no peito, geralmente acompanhada de tosse. Cerca de 80% dos pacientes que tem asma, apresentam também rinite.
Os principais fatores desencadeantes das crises de asma são: a exposição aos alérgenos inalantes como ácaros da poeira de casa, fungos (mofo), pelos de animais, baratas, pólens e fatores irritantes como:
- Odores fortes
- Mudanças de temperatura
- Fumaças e poluição
- Infecções causadas por vírus e bactérias
- Alguns tipos de medicamentos
- Fatores emocionais
- Exercício físico
- Refluxo gastroesofágico
- Fatores relacionados ao trabalho
Rinite Alérgica
A rinite alérgica manifesta-se por crises de espirros repetidos, coriza liquida e abundante, coceira (em nariz, olhos, garganta e ouvidos), congestão nasal, alteração do olfato e do paladar, olhos avermelhados e irritados.
Nos casos de gotejamento de secreção pós-nasal e sinusite associada, pode ocorrer tosse, em geral, seca e com piora noturna acentuada.
A repetição das crises de rinite pode desencadear complicações como infecções (sinusite, amigdalites, faringites e otites repetidas), levando à necessidade de uso repetido de antibióticos.
O diagnóstico da rinite alérgica e asma se baseia em uma análise do histórico dos antecedentes pessoais e familiares, dos sintomas, aliados aos achados do exame físico. Os testes alérgicos realizados na pele ou no sangue definem o diagnóstico etiológico.
O tratamento se baseia em:
- Avaliação e controle de fatores que podem causar ou agravar a doença
- Controle dos ácaros da poeira no ambiente da casa, em especial no dormitório do alérgico
- Uso de medicamentos, utilizados no alívio das crises, controle da doença e prevenção de novas crises
- Imunoterapia (vacina para alergia), que é o único tratamento capaz de modificar a história natural da doença
Alergia a ácaros: Os ácaros são os principais responsáveis (dentre este grupo) pelo sintoma de alergia respiratória.
São seres não visíveis a olho nu e suas fezes representam o maior grau de alergenicidade do ácaro. Alimentam-se de pele descamada, de fungos e de outras substâncias ricas em proteína.
Desenvolvem-se em locais com muito pó, com temperatura entre 18 a 26 graus, pouca luminosidade e umidade maior que 50%. São encontrados em colchões, travesseiros, tapetes, carpetes, brinquedos de pelúcia, etc.
Alergia a fungos: Os fungos são encontrados em suspensão no ar e em ambientes fechados como sótãos, porões, armários, malas, podendo aparecer também em banheiros, cozinhas, nos rejuntes de azulejos, em umidificadores e em locais quentes e mal ventilados.
São seres que gostam muito de umidade e por isso abundantes em regiões próximas ao mar.
Locais com umidade elevada e poeira podem ser uma ótima oportunidade para instalação de fungos, por isso podem estar presentes também em ar condicionado sem manutenção, colchões e travesseiros.
Alergia a animais: A alergia a animais prevalece em cachorros e gatos, porém, ao contrário do que pensam, os pelos não são considerados os mais alergênicos: as proteínas da saliva e urina ligadas ao pelo são os alérgenos mais importantes, assim como o epitélio descamado, que são as caspas.
Os antígenos podem ser carregados nas roupas para as escolas, escritórios, automóveis, locais onde o animal nunca apareceu.
Alergia a pólen: Os pólens são grãos microscópicos destinados à fecundação das plantas. Determinadas espécies são levadas pelo ar numa época determinada chamada de período de polinização.
Os grãos de pólens das plantas produzem alergia respiratória por inalação. A doença polínica é mais frequente nas regiões da Europa, Argentina e Estados Unidos.
No Brasil pode ser encontrada essa alergia principalmente nos estados da região Sul.
Alergias Dermatológicas
As alergias dermatológicas são doenças alérgicas de pele, que também atingem indivíduos que tenham tendência hereditária (genética). As principais manifestações são: dermatite atópica, dermatite de contato, urticária, angioedema e estrófulo (alergia a picadas de mosquitos e pulgas).
Dermatite Atópica
As manifestações estão relacionadas com uma predisposição genética (hereditária) para maior produção de anticorpos IgE, determinado uma hiper-reatividade da pele, em que os pacientes reagem exageradamente aos estímulos ambientais (alérgenos e irritantes).
Manifesta-se como eczema, que são lesões inflamatórias crônicas e/ou recorrentes da pele, acompanhadas de coceira intensa e pele seca.
As localizações das lesões variam com a idade e podem se manifestar de forma leve até casos graves, onde as lesões são intensas e disseminadas.
As reações a substâncias em contato com a pele podem ocorrer pela ação direta sobre a pele (dermatite de contato irritativa, por exemplo, a detergentes e água sanitária) e por mecanismos alérgicos, por exemplo, bijuterias e esmaltes.
Caracteriza-se pelo aparecimento da lesão na área da pele que entrou em contato com o alérgeno, e a base do tratamento consiste na descoberta da causa e seu afastamento.
É multifatorial, podendo ser desencadeada por alimentos, medicamentos, picadas de insetos himenópteros (abelha, vespa e formiga), infecções, doenças auto- imunes, doenças hematológicas, distúrbios hormonais… E uma parcela pode ser idiopática, onde a causa não é detectada ou não identificável.
As lesões são em forma de placas avermelhadas, com coceira intensa, de localização variável e duração fugaz. As urticárias podem ser agudas ou crônicas (as que tem mais de 6 semanas de evolução).
O tratamento consiste em identificar a causa que originou o problema, com base na história clínica e em exames complementares.
O tratamento com anti-histamínicos serve para alívio dos sintomas e geralmente tende a ser de uso prolongado, e por mais que não se tenha a cura, é possível obter melhor qualidade de vida.
Denomina-se Angioedema quando atinge as camadas mais profundas da pele, atingindo lábios, pálpebras, mãos, pés, genital e face.
Estrófulo: Refere-se as alergias causadas por picadas de insetos, como pernilongo, borrachudos, mosquitos e pulgas.
Alergia ao látex: A alergia a látex é definida como uma reação imunológica contra as partículas do látex da borracha natural após sensibilização prévia. É preciso, portanto, haver um contato anterior para que ocorra a reação.
Alergias Alimentares
A maioria dos casos de reações adversas aos alimentos são de origem não-alérgica, como é o caso das reações tóxicas (diarreia após ingestão de alimentos com toxinas bacterianas) e as intolerâncias alimentares (por dificuldade de digestão do alimento, como nos casos de intolerância à lactose).
Em se tratando de alergia alimentar, é necessário o envolvimento do sistema imunológico que responde de forma exagerada e anormal contra constituintes dos alimentos independentemente da quantidade ingerida, e constituem ainda um grande desafio quanto ao diagnóstico e tratamento.
As principais manifestações de alergia alimentar são: dermatológicas (urticária, angioedema, dermatite atópica), gastrointestinais (vômitos e diarreia) e anafilaxia.
Vários alimentos podem causar reações alérgica:
- Leite de vaca
- Ovo
- Amendoim
- Soja
- Peixes e frutos do mar, sendo que o camarão é a principal causa de alergia alimentar em adultos no nosso país
- Nozes
Saiba quais são os sintomas, diagnóstico e tratamento para alergia alimentar!
Alergia Medicamentosa
A alergia medicamentosa é uma reação adversa, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), com qualquer efeito nocivo, não-intencional e indesejado de uma droga, observado nas doses terapêuticas habituais em seres humanos para fins terapêuticos, profiláticos ou diagnósticos.
As reações adversas a medicamentos classificam-se em previsíveis e imprevisíveis.
A alergia medicamentosa ocorre quando há envolvimento do sistema imunológico, que interpreta o medicamento como uma substância que causará algum dano ao corpo e o ataca.
Na primeira vez que isso ocorre, um anticorpo específico é acionado. A partir da segunda exposição haverá uma manifestação clínica.
Alergia Ocular (conjuntivite alérgica)
A conjuntivite alérgica é causada por reação de hipersensibilidade tipo I e relaciona-se intimamente com exposição direta ao alérgeno. É a forma mais comum de alergia ocular.
Causas
As alergias, em geral, têm vários fatores causais, dependendo de cada tipo.
Por exemplo, uma pessoa com rinite pode ter alergia a ácaros (que ficam no pó de casa).
Uma criança pode ser alérgica a leite, podendo apresentar diarreia, lesões de pele, inchaço nos lábios ou sintomas respiratórios.
Fatores de risco
Uma pessoa pode desenvolver uma alergia em qualquer idade, mas você pode estar mais propenso a desenvolver uma alergia se:
- Tiver um histórico familiar de asma ou alergias, como, urticária e rinite
- Tiver asma ou outra condição alérgica
Sintomas de Alergia
Sintomas de alergia, que dependem da substância envolvida, podem afetar suas vias aéreas, passagens e seios nasais, pele e sistema digestivo. As reações alérgicas podem variar de leves a graves.
Em alguns casos graves, as alergias podem desencadear uma reação fatal conhecida como anafilaxia.
A rinite alérgica pode causar:
- Espirros
- Comichão no nariz, olhos ou no céu da boca
- Coriza (nariz escorrendo, entupido)
- Olhos lacrimejantes, vermelhos ou inchados (conjuntivite)
Uma alergia alimentar pode causar:
- Formigamento na boca
- Inchaço dos lábios, língua, face ou garganta
- Urticária
- Anafilaxia
Uma alergia a picadas de insetos pode causar:
- Grande área de inchaço (edema) no local da picada
- Coceira ou urticária em todo o corpo
- Tosse, aperto no peito, chiado ou falta de ar
- Anafilaxia
Uma alergia a medicamentos pode causar:
- Urticária
- Comichão na pele
- Erupção cutânea
- Edema facial
- Chiado
- Anafilaxia
A alergia dermatológica pode apresentar os seguintes sintomas:
- Vermelhidão
- Inchaço (edema)
- Coceira ou urticária em todo o corpo
- Descamação
- Irritação
- Manchas ou de borbulhas (bolhas avermelhadas ou brancas)
- Anafilaxia
Buscando ajuda médica
Qualquer pessoa com sintomas de alergia deve procurar o especialista, mas se os sintomas forem graves (falta de ar, inchaço nos lábios ou olhos) a procura pelo serviço de emergência é indicada.
Diagnóstico e Exames
Na consulta médica
Especialistas que podem diagnosticar as alergias são:
- Clínico geral
- Pediatra
- Alergista
- Imunologista.
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:
- Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram.
- Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade.
- Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
- Você esteve resfriado ou teve alguma infecção respiratória recentemente?
- Seus sintomas tendem a piorar em algum horário?
- Existe alguma coisa que parece melhorar ou piorar seus sintomas?
- Você tem animais? Se sim, eles dormem com você?
- Você fuma?
Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar. Para alergia, algumas perguntas básicas incluem:
- Quais as prováveis causas para meus sintomas?
- Existem outras prováveis causas?
- Preciso fazer testes de alergia?
- Eu preciso procurar um alergista?
- Qual tratamento você recomenda?
- Eu tenho outras condições de saúde, como posso conciliar elas?
Não hesite em fazer outras perguntas, caso elas ocorram no momento da consulta.
Diagnóstico de Alergia
O diagnóstico das alergias e doenças alérgicas é realizado principalmente por meio do histórico clínico e do exame físico do paciente. Quando necessário, exames são utilizados para complementação e/ou confirmação do diagnóstico clínico.
Exames
Os principais exames utilizados em alergia são:
- Testes cutâneos de leitura imediata e de contato
- Exames laboratoriais, como a dosagem de IgE total e IgE específica no sangue
- Diagnóstico por imagem, como radiografia e tomografia
- Testes de provocação
- Dietas de eliminação
Tratamento e Cuidados
Tratamento de Alergia
A alergia e as doenças alérgicas são tratadas com a associação do tratamento clinico às medidas de controle ambiental, para o sucesso e controle do quadro.
Em caso de falha no tratamento clínico, pode-se utilizar a imunoterapia alergeno-específica, que é o único tratamento que interfere no mecanismo básico da doença alérgica.
Medicamentos
Os medicamentos mais usados para o tratamento de alergias são:
- Anti-histamínicos orais, também chamados de anti-alérgicos: primeira geração (ou sedantes) e segunda geração (ou não sedantes)
- Anti histamínicos orais associados a descongestionantes sistêmicos
- Anti histamínicos tópico nasal
- Corticoides sistêmicos
- Corticoides intra nasais
- Corticoides pulmonares (associados ou não aos bronco dilatadores de longa duração)
- Corticoides tópicos para uso cutâneo
- Vasoconstritores tópicos nasais
Imunoterapia
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso das vacinas com alérgenos está indicado em pacientes que apresentam reações graves (anafiláticas) a insetos (abelhas, vespas, marimbondos e formigas) e nos indivíduos sensíveis a alérgenos ambientais que apresentem manifestações clínicas, como rinite, asma, conjuntivite.
Medicamentos para Alergia
Os medicamentos mais usados para o tratamento de alergias são:
- Afrin
- Androcortil
- Allegra
- Budecort Aqua
- Dexametasona
- Dexclorfeniramina
- Fenergan Expectorante
- Loratadina
- Prednisona
- Polaramine
- Claritin
- Claritin D
- Coristina D
- CremeFenergan
- Decongex
- Decongex Plus
- Dexason
- Drenison
- Fenergan
- Fenergan Expectorante
- Hixizine
- Loratamed
- Maleato de Dexclorfeniramina (gotas)
- Maleato de Dexclorfeniramina (xarope)
- Maleato de Dexclorfeniramina + Sulfato de Pseudoefedrina + Guaifenesina
- Meticorten
- Oto Betnovate
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique.
Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
Convivendo (prognóstico)
Alergia tem cura?
De maneira geral, falamos em controle da alergia porque a pessoa precisa evitar os fatores desencadeantes por toda a vida, mas o tratamento é bastante efetivo.
Complicações possíveis
- Alimentos
- Medicamentos
- Látex
- Veneno de insetos
Anafilaxia ou choque anafilático
A anafilaxia (popularmente conhecida como “choque anafilático”) é uma reação alérgica grave, generalizada, podendo acometer diversos órgãos e sistemas.
O diagnóstico é clínico e acompanha-se de placas vermelhas na pele, falta de ar, chiado no peito, cólicas abdominais, aceleração cardíaca, alteração da pressão arterial, podendo evoluir para choque e óbito.
A anafilaxia pode ser evitada em muitos casos por meio da correta investigação de reações alérgicas anteriores e pela adoção de cuidados preventivos.
O uso da adrenalina pode salvar vidas quando aplicada precocemente evitando as reações mais graves.
É uma emergência médica que requer cuidado imediato e um acompanhamento posterior com o alergista.
Convivendo/ Prognóstico
Dicas para uma casa saudável
- Ventilação: manter janelas abertas durante o dia. Não tenha receio: vento não faz mal
- Móveis: o mobiliário deve ser simples, com bordas lisas e de fácil limpeza
- A limpeza: deve ser feita diariamente, com água, sabão e produtos de limpeza adequados. Evitar produtos com odor ativo, como os derivados de amoníaco. Evitar, também, usar vassouras e espanadores, bem como aspiradores que não tenham filtros para reter partículas bem pequenas
- Colchões e travesseiros: trocar travesseiros uma vez por ano e preferir modelos com espuma inteiriça. Evitar penas ou flocos. Encapar colchões e travesseiros com capas especiais contra ácaros e trocar as roupas de cama semanalmente
- Animais: evitar no quarto de dormir
- Cuidados no armazenamento de roupas: lavar roupas guardadas antes do uso
- Controle de fatores irritantes: fumaça de cigarro, odores e umidade.
Assumir as medidas de controle ambiente, uma parte importante do tratamento, é essencial para melhora do quadro, visto que as alergias sempre retornarão quando houver exposição ao alérgeno.
Dicas para prevenir e combater alergias em casa
- Ventilação: manter janelas abertas durante o dia. Não tenha receio, vento não faz mal.
- Móveis: o mobiliário deve ser simples, com bordas lisas e de fácil limpeza.
- Limpeza: deve ser diária, com pano úmido com água, sabão e produtos de limpeza adequados. Evitar produtos com odor ativo, como os derivados de amoníaco. Evitar, também, usar vassouras e espanadores, bem como aspiradores que não tenham filtros para reter partículas bem pequenas. Não esquecer da limpeza de ventiladores e dos filtros do ar-condicionado. Consertar focos de infiltração e umidade.
- Colchões e travesseiros: trocar travesseiros uma vez por ano e preferir modelos com espuma inteiriça. Evitar penas ou flocos. Encapar colchões e travesseiros com capas especiais contra ácaros e trocar as roupas de cama semanalmente.
- Animais: evitar no quarto de dormir.
- Cuidados no armazenamento de roupas: lavar roupas guardadas antes do uso
- Controle de fatores irritantes: fumaça de cigarro, odores, perfumes fortes e umidade.
Prevenção
Em termos de prevenção, a orientação de aleitamento materno por pelo menos 4 meses teria um efeito benéfico na diminuição do aparecimento de alergias.
Existe muita discussão a respeito dos probióticos e prebióticos, mas não há uma definição ainda sobre os seus efeitos.