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Como surge o câncer?

setembro 10th, 2020 by

O câncer surge a partir de uma mutação genética, ou seja, de uma alteração no DNA da célula, que passa a receber instruções erradas para as suas atividades. As alterações podem ocorrer em genes especiais, denominados proto-oncogenes, que a princípio são inativos em células normais. Quando ativados, os proto-oncogenes tornam-se oncogenes, responsáveis por transformar as células normais em células cancerosas.

As células que constituem os animais são formadas por três partes: a membrana celular, que é a parte mais externa; o citoplasma (o corpo da célula); e o núcleo, que contém os cromossomos, que, por sua vez, são compostos de genes. Os genes são arquivos que guardam e fornecem instruções para a organização das estruturas, formas e atividades das células no organismo. Toda a informação genética encontra-se inscrita nos genes, numa “memória química” – o ácido desoxirribonucleico (DNA). É através do DNA que os cromossomos passam as informações para o funcionamento da célula.

O processo de formação do câncer é chamado de carcinogênese ou oncogênese e, em geral, acontece lentamente, podendo levar vários anos para que uma célula cancerosa prolifere-se e dê origem a um tumor visível. Os efeitos cumulativos de diferentes agentes cancerígenos ou carcinógenos são os responsáveis pelo início, promoção, progressão e inibição do tumor. 

A carcinogênese é determinada pela exposição a esses agentes, em uma dada frequência e em dado período de tempo, e pela interação entre eles. Devem ser consideradas, no entanto, as características individuais, que facilitam ou dificultam a instalação do dano celular. Esse processo é composto por três estágios: 

• Estágio de iniciação: os genes sofrem ação dos agentes cancerígenos, que provocam modificações em alguns de seus genes. Nessa fase, as células se encontram geneticamente alteradas, porém ainda não é possível se detectar um tumor clinicamente. Elas encontram-se “preparadas”, ou seja, “iniciadas” para a ação de um segundo grupo de agentes que atuará no próximo estágio.

O câncer surge a partir de uma mutação genética, ou seja, de uma alteração no DNA da célula, que passa a receber instruções erradas para as suas atividades. As alterações podem ocorrer em genes especiais, denominados proto-oncogenes, que a princípio são inativos em células normais. Quando ativados, os proto-oncogenes tornam-se oncogenes, responsáveis por transformar as células normais em células cancerosas.

As células que constituem os animais são formadas por três partes: a membrana celular, que é a parte mais externa; o citoplasma (o corpo da célula); e o núcleo, que contém os cromossomos, que, por sua vez, são compostos de genes. Os genes são arquivos que guardam e fornecem instruções para a organização das estruturas, formas e atividades das células no organismo. Toda a informação genética encontra-se inscrita nos genes, numa “memória química” – o ácido desoxirribonucleico (DNA). É através do DNA que os cromossomos passam as informações para o funcionamento da célula.

O processo de formação do câncer é chamado de carcinogênese ou oncogênese e, em geral, acontece lentamente, podendo levar vários anos para que uma célula cancerosa prolifere-se e dê origem a um tumor visível. Os efeitos cumulativos de diferentes agentes cancerígenos ou carcinógenos são os responsáveis pelo início, promoção, progressão e inibição do tumor. 

A carcinogênese é determinada pela exposição a esses agentes, em uma dada frequência e em dado período de tempo, e pela interação entre eles. Devem ser consideradas, no entanto, as características individuais, que facilitam ou dificultam a instalação do dano celular. Esse processo é composto por três estágios: 

• Estágio de iniciação: os genes sofrem ação dos agentes cancerígenos, que provocam modificações em alguns de seus genes. Nessa fase, as células se encontram geneticamente alteradas, porém ainda não é possível se detectar um tumor clinicamente. Elas encontram-se “preparadas”, ou seja, “iniciadas” para a ação de um segundo grupo de agentes que atuará no próximo estágio.

• Estágio de promoção: as células geneticamente alteradas, ou seja, “iniciadas”, sofrem o efeito dos agentes cancerígenos classificados como oncopromotores. A célula iniciada é transformada em célula maligna, de forma lenta e gradual. Para que ocorra essa transformação, é necessário um longo e continuado contato com o agente cancerígeno promotor. A suspensão do contato com agentes promotores muitas vezes interrompe o processo nesse estágio. Alguns componentes da alimentação e a exposição excessiva e prolongada a hormônios são exemplos de fatores que promovem a transformação de células iniciadas em malignas.

• Estágio de progressão: se caracteriza pela multiplicação descontrolada e irreversível das células alteradas. Nesse estágio, o câncer já está instalado, evoluindo até o surgimento das primeiras manifestações clínicas da doença. Os fatores que promovem a iniciação ou progressão da carcinogênese são chamados agentes oncoaceleradores ou carcinógenos. O fumo é um agente carcinógeno completo, pois possui componentes que atuam nos três estágios da carcinogênese.

Câncer de Pele: sintomas, imagens e tem cura?

junho 18th, 2020 by

O que é Câncer de pele?

Os cânceres de pele são os mais incidentes no Brasil, cerca 180 mil brasileiros são diagnosticados por ano com a doença. O câncer de pele ocorre devido ao crescimento anormal das células que compõe a pele e por isso podem originar diversos tipos de câncer de pele.

Eles podem ser divididos em dois tipos: melanoma e não melanoma. Quando se se fala em câncer de pele não melanoma um dos principais é o carcinoma basocelular ou epidermoide (CEC), mais agressivo e de crescimento mais rápido que o carcinoma basocelular.

Aproximadamente 80% dos cânceres de pele não melanoma são CBC e 20% são CEC. Já o melanoma cutâneo, mais perigoso dos tumores de pele, tem a capacidade invadir qualquer órgão e espalhar pelo corpo. O melanoma cutâneo tem incidência bem inferior aos outros tipos de câncer de pele, mas sua incidência está aumentando no mundo inteiro.

Tipos

Carcinoma basocelular

O carcinoma basocelular é o tipo de câncer de pele mais comum, constituindo 70% dos casos – mas, felizmente, é o tipo menos agressivo. Ele leva esse nome por ser um tumor constituído de células basais, comuns da pele. Essas células começam a se multiplicar de forma desordenada, dando origem ao tumor. O carcinoma basocelular apresenta crescimento muito lento, que dificilmente invade outros tecidos e causa metástase.

Esse câncer é encontrado frequentemente nas partes do corpo que ficam mais expostas ao sol, como rosto e pescoço. O nariz é a localização mais frequente (70% dos casos), mas também pode ocorrer na orelha, canto interno do olho e outras partes da face. Quando o tumor é retirado precocemente, as chances de cura são altas.

Carcinoma espinocelular

O carcinoma espinocelular é o segundo tipo mais comum de câncer de pele, sendo responsável por cerca de 20% dos tumores cutâneos não melanoma. Frequentemente, o carcinoma espinocelular cresce nas áreas mais expostas ao sol, como couro cabeludo e orelha, sendo mais predominante em pacientes a partir da sexta ou sétima década de vida.

O carcinoma espinocelular se forma a partir das células epiteliais (ou células escamosas) e do tegumento (todas as camadas da pele e mucosa), ocorrendo em todas as etnias e com maior frequência no sexo masculino. Sua evolução é mais agressiva e pode atingir outros órgãos, caso não seja retirado com rapidez. Ele apresenta maior capacidade de metástase do que o carcinoma basocelular.

Melanoma

O melanoma é tumor maligno originário dos melanócitos (células que produzem pigmento) e ocorre em partes como pele, olhos, orelhas, trato gastrointestinal, membranas mucosas e genitais. Um dos tumores mais perigosos, o melanoma tem a capacidade de invadir qualquer órgão, criando metástases, inclusive cérebro e coração. Portanto, é um câncer com grande letalidade.

O melanoma cutâneo tem incidência bem inferior aos outros tipos de câncer de pele, mas sua incidência está aumentando no mundo inteiro. Há diversos tipos clínicos de melanoma, como o melanoma nodular, melanoma lentigioso acral, melanoma maligno disseminado e melanoma maligno lentigo.

Outros

Há ainda outros tipos de câncer de pele mais raros que atingem outras células, como:

  • Tumor de células de Merkel
  • Sarcoma de Kaposi
  • Linfoma de cutâneo de células T (câncer do sistema linfático que pode atacar a pele)
  • Carcinoma sebáceo (surge nas glândulas sebáceas)
  • Carcinoma anexial microcístico (tumor das glândulas sudoríparas).

Fatores de risco

O câncer de pele tem como principais fatores de risco:

Exposição solar

Pessoas que tomaram muito sol ao longo da vida sem proteção adequada têm um risco aumentado para câncer de pele. Isso porque a exposição solar desprotegida agride a pele, causando alterações celulares que podem levar ao câncer. Quanto mais queimaduras solares a pessoa sofreu durante a vida, maior é o risco dela ter um câncer de pele.

Idade e sexo

O câncer de pele incide preferencialmente na idade adulta, a partir da quinta década de vida, uma vez que quanto mais avançada a idade maior é o tempo de exposição solar daquela pele. Também é um câncer que atinge homens com mais frequência do que mulheres.

Características da pele

Pessoas com a pele, cabelos e olhos claros têm mais chances de sofrer câncer de pele, assim como aquelas que têm albinismo ou sardas pelo corpo. Uma pele que sempre se queima e nunca bronzeia quando exposta ao sol também corre mais risco. Aqueles que têm muitos nevos (pintas) espalhados pelo corpo também devem ficar atentos a qualquer mudança, como aparecimento de novas pintas ou alterações na cor e formato daquelas que já existem. Pessoas com pintas ou manchas de tamanhos grandes também devem ficar atentas.

Histórico familiar

O câncer de pele é mais comum em pessoas que têm antecedentes familiares da doença. Nesses casos, principalmente se associado a outros fatores de risco, o rastreamento com o dermatologista deve ser mais intenso.

Histórico pessoal

Pessoas que já tiveram um câncer de pele ou uma lesão pré-cancerosa anteriormente têm mais chances de sofrer com o tumor. Caso a pessoa já tenha sido tratada para um determinado tipo de câncer de pele e ele retorna, o processo é chamado de recidiva.

Imunidade enfraquecida

Pessoas com o sistema imunológico enfraquecido têm um risco aumentado de câncer de pele. Isso inclui as pessoas que têm a leucemia ou linfoma, pacientes que tomam medicamentos que suprimem o sistema imunológico, ou então aqueles que foram submetidos a transplantes de órgãos.

Sintomas de Câncer de pele

Carcinoma basocelular

O carcinoma basocelular pode apresentar apenas uma aparência levemente diferente da pele normal, sendo mais comum no rosto, pescoço e outras partes que ficam muito expostas ao sol. Ele se parece com uma protuberância (nódulo) que:

  • Tem aparência perolada, como se fosse recoberto de cera
  • Pode ser branca, rosa claro, bege ou marrom
  • Sangra com facilidade
  • Se parece com uma ferida que não cicatriza
  • Pode formar crosta e vazar algum líquido.

Carcinoma espinocelular

As localizações mais comuns para o aparecimento do carcinoma espinocelular são as áreas expostas ao sol, sendo que 70% dos casos ocorrem sobre a cabeça (couro cabeludo e orelha), pescoço e dorso das mãos, e 15% desses tumores acometem os membros superiores. É comum na boca e pode ocorrer também nas membranas mucosas e genitais. Ele apresenta como uma mancha ou caroço (nódulo) que:

  • Mostra sinais de dano solar na pele, como enrugamento, mudanças na pigmentação e perda de elasticidade
  • Tem cor avermelhada
  • Tem aparência mais endurecida, com descamação e crostas no local, podendo vazar algum líquido
  • Tem crescimento rápido (em geral meses)
  • Se parece com uma ferida que não cicatriza.

Melanoma

O melanoma pode ocorrer na pele, olhos, nas orelhas, no trato gastrointestinal, nas membranas mucosas e genitais. As áreas mais comuns são o dorso para os homens e os braços e pernas para as mulheres. Os primeiros sinais e sintomas de melanoma são frequentemente:

  • Uma mudança em uma mancha ou pinta existente
  • O desenvolvimento de uma nova mancha ou pinta bem pigmentada ou de aparência incomum em sua pele
  • Outras mudanças suspeitas podem incluir coceira, comichão, sangramento e a não cicatrização da área.

Fique atento

O câncer de pele varia muito na aparência. Alguns podem mostrar todas as alterações citadas, enquanto outros podem ter apenas uma ou duas características incomuns. Por isso, como regra geral, qualquer novo sinal na pele ou mudança em uma pinta/mancha que já existia deve servir de alerta para procurar um dermatologista.

É importante procurar um médico sempre que notar uma nova lesão, ou quando uma lesão antiga tiver algum tipo de modificação. Existe uma regra didática para os pacientes, chamada ABCD, cujo objetivo é reconhecer um câncer de pele em seu estágio inicial:

  • Assimetria: imagine uma divisão no meio da pinta e verifique se os dois lados são iguais. Se apresentarem diferenças deve ser investigado
  • Bordas irregulares: verifique se a borda está irregular, serrilhada, não uniforme
  • Cor: verificar se há várias cores misturadas em uma mesma pinta ou mancha
  • Diâmetro: veja se a pinta ou mancha está crescendo progressivamente
  • Evolução: se a mancha tiver mudanças de cor, tamanho ou forma.

Diagnóstico e Exames

Na consulta médica

Quando você for ao médico dermatologista, pode dizer a ele quais são as pintas que mais te preocupam. Ele fará uma análise em todos os sinais da sua pele usando um dermatoscópio (aparelho portátil que funciona como uma lente de aumento).

Caso ele encontre uma lesão suspeita, poderá coletar um pouco de tecido para pedir uma biópsia ou então encaminhará você para um exame de dermatoscopia digital. Se o dermatologista não encontrar nada suspeito, você deverá continuar fazendo o acompanhamento anualmente, principalmente se tiver algum fator de risco.

Diagnóstico de Câncer de pele

O diagnóstico é feito pela avaliação clínica e exame anátomo patológico (biópsia) do tecido suspeito. Veja os exames que podem ser pedidos para o diagnóstico de câncer de pele:

Dermatoscopia

A dermatoscopia é um exame complementar importante para o diagnóstico de câncer de pele. Na dermatoscopia manual, o dermatologista olha as pintas que tem relevância com o próprio dermatoscópio e avalia naquele momento o risco de cada lesão. Já a dermatoscopia digital permite a análise de uma fotografia ampliada das pintas na pele, para que o profissional possa identificar lesões de risco muito antes do olho nu.

No mapeamento digital da pele há o registro das fotos do corpo todo e a documentação das lesões, para que os resultados possam ser acompanhados com o passar do tempo. Isso aumenta a sensibilidade de identificação de novas lesões ou mudanças importantes.

Microscopia confocal

A microscopia confocal é um método de diagnóstico por imagem não invasivo, que permite a avaliação das camadas da pele em um tecido ainda vivo e a observação de lesões alteradas. O exame é feito com um laser de diodo que serve como fonte de luz, tornando possível a visualização de detalhes da estrutura celular da pele, com resolução próxima a de um exame microscópico, sem que seja necessário causar dano ao tecido.

Biópsia

Todo tecido coletado para biópsia é enviado para uma avaliação histológica – é isso que irá dizer se aquele tecido é mesmo canceroso, qual o tipo de câncer de pele, qual seu grau de malignidade e outras informações importantes. O exame histopatológico da pele com tumor e suas classificações são de grande importância para os pacientes, pois é o que faz a confirmação final do câncer.

No caso do melanoma a biópsia é o único modo de se obter um diagnóstico definitivo de câncer. Os exames de imagem são utilizados para detectar se o câncer se espalhou para outros órgãos (metástases).

Tratamento de Câncer de pele

O tratamento mais indicado para o câncer de pele é a cirurgia para retirada do tumor. Entretanto, algumas pessoas podem não ter indicação para cirurgia – no geral idosos com alguma comorbidade ou pessoas acamadas, que tem dificuldade de locomoção. Há outras situações em que a cirurgia somente pode não ser suficiente para a retirada total do tumor, ou que o comportamento deste possa pedir outras medidas. Nesses casos, o médico pode indicar outros tratamentos para erradicação do câncer de pele, que variam conforme o tipo.

Cuidado com a exposição solar

É extremamente importante evitar a exposição solar sem proteção adequada para prevenir o câncer de pele. Para isso, é necessário adotar uma série de hábitos:

  • Usar filtro solar FPS no mínimo 30, diariamente. Reaplique-o pelo menos mais duas vezes no dia e espere pelo menos 30 minutos após a aplicação para se expor ao sol
  • Procure evitar os momentos de maior insolação do dia (entre 10h e 16h) e fique na sombra o máximo que você puder. O sol emite vários tipos de radiação, sendo os tipos UVA e UVB os mais conhecidos. Os raios UVB são os mais prejudiciais, responsáveis por aquela pele avermelhada, que fica ardendo, e sua concentração é maior nos horários centrais do dia, quando o sol está mais forte. Já os raios UVA são aqueles que deixam a pele bronzeada e oferecem menos risco
  • Além do protetor solar, use protetores físicos, como chapéus e camisetas.

Conheça sua pele

Examinar sua pele periodicamente é uma maneira simples e fácil de detectar precocemente o câncer de pele. Com a ajuda de um espelho, o paciente pode enxergar áreas que raramente consegue visualizar. É importante observar se há manchas que coçam, descamam ou sangram e que não conseguem cicatrizar, além de perceber se há pintas que mudaram de tamanho, forma ou cor. O diagnóstico precoce é muito importante, já que a maioria dos casos detectados no início apresenta bons índices de cura.

Vá ao dermatologista

É importante que as pessoas com fatores de risco sejam acompanhadas por um dermatologista. Em casos mais arriscados, a recomendação do médico pode ser a prevenção absoluta contra exposição solar. Nessas situações, pode ser que o especialista receite suplementação de vitamina D, para evitar a deficiência e conseguir manter o paciente o mais longe possível do sol.

Para pacientes que já sofreram como câncer de pele e foram tratados, é ainda mais importante o acompanhamento. Uma vez tratado, o paciente com câncer de pele não deve ser abandonado nunca. O dermatologista irá acompanhar o local de onde o câncer foi retirado, principalmente a pele no entorno, e cuidar para que o tumor tenha sido completamente removido e tratado.

Fontes artificiais de luz aumentam o risco para câncer de pele?

Dificilmente. A exposição solar é a verdadeira preocupação para o câncer de pele. Ainda que existam algumas pesquisas mostrando que as luzes artificiais podem oferecer algum tipo de risco, ele é mínimo se comparado ao dano que os raios UVA e UVB podem causar.

O câncer de pele não melanoma pode se tornar um melanoma?

Não. Os cânceres são divididos em tipos justamente porque surgem de estruturas diferentes do corpo. O carcinoma espinocelular tem origem nas células epiteliais, o carcinoma basocelular tem origem nas células basais e o melanoma dos melanócitos (células que formam o pigmento).

Como identificar início de câncer de pele?

Periodicamente, examine seu corpo com a ajuda de um espelho. Procure por manchas que coçam, feridas que não cicatrizam ou machucados que sangram constantemente. Depois, verifique se existem pintas na pele que mudaram de tamanho, cor ou forma. Caso notar algo incomum, consulte um dermatologista.

E mesmo que não encontrar nada anormal, visite um especialista ao menos uma vez por ano, principalmente se houver histórico na família.

Por mais que tenhamos medo de descobrir algo, a prevenção é um ato de autocuidado. Além disso, identificar a doença em seus estágios iniciais aumenta drasticamente as chances de cura.

Câncer de Mama: sintomas, tratamentos, prevenção e autoexame

junho 18th, 2020 by

O que é Câncer de mama?

O câncer de mama é um tumor maligno que se desenvolve na mama como consequência de alterações genéticas em algum conjunto de células da mama, que passam a se dividir descontroladamente. Esse é o tipo de câncer que mais mata mulher em todo o mundo.

Tipos

Existem diversos tipos e subtipos de câncer de mama. No geral, o diagnóstico leva em conta alguns critérios: se o tumor é ou não invasivo, seu tipo tipo histológico, avaliação imunoistoquímica e seu estadio (extensão).

Tumor invasivo ou não

Um câncer de mama não invasivo, também chamado de câncer in situ, é aquele que está contido em algum ponto da mama, sem se espalhar para outros órgãos. Ou seja, a membrana que reveste o tumor não se rompe e as células cancerosas ficam concentradas dentro daquele nódulo.

Já o tipo invasivo acontece quando essa membrana se rompe e as células cancerosas invadem outros pontos do organismo. Todo câncer in situ tem potencial para se transformar em invasor.

Avaliação Imunoistoquímica

Também chamada de IQH, a avaliação imunoistoquímica para o câncer de mama avalia se aquele tumor tem os chamados receptores hormonais.

Aproximadamente 65 a 70% dos cânceres de mama tem esses receptores, que são uma espécie de ancoradouro para um determinado hormônio.

Existem três tipos de receptores hormonais: o de estrógeno, o de progesterona e o de HER-2.

Esses receptores fazem com que o determinado hormônio seja atraído para o tumor, se ligando ao receptor e fazendo com que essa célula maligna se divida, agravando a doença.

A progesterona e o estrógeno são hormônios que circulam normalmente por nosso organismo, que podem se ligar aos receptores hormonais do câncer de mama, quando houver.

Já o HER-2 (sigla para receptor 2 do fator de crescimento epidérmico humano) é um gene que pode ser encontrado em todas as células do corpo humano, que tem como função ajudar a célula nos processos de divisão celular.

O gene HER-2 faz com que a célula produza uma proteína chamada proteína HER-2, que fica na superfície das células. De tempos em tempos, a proteína HER-2 envia sinais para o núcleo da célula, avisando que chegou o momento da divisão celular.

Na mama, cada célula possui duas cópias do gene HER-2, que contribuem para o funcionamento normal destas células. Porém, em algumas pacientes ocorre o aparecimento de um grande número de genes HER-2 no interior das células da mama.

Com o aumento do número de genes HER-2 no núcleo, ficará também aumentado o número de receptores HER-2 na superfície das células.

Tipo histológico do câncer de mama

O tipo histológico é como se fosse o nome e o sobrenome do câncer. Os tipos histológicos se dividem em vários subtipos, de acordo com fatores como a presença ou ausência de receptores hormonais e extensão do tumor.

Os tipos mais básicos de câncer de mama são:

  • Carcinoma ducta in situ

É o tipo mais comum de câncer de mama não-invasivo. Afeta os ductos da mama, que são os canais que conduzem leite.

Ele não invade outros tecidos nem se espalha pela corrente sanguínea, a membrana que reveste o tumor não se rompe, e as células cancerosas ficam concentradas dentro daquele nódulo mas pode ser multifocal.

Ou seja, pode haver vários focos dessa neoplasia na mesma mama. Caracteriza-se pela presença de um ou mais receptores hormonais na superfície das células.

Todo câncer de mama in situ tem potencial para se transformar em invasor.

  • Carcinoma ductal invasivo

Também acomete os ductos da mama, e se caracteriza por um tumor que pode invadir os tecidos que os circundam. O câncer do tipo ductal invasivo representa de 65 a 85% dos cânceres de mama invasivos.

Esse carcinoma pode crescer localmente ou se espalhar para outros órgãos por meio de veias e vasos linfáticos. Caracteriza-se pela presença de um ou mais receptores hormonais na superfície das células.

  • Carcinoma lobular in situ

Ele se origina nas células dos lobos mamários e não tem a capacidade de invasão dos tecidos adjacentes. Frequentemente é multifocal. O carcinoma lobular in situ representa de 2 a 6% dos casos de câncer de mama.

  • Carcinoma lobular invasivo

Também nasce dos lobos mamários e é o segundo tipo mais comum de câncer de mama. O carcinoma lobular invasivo pode invadir outros tecidos e crescer localmente ou se espalhar.

Geralmente apresenta receptores de estrógeno e progesterona na superfície das células, mas raramente a proteína HER-2.Tem maior de afetar as duas mamas.

  • Carcinoma inflamatório

Raramente apresenta receptores hormonais, podendo ser chamado de triplo negativo. Ele é a forma mais agressiva de câncer de mama – e também a mais rara.

O carcinoma inflamatório se apresenta como uma inflamação na mama e frequentemente tem uma grande extensão. Ele também começa nas glândulas que produzem leite.

As chances dele se espalhar por outras partes do corpo e produzir metástase é grande.

  • Doença de Paget

É um tipo de câncer de mama que acomete a aréola ou mamilos, podendo afetar os dois ao mesmo tempo. Ele representa de 0,5 a 4,3% de todos os casos de carcinoma mamário, sendo portando uma forma mais rara.

É caracterizado por alterações na pele do mamilo, como crostas e inflamações – no entanto, também pode ser assintomático.

Existem duas teorias para explicar a origem da doença de Paget da mama: as células tumorais podem crescer nos ductos mamários e progredir em direção à epiderme do mamilo, ou então as células tumorais se desenvolvem já na porção terminal dos ductos, na junção com a epiderme.

Fatores de risco

Os principais fatores de risco para o câncer de mama são:

Histórico familiar

Os critérios para identificar o risco genético para a doença são:

  • Dois ou mais parentes de primeiro grau com câncer de mama
  • Um parente de primeiro grau e dois ou mais parentes de segundo ou terceiro grau com a doença
  • Dois parentes de primeiro grau com esse tipo de câncer, sendo que um teve a doença antes de 45 anos
  • Um parente de primeiro grau com câncer de mama bilateral
  • Um parente de primeiro grau com a doença e um ou mais parentes com câncer de ovário
  • Um parente de segundo ou terceiro grau com câncer de mama e dois ou mais com câncer de ovário
  • Três ou mais parentes de segundo ou terceiro grau com a doença
  • E dois parentes de segundo ou terceiro grau com câncer de mama e um ou mais com câncer de ovário

Idade

As mulheres entre 40 e 69 anos são as principais vítimas. Isso porque a exposição ao hormônio estrógeno está no auge com a chegada dessa idade. A partir dos 50 anos, particularmente, os riscos entram em uma curva ascendente.

Menstruação precoce

A relação com a menstruação está no fato de que é no início desse período que o corpo da mulher passa a produzir quantidades maiores do hormônio estrógeno.

Esse hormônio em quantidades alteradas facilita a proliferação desordenada de células mamárias, resultando em um tumor.

Quanto mais intensa e duradoura é a ação do hormônio nas células mamárias, maior é a probabilidade de um tumor.

Se a primeira menstruação ocorre por volta dos 9 ou 10 anos de idade, é porque os ovários intensificaram a produção do hormônio cedo e, assim, o organismo ficará exposto ao estrógeno por mais tempo no decorrer da vida.

Menopausa tardia

A lógica nesse caso é a mesma do caso acima – enquanto a menstruação não cessa, os ovários continuam a produzir o estrógeno, deixando as glândulas mamárias mais expostas ao crescimento celular desordenado.

Reposição hormonal

Muitas mulheres procuram a reposição hormonal para diminuir os sintomas da menopausa. Mas essa reposição – principalmente de esteroides, como estrógeno e progesterona – pode aumentar as chances.

Na menopausa, os tecidos ficam ainda mais sensíveis à ação do estrógeno, já que os níveis desse hormônio estão baixos devido à ausência de sua produção pelo ovário.

Como alternativa à reposição hormonal, é indicada a prática de exercícios físicos e uma dieta balanceada.

Colesterol alto

O colesterol é a gordura que serve de matéria prima para a fabricação do estrógeno. Dessa forma, mulheres que altos níveis de colesterol tendem a produzir esse hormônio em maior quantidade, aumentando o risco de câncer de mama.

Obesidade

O excesso de peso é um fator de risco para o câncer de mama principalmente após a menopausa. Isso porque a partir dessa idade o tecido gorduroso passa a atuar como uma nova fábrica de hormônios.

Sob a ação de enzimas, a gordura armazenada nas mamas, por exemplo, é convertida em estrógeno.

O alerta é mais sério para aquelas que apresentam um índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 30.

A redução de apenas 5% do peso já cortaria quase pela metade os riscos de desenvolver alguns dos principais tipos da doença.

A constatação é de pesquisadores do Centro de Prevenção Fred Hutchinson (EUA), com base na avaliação de dados de 439 mulheres acima do peso entre 50 e 75 anos de idade.

Ausência de gravidez

Mulheres que nunca tiveram filhos têm mais chances devido a ausência de amamentação. Quando a mulher amamenta, ela estimula as glândulas mamárias e diminui a quantidade de hormônios, como o estrógeno, em sua corrente sanguínea.

Lesões de risco

Já ter apresentado algum tipo de alteração na mama não relacionada ao câncer de mama também pode aumentar as chances do surgimento de tumores.

Dessa forma, pequenos cistos ou calcificações encontrados na mama, ainda que benignos, devem ser acompanhados com atenção.

Tumor de mama anterior

Pacientes que já tiveram câncer de mama têm mais chances de apresentar outro tumor – nesse caso é chamado de câncer recidivo ou que sofreu uma recidiva.

Sintomas

Sintomas de Câncer de mama

Os sintomas do câncer de mama variam conforme o tamanho e estágio do tumor. A maioria dos tumores da mama, quando iniciais, não apresenta sintomas.

Caso o tumor já esteja perceptível ao toque do dedo, é sinal de que ele tem cerca de 1 cm³ – o que já é uma lesão muito grande.

Por isso é importante fazer os exames preventivos (como a mamografia) na idade adequada, antes do aparecimento deste e de qualquer outro sintoma do câncer de mama.

Veja os outros sinais possíveis do câncer de mama:

  • Vermelhidão na pele, inchaço ou calor
  • Alterações no formato dos mamilos e das mamas
  • Nódulos na axila
  • Secreção escura saindo pelo mamilo
  • Pele enrugada, como uma casca de laranja
  • Em estágios avançados, a mama pode abrir uma ferida

Diagnóstico e Exames

Diagnóstico de Câncer de mama

Além da mamografia, ressonância magnética, ecografia e outros exames de imagem que podem ser feitos para identificar uma alteração suspeita de câncer de mama, é necessário fazer uma biópsia do tecido coletado da mama.

Nesse material da biópsia é que a equipe médica identifica se as células são tumorosas ou não.

Caso seja feito o diagnóstico, os médicos irão fazer o estudo dos receptores hormonais para saber se aquele tumor expressa algum ou não, além de sua classificação histológica.

O tratamento vai ser determinado pela presença ou ausência desses receptores na célula maligna, bem como o prognóstico do paciente.

Na consulta médica

Chegando ao consultório com a mamografia suspeita para câncer de mama, o médico fará perguntas sobre seu histórico familiar da doença, idade, data de início da menstruação, se você já está na menopausa e outras questões relacionadas a fatores de risco.

Depois, fará a análise da mamografia e da biópsia a fim de encontrar o diagnóstico.

Caso você já tenha recebido o diagnóstico, é importante tirar todas as suas dúvidas com o médico e não deixar nada escapar. Confira algumas dicas para aproveitar ao máximo a consulta:

  • Se não entender o médico, peça que repita com termos mais simples ou usando desenhos.
  • Leve um caderno para a consulta e anote os pontos mais importantes e leve dúvidas anotadas para as consultas.
  • Caso queira informações adicionais sobre seu caso, peça a seu médico que indique livros, sites ou artigos.
  • Prefira levar um acompanhante para ajudar na assimilação de novas informações.

Segue uma lista de perguntas importantes para fazer na consulta:

  • Onde está a doença nesse momento e qual a sua extensão?
  • Meu câncer é receptor de hormônio positivo ou negativo?
  • Meu câncer é HER-2 positivo ou negativo?
  • Quais são as opções de tratamento e como elas funcionam?
  • Quais são os efeitos colaterais mais e menos comuns do tratamento?
  • Como esse tratamento me beneficiará?
  • Posso evitar os desconfortos do tratamento? Como?
  • Qual a previsão de duração do tratamento?
  • Precisarei visitar o médico e realizar exames com que frequência durante o tratamento? Quais exames serão necessários?
  • Precisarei ficar internada?
  • Precisarei seguir dieta específica?
  • Posso fazer a reconstrução mamária? Como ficará minha mama?
  • Posso apresentar linfedema? Quais são as chances?
  • Meu câncer voltará? Quais são as chances?
  • Para quem devo ligar se tiver dúvidas e problemas relativos ao tratamento?
  • Quando terminar, quais serão os próximos passos?
  • Eu tenho outras doenças concomitantes que afetam a minha capacidade de tolerar tratamentos?
  • Há alguma recomendação especial para esse momento?

Tratamento e Cuidados

Tratamento de Câncer de mama

Existem diversos tratamentos para o câncer de mama, que podem ser combinados ou não. Todo câncer deverá ser retirado com uma cirurgia, que pode retirar parte da mama ou ela toda – entretanto, em alguns casos pode ser que a cirurgia seja combinada com outros tratamentos.

Câncer de mama: quais são os principais tratamentos?

O que vai determinar a escolha do tratamento é a presença ou ausência de receptores hormonais, o estadiamento do tumor, se já apresenta o diagnóstico com metástase ou não.

Outro fator determinante para o tratamento é a paciente e qual o seu estado de saúde e época da vida.

Tratar o quadro em uma mulher de 45 anos, saudável, é completamente diferente de fazer o tratamento em uma mulher com 80 anos e doenças relacionadas – ainda que o tipo e extensão do câncer sejam exatamente iguais.

Nesse caso, deve ser levado em conta o impacto dos tratamentos e se eles irão interferir na qualidade de vida da paciente.

Os tratamentos são divididos entre terapia local e terapia sistêmica:

Terapia local de câncer de mama

O câncer de mama tratado localmente será submetido a uma cirurgia parcial ou total seguida de radioterapia:

  • Cirurgia: é a modalidade de tratamento mais antiga. Quando o tumor se encontra em estágio inicial, a retirada é mais fácil e com menor comprometimento da mama.
  • Radioterapia: terapia que usa radiação ionizante no local do tumor. É muito utilizada para tumores que ainda não se espalharam e não metástases, para os quais não é necessária a retirada de grande parte da mama. A radioterapia também pode ser usada nos casos em que o câncer de mama não pode ser retirado completamente com a cirurgia, ou quando se quer diminuir o risco de o tumor voltar a crescer. Dura aproximadamente um mês.

Terapia sistêmica do câncer de mama

O tratamento sistêmico se faz com um conjunto que medicamentos que serão infundidos por via oral ou diretamente na corrente sanguínea. Em ambos os casos, o tratamento não é feito de forma local – ou seja, o medicamento irá circular por todo o organismo, inclusive onde o tumor se encontra. Há três modalidade de terapia sistêmica:

  • Quimioterapia: tratamento que utiliza medicamentos orais ou intravenosos, com o objetivo de destruir, controlar ou inibir o crescimento das células doentes. A quimioterapia pode ser feita antes ou após a cirurgia, e o período de tratamento varia conforme o câncer de mama e a paciente
  • Hormonioterapia: tem como objetivo impedir a ação dos hormônios que fazem as células cancerígenas crescerem. A hormonioterapia, portanto, só poderá ser utilizada em pacientes que apresentam pelo menos um receptor hormonal em seu tumor. Essa terapia no geral é feita via oral, e as drogas agem bloqueando ou suprimindo os efeitos do hormônio sobre o órgão afetado
  • Imunoterapia: também conhecida como terapia anti HER-2, a imunoterapia é constituída de drogas que bloqueiam alvos específicos de determinadas proteínas ou mecanismo de divisão celular presente apenas nas células tumorais ou presentes preferencialmente nas células tumorais. São medicamentos ministrados geralmente via oral. Quando o tumor expressa a proteína HER-2 em grande quantidade, por exemplo, são utilizadas drogas que irão destruir essas células especificamente. Existem outras proteínas ou processos celular que podem se acentuar no tumor e intensificar seu crescimento e as drogas da terapia-alvo irão agir nesses pontos específicos.

Caso o tumor tenha grande extensão, pode ser que o médico recomende uma terapia sistêmica inicialmente, para diminuir o tamanho do câncer de mama e assim fazer a cirurgia parcial.

Se o câncer apresentar metástases, a terapia sistêmica também é indicada, já que as drogas agem no corpo inteiro, encontrando focos do tumor e eliminando.

A escolha do tratamento tem que levar em conta a curabilidade da doença e a tolerância à toxicidade do tratamento (algumas mulheres não podem se expor a tratamentos muito severos durante um longo período).

Pacientes que sofreram metástases deverão se submeter ao algum tratamento sistêmico para o resto da vida, além do acompanhamento clínico.

Complicações possíveis

Volta do tumor

Entre as complicações está a recidiva, que é a volta de um tumor já tratado. A recidiva do câncer de mama pode ocorrer nos dois ou três primeiros anos após a retirada do tumor. Por isso é necessário fazer um acompanhamento bem próximo nesse período, com mamografias regulares em intervalos de seis meses ou anualmente mais análise clínica do paciente.

O tumor também pode invadir outros tecidos e se espalhar pela circulação sanguínea ou linfática, atingindo outros órgãos como fígado e ossos – causando as chamadas metástases.

Se o câncer for metastático, o tratamento deve ser sistêmico e acompanhado também individualmente.

Efeitos colaterais das terapias

Cirurgias

Além disso, há os efeitos colaterais das terapias. Após a cirurgia, é necessário acompanhamento com médico e fisioterapeuta para evitar o rompimento dos pontos e necrose de tecidos. Também é importante manter a higienização do local para evitar infecções.

A cirurgia ainda envolve a modificação e pode causar uma série de alterações psicológicas na paciente, além das físicas.

Hormonioterapia

A hormonioterapia pode piorar os sintomas da menopausa, favorecer a osteoporose, aumentar o risco de trombose e coágulos nas pernas. Entretanto, esses efeitos colaterais são raros e as pacientes no geral tem uma alta tolerância ao tratamento.

Quimioterapia

Durante a quimioterapia a mulher pode sofrer infecções bucais, queda de cabelo, diarreia, náuseas e baixa imunidade temporária. Algumas quimioterapias também pode afetar a saúde cardiovascular – por isso é importante o acompanhamento com cardiologista.

O sistema reprodutor também pode ser afetado, por isso, se você estiver em idade reprodutiva e pretende ter filhos, discuta com seu médico e parceiro(a) a possibilidade de se fazer o congelamento de óvulos.

A queda dos cabelos é efeito mais comum da quimioterapia e não é controlável – isso porque o tratamento irá matar tudo aquilo que está crescendo.

Dessa forma, além da queda de cabelo, pode ser que você perceba as unhas mais fracas também.

Imunoterapia

A imunoterapia ou terapia anti HER-2 tem menos efeitos colaterais, mas pode induzir uma toxicidade no coração. Portanto, tenha muita atenção junto ao cardiologista se optar por esse tratamento.

Os anticorpos monoclonais, ligando-se às células cancerígenas e destruindo-as especificamente, apresentam geralmente menor grau de toxicidade que os quimioterápios convencionais.

Ainda assim pode gerar efeitos como falta de ar, sensação de calor, queda da pressão arterial e rubor. Notifique imediatamente a equipe que te atende ao sinal desses sintomas. Normalmente, esses efeitos diminuem nas administrações posteriores.

Radioterapia

Já a radioterapia pode causar cansaço e queimaduras leves na pele que voltam ao normal com o fim da terapia.

Câncer de mama tem cura?

A maior chance de cura é por meio do diagnóstico precoce. Um tumor diagnosticado no estadio 0 ou 1 chega a ter mais 90% de chance de cura.

Já um câncer de mama no estadio 3 ou 4 tem de 30 a 40% de chance de cura total. Mas isso não é motivo para desistir ou achar que o seu caso não tem cura – com o tratamento adequado e força de vontade, todo o obstáculo é transpassado.

Mesmo cânceres em estágios mais avançados podem responder bem ao tratamento, podendo ser operados e retirados completamente.

Assim, é importante conversar com seu médico e sempre buscar novas formas de lidar com a doença.

Convivendo/ Prognóstico

O prognóstico do câncer de mama depende de todas as características do tumor e paciente, como também da disponibilidade das drogas adequadas. No Brasil ainda não está disponível a terapia anti HER2 para doença metastática, por exemplo. Mas estudos têm provado eficácia de testes da vacina contra câncer de mama e a expectativa é de que a imunização esteja disponível aos brasileiros até 2027.

Além disso, 40% das mulheres com câncer no geral que precisam de radioterapia não recebem o tratamento porque não há equipamentos suficientes no país para suprir a demanda. Esse tipo de complicação pode piorar o prognóstico de uma paciente, que fica dependente de uma fila de espera ou então precisa se inscrever em programas internacionais.

Existem modelos matemáticos que ajudam a estimar o risco de recidiva nos próximos dez anos – mas seus resultados não são 100% corretos ou perfeitos. Há também métodos mais modernos que avaliam o tumor da paciente em sua composição genética, individualmente. Com base na avaliação dos genes do tumor da paciente faz-se um prognóstico individualizado e o benefício que qualquer tratamento vai trazer para a cura do câncer de mama.

Entretanto, esses testes são mais sofisticados e não precisam ser enviados para fora do país para avaliação.

O tratamento também envolve uma serie de cuidados e práticas para minimizar os efeitos das terapias:

Como minimizar os efeitos da quimioterapia

  • Reduza náuseas e vômitos: consuma alimentos de fácil digestão e converse com seu oncologista sobre a necessidade da utilização de antieméticos.
  • Planeje a alimentação: algumas pessoas sentem-se bem comendo antes da quimioterapia e outras, não – nesse caso, o hábito varia conforme a necessidade da paciente com câncer de mama. Entretanto, deve-se sempre aguardar pelo menos uma hora após a sessão para consumir qualquer alimento ou bebida.
  • Coma devagar: consuma pequenas refeições, cinco ou seis vezes por dia, em vez de três grandes refeições, evitando ingerir líquidos enquanto come. Isso evite enjoos e vômitos.
  • Prefira alimentos frescos e evite consumi-los muito quentes.
  • Evite alimentos e bebidas fortes, como café, peixe, cebola e alho. Eles também favorecem os vômitos.

Cuidados durante a radioterapia

O radioterapeuta e a equipe de enfermagem devem orientá-la sobre os cuidados específicos que deverão ser adotados durante o tratamento de radioterapia. Esses cuidados variam muito de acordo com a região a ser irradiada.

  • Pele: lave a pele irradiada com sabão suave e água morna. Tente não coçar nem esfregar a área.
  • Pomada: aplique pomadas ou cremes sobre a pele somente com aprovação médica.
  • Prefira roupas folgadas e confortáveis (se possível cubra a região irradiada com roupas claras).

Mais do que apenas sobreviver, a paciente pode viver bem, cuidando de si própria com carinho e atenção. Para ajudar as pacientes nesse desafio, é cada vez mais comum a abordagem multidisciplinar para o câncer de mama, com apoio de dentistas, nutricionistas, fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogos, preparadores físicos e etc.

Fisioterapia para câncer de mama

Ela promove a independência funcional da paciente, permitindo que realize as atividades que deseja sozinha e sem inconveniências. Proporciona alívio da dor e reduz a necessidade do uso de analgésicos. Geralmente o tratamento é indicado após a cirurgia.

Nutrição

O acompanhamento nutricional ajuda a prevenir a perda de peso e a desnutrição durante o tratamento. Além disso, ele ajuda a paciente com câncer de mama a seguir as restrições dietéticas corretas para evitar possíveis efeitos colaterais do tratamento.

Exercícios físicos e câncer de mama

Não importa a atividade – o que importa é praticar. A atividade física ajuda a “mandar” a fadiga embora, aumenta a energia, a disposição e a autoestima, além de proporcionar convívio social.

  • Depois da cirurgia: converse com seu médico sobre o retorno às atividades físicas. Isso varia de acordo com o tempo de recuperação esperado para cada procedimento e estado paciente.
  • Em caso de imunidade baixa: algumas pacientes podem apresentar queda de imunidade durante o tratamento, o que pode ocasionar infecções oportunistas. Por isso, não se recomendam atividades com a natação – já o contato com a água da piscina pode favorecer infecções.
  • Academias: caso a ideia seja frequentar uma academia de ginástica, opte pela atividade supervisionada por um profissional de educação física. Relate seu caso, para que ele indique a série de exercícios mais adequada.

Sexualidade e sensualidade

Durante o tratamento do câncer de mama, diversas situações como diminuição da libido, alterações hormonais e incômodos emocionais podem influenciar diretamente no seu comportamento sexual.

É importante que entenda que esses transtornos são causados por situações físicas que você está enfrentando e não tem a ver o que você é em essência. Tente resgatar nesse período a sensualidade que há em você – mas tudo em seu tempo.

  • Fale com seu parceiro ou parceira: converse sobre a diminuição da libido para que a pessoa não se sinta rejeitada e confusa com seu possível desinteresse sexual. A comunicação aberta poderá ajudar a buscar maneiras criativas de despertas a sua libido.
  • Fale com seu oncologista: seu médico pode prescrever medicamentos para combater os efeitos colaterais do tratamento, motivos que levam ao desinteresse sexual.
  • Fale com um psicólogo: o profissional pode ajudar identificando e tratando os obstáculos emocionais que colaboram com o desinteresse sexual a partir da psicoterapia.

Cuidados com a autoestima

A queda de cabelos e a mastectomia são os pontos que mais podem afetar a autoestima da paciente. Tente não se render a esses sentimentos e procure saídas para esses incômodos, que são pequenos perto da sua qualidade de vida e da luta que você está travando.

Você pode guardar os fios naturais para aplicar em rabo de cavalo quando cabelos voltarem a crescer. Ou então comprar perucas e usar lenços coloridos, refletindo sua personalidade.

Busque outras atividades que façam você se sentir bem, como cursos de uma área que você se interesse. Tudo vale para reconquistar a autoconfiança ou então não deixar que ela se vá.

Administrando sentimentos

O câncer de mama pode gerar uma série de sentimentos, diversos altos e baixos. Isso tudo é normal: o ser humano é cheio de emoções e a doença pode maximizar esse aspecto.

Entenda que alguns dias serão melhores que outros, mas não permita que o mal-estar se instale. O importante é que você não se desespere em meio aos sentimentos que experimenta.

Se você perceber algum sinal de depressão, como tristeza profunda, falta de sono e apetite, insegurança e desânimo, converse com seu oncologista sobre o assunto. Ele poderá recomendar uma visita ao psicólogo.

Impacto do câncer de mama na minha vida

  • Casa: se você ainda não divide a tarefas com seu parceiro (a) e filhos, essa é a hora para determinar novas funções. Durante o tratamento pode ser que você se sinta indisposta e todo o apoio é importante nesse sentido.
  • Trabalho: se você se sentir disposta e com vontade de trabalhar, vá em frente – isso ajudará a manter o convívio social e atrelará compromissos a sai vida que não estão relacionados com o tumor. Porém, em alguns momentos, você poderá se sentir debilitada e pode ser que opte por deixar o trabalho, ficando de licença.
  • Vida financeira: seu orçamento pode ficar abalado caso você precise parar de trabalhar, mais as despesas do tratamento. Saiba que é possível requisitar auxílio-doença e não se envergonhe se precisar pedir ajuda a um parente ou amigo mais próximo. Rever os gastos durante esse período também é essencial.

Conversando com seus filhos

  • A pessoa mais indicada para contar é você. Fale o mais rápido possível, para não criar um clima de omissão.
  • Evite omitir a palavra “câncer” ou tratar o câncer de mama como um tabu. Isso somente criará medo em torno da doença
  • Você não precisa contar detalhes da doença, mas esteja preparada para questionamentos.
  • Explique os efeitos colaterais da doença e do tratamento, que é normal você ficar mais triste em alguns momentos, que é normal a queda de cabelos e outros efeitos. Isso evita choques.
  • Seus filhos poderão apresentar mudanças de comportamento e desempenho na escola. É importante que o educador saiba lidar com isso e tenha liberdade de comentar com você se algo diferente ocorrer.
  • Se sentir a necessidade, busque apoio de um psicólogo familiar.

Conversando com seu marido ou companheiro

O seu companheiro ou companheira é a pessoa que, assim como os filhos, estará mais próxima de você nesse momento. Conversem francamente sobre as demandas que surgirão e peça ajuda para enfrentar a doença.

Reconstrução de mama

Passível de ser realizada em quase todas as pacientes porém há dificuldade de acesso nas pacientes do SUS principalmente por fatores econômicos.

Para quem não tem acesso, é recomendado o uso de prótese externa afim de equilibrar um pouco do peso sobre a coluna e principalmente para alívio estético e maior liberdade para vestimenta da paciente.

Prevenção

A prevenção do câncer de mama pode ser dividida em primária e secundária: a primeira envolve a adoção de hábitos saudáveis, e a segunda diz respeito a realização de exames de rastreamento, a fim de fazer o diagnóstico precoce.

Exercícios

Um estudo publicado no Journal of the National Cancer Institute apontou que adolescentes praticantes de exercícios físicos intensos diminuem as chances de sofrer de câncer de mama na fase adulta em até 23%.

Nessa análise, a prática de atividade física deveria começar por volta dos 12 anos e durar por pelo menos dez anos para que a proteção contra a doença seja notada.

Os exercícios são capazes de reduzir os níveis de estrógeno, hormônio relacionado ao risco de câncer.

A prática de exercícios também diminui o estresse e ajuda no controle do peso, fatores que influenciam no desenvolvimento do tumor. É importante na prevenção do câncer e na prevenção da recidiva.

Amamentação

Mulheres que amamentam os seus filhos por, pelo menos, seis meses, têm 5% menos chances de desenvolver a doença.

Quando a mulher amamenta, ela estimula as glândulas mamárias e diminui a quantidade de hormônios, como o estrógeno, da sua corrente sanguínea.

Dieta balanceada

Manter uma dieta adequada ajuda no controle do peso, na prevenção de doenças crônicas e melhora a saúde como um todo.

Além disso, um corpo saudável trabalha melhor, prevenindo o surgimento de tumores. Mulheres que consomem vegetais com frequência têm até 45% menos chances de desenvolver câncer de mama, de acordo com um estudo realizado pela Boston University.

Alimentos como brócolis, mostarda, couve e hortaliças verdes são ricos em glucosinolatos (aminoácidos com um papel importante na prevenção e tratamento).

Menos estresse

Mulheres que vivem uma rotina muito agitada e estressante têm quase o dobro de chances de desenvolver câncer de mama, quando relacionada a outros fatores de risco.

Técnicas de respiração, meditação e relaxamento, praticadas em Tai Chi e ioga, ajudam a controlar o estresse e a ansiedade.

Menos álcool

O consumo de apenas 14 gramas de álcool por dia pode aumentar as chances de câncer de mama em 30%.

O mecanismo de ação pelo qual o consumo de álcool aumenta esse risco ainda permanece desconhecido, mas sabemos que ele influencia as vias de sinalização do estrógeno.

Controle do peso

Ao atingir a menopausa, mulheres com sobrepeso ou obesidade correm mais risco de desenvolver o tumor. E mais: o excesso de peso ainda aumenta as chances do câncer ser mais agressivo.

Exame de mamografia

A maioria das mulheres deve começar a fazer mamografias anualmente após os 40 anos. Mas para quem tem histórico familiar de câncer de mama, o exame deve começar 10 antes do caso mais precoce na família.

Assim, por exemplo, se qualquer parente próximo teve esse tipo de câncer aos 40, é preciso começar a fazer mamografias anualmente a partir dos 30 anos.

Fazer a mamografia anualmente em idade adequada pode reduzir a morte por câncer de mama em até 30%, segundo um estudo publicado na revista Radiology.

Mais sobre Câncer de mama

Seus direitos

  • Reabilitação profissional: o serviço da Previdência Social visa readaptar ou reeducar a profissional para o retorno ao trabalho, com o fornecimento de materiais necessários à reabilitação (tais como taxas de inscrição em serviços profissionalizantes e auxílios para transporte e alimentação). Todos os segurados da Previdência têm direito à reabilitação.
  • Auxílio-doença: você terá direito ao benefício mensal desde que fique por mais de 15 dias com incapacidade para o trabalho atestada por perícia médica da Previdência Social e que tenha contribuído com o INSS por no mínimo 12 meses (embora haja exceções). Compareça pessoalmente ou por intermédio de procurador a uma agência da Previdência Social, preencha o requerimento, apresente a documentação exigida e agende a perícia. O auxílio-doença deixará de ser pago quando você recuperar a capacidade para o trabalho, ou caso o direito se reverta em aposentadoria por invalidez.
  • Aposentadoria por invalidez: você terá direito ao benefício se for segurada da Previdência Social e a perícia constatar que está incapacitada permanentemente par ao trabalho. Via de regra, é preciso ter contribuído com o INSS por, no mínimo, 12 meses para obter o benefício. Compareça pessoalmente ou por procurador a uma agência da Previdência Social, preencha o requerimento, apresente a documentação exigida e agende a perícia. Você ainda pode requerer o auxílio-doença pela internet, no site da Previdência Social ou pelo telefone gratuito 135.
  • Isenção de imposto de renda: você tem direito à isenção do imposto de renda sobre os valores recebidos a título de aposentadoria, pensão ou reforma, inclusive as complementações recebidas de entidades privadas e pensões alimentícias, mesmo que a doença tenha sido adquirida após a concessão da aposentadoria, pensão ou reforma. Procure o órgão responsável pelo pagamento da aposentadoria, pensão ou reforma e solicite a isenção do imposto de renda que incide sobre esses rendimentos.
  • Isenção de IPTU: não existe uma legislação nacional que garanta a isenção do IPTU para pessoas com determinadas patologias, como o câncer de mama. Mas, como se trata de um imposto municipal, algumas cidades já garantes a isenção. Informe-se na Secretaria de Finanças do seu município.
  • Cirurgia de reconstrução mamária: você tem direito a realizar a cirurgia reparadora gratuitamente, tanto pelo SUS como pelo plano de saúde. Se estiver em tratamento no SUS, exija o agendamento da cirurgia no próprio local e, se não estiver, dirija-se a uma Unidade Básica de Saúde e solicite seu encaminhamento para uma unidade especializada em reconstrução mamária. Pelo Plano de Saúde, consulte um cirurgião credenciado.

Compartilhando a experiência

A solidão pode ser um sentimento que assola a paciente com câncer de mama. Mas lembre-se que você não está sozinha. Peça ajuda, compartilhe sua experiência, procure centros e locais que façam terapia em grupo.

Dissemine seu conhecimento e sua luta contra o câncer de mama e ajude a quebrar o estigma que existe em torno da doença.

Incentive as mulheres a fazer a mamografia, converse com suas amigas e colegas sobre a importância do exame. Relate sua experiência para entidades de apoio ao paciente ou crie um blog para dividir suas questões com os leitores.

Câncer de mama no Brasil e no mundo

Esse é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o mundo, sendo 1,38 milhões de novos casos e 458 mil mortes pela doença por ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A proporção em homens e mulheres é de 1:100 – ou seja, para cada 100 mulheres com câncer de mama, um homem terá a doença.

No Brasil, o Ministério da Saúde estima 60 mil casos novos em um ano. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, cerca de uma a cada 12 mulheres terão um tumor nas mamas até os 90 anos de idade.

Qual a porcentagem de cânceres de mama que acontecem por conta da mutação genética?

A população geral tem cerca de 10 a 12% de riscos de desenvolver a doença.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, a presença da mutação entre os casos de câncer de mama gira em torno de 5 a 10%, sendo que 5% de todos os cânceres de mama são de mulheres com a mutação genética BRCA.

Por isso, a maneira mais segura de tratar e prevenir é visitar o seu mastologista, quando indicado e seguir suas orientações.

Uma pessoa que tem risco comprovado para câncer de mama pode fazer uma mastectomia preventiva?

Uma mulher com alto risco pode, sim, optar por fazer a mastectomia preventiva.

A mastectomia preventiva mamária consiste na retirada da região interna da mama – ou seja, da glândula mamária juntamente com os ductos mamários – que são os locais onde pode acontecer a formação de um tumor.

Com a retirada do interior da mama, os riscos de câncer reduzem em até 90%. As chances do câncer ainda existem porque 10% do tecido mamário é preservado para a nutrir a pele, auréola e mamilo.

Na cirurgia sempre serão removidas as duas mamas, daí a denominação de dupla mastectomia preventiva.

Existem também tratamentos que usam os chamados anti-hormônios ou moduladores hormonais, que inibem a produção de estrógeno e impedem as células da mama de se multiplicarem.

Esse tratamento, no entanto, é recomendado apenas para cânceres de mama hormonais – ou seja, que acontecem ou podem acontecer em decorrência de alterações hormonais – não sendo indicado para pessoas que tem o risco genético, por exemplo.

Para pacientes com risco genético, uma alternativa é redobrar a atenção e acompanhamento da mamas, partindo para exames de rastreamento, como ultrassom de mamas e mamografias, em intervalos de tempos mais curtos, a cada seis meses, por exemplo, dependendo do que o seu médico considerar mais seguro.

O objetivo nesse caso é identificar o câncer numa fase muito precoce e iniciar o tratamento adequado a partir desse diagnóstico.

Câncer de Bexiga

junho 18th, 2020 by

O que é?

Câncer de bexiga é uma formação maligna que se instala nas células que recobrem as paredes internas da bexiga, um órgão muscular, oco e elástico, que tem por função armazenar a urina proveniente dos rins para depois eliminá-la pela uretra.

As paredes da bexiga urinária são compostas por três camadas:

  • O urotélio — camada mucosa que recobre seu interior e permanece enrugada quando a bexiga está vazia;
  • A camada muscular (constituída por fibras de músculo liso);
  • A camada adventícia ou serosa que recobre a parte externa do órgão.

Em geral, o tumor de bexiga se localiza na camada mucosa, que permanece em contato direto com a urina. Ele se manifesta mais nos homens do que nas mulheres e mais nos brancos do que nos negros, depois dos 55 anos.

O tipo mais comum de tumor de bexiga é o carcinoma de células de transição. Ele surge inicialmente nas células uroteliais que revestem a mucosa interna da bexiga, dos ureteres e da uretra, e pode ali ficar confinado. Sem tratamento, porém, pode invadir as paredes mucosa e muscular e espalhar as células malignas pela cadeia de linfonodos e pelo sangue.

Causas e fatores de risco do câncer de bexiga

A principal causa do câncer de bexiga é o tabagismo. De 50% a 70% dos casos estão associados ao cigarro. Parte das substâncias tóxicas contidas na fumaça não só do cigarro, mas também do cachimbo e do charuto, é eliminada pelos rins junto com a urina e agride as paredes que revestem o interior da bexiga.

Outra causa importante é a exposição a agentes químicos por exigência profissional, como ocorre com as pessoas que trabalham na indústria têxtil ou de tinta, ou em fábricas que trabalham com metal, borracha, couro e corantes.

São considerados, ainda, fatores de risco para os tumores de bexiga, a ingestão de pouco líquido, a presença da doença na família, a radioterapia e a ciclofosfamida, uma droga utilizada em quimioterapia e no tratamento de doenças reumáticas e autoimunes, entre outras.

Sintomas do câncer de bexiga

Nas fases iniciais, os tumores de bexiga são assintomáticos. Quando os sintomas aparecem, o mais frequente é a hematúria, ou seja, a presença de sangue na urina visível a olho nu ou apontada em exames de laboratório. Embora nem sempre seja sinal de problemas na bexiga, a perda de sangue tem de ser sempre levada em consideração.

À medida que a doença evolui, podem surgir os seguintes sintomas

  • Ardor e urgência para urinar;
  • Inchaço nas pernas;
  • Perda de peso e de apetite;
  • Anemia;
  • Cansaço.

Diagnóstico do câncer de bexiga

O diagnóstico do câncer de bexiga começa pela avaliação das condições clínicas do paciente seguida pelos exames de urina tipo I e de citologia oncótica urinária. Como a perda de sangue pode ser atribuída a várias doenças, exames de imagem, como o ultrassom, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética são úteis para estabelecer o diagnóstico diferencial.

O exame mais conclusivo, porém, é a citoscopia, que permite enxergar a bexiga urinária por dentro com uma câmera introduzida pela uretra. Ele possibilita também fazer biópsia do tumor para fazer o exame anatomopatológico, ou até mesmo retirar as lesões completamente.

Quanto mais precocemente for feito o diagnóstico, maior será a possibilidade de cura da doença.

Tratamento do câncer de bexiga

O esquema de tratamento de câncer de bexiga é determinado pelo grau de gravidade da doença. O principal recurso terapêutico é a cirurgia, que pode ser de três tipos:

  • O tumor é superficial e pode ser retirado por via endoscópica (ressecção transuretal endoscópica);
  • A profundidade e localização do tumor exigem que seja retirada uma parte da bexiga (cistectomia parcial);
  • Remoção completa da bexiga seguida da construção de um novo reservatório para a urina utilizando um segmento das alças intestinais (cistectomia radical).

Depois da cirurgia, o paciente pode necessitar de quimioterapia para combater células cancerosas que acaso tenham se soltado e possam dar origem a metástases. Já a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, fica reservada para casos específicos da doença.

Recomendações para evitar o câncer de bexiga

Não existem exames de rotina que permitam fazer o diagnóstico precoce dos tumores de bexiga. Por isso, a prevenção depende diretamente de duas medidas elementares.

Primeira: ficar longe do cigarro. Fumantes passivos também estão sujeitos a desenvolver tumores de bexiga. Segunda: beber muita água. Volume maior de líquidos ajuda a eliminar substâncias nocivas que podem agredir as paredes da bexiga urinária. E tem mais: se você é fumante, não espere a bexiga ficar muito cheia para esvaziá-la. Procure urinar mais vezes, mesmo que não sinta vontade. Essa é uma forma de reduzir o tempo de contato com os agentes cancerígenos presentes na urina.

Por fim, fique atento caso  você já tenha tido um tumor de bexiga. O risco de recidivas existe. Mantenha o acompanhamento médico pelo tempo que ele julgar necessário.

Perguntas frequentes sobre o câncer de bexiga

Câncer de bexiga tem cura?

Sim. Como a maioria dos cânceres, depende do estágio da doença. Quanto mais cedo for identificado, maior a chance de cura.

O câncer de bexiga pode voltar?

Sim. Pode haver recidiva tanto no mesmo local quanto em órgão e tecidos vizinhos ou à distância. Entretanto, há vários tipos do tumor, e cada um tem maior ou menor risco de voltar.

Existem alimentos que previnem o câncer de bexiga?

Um dos alimentos que mais foi objeto de estudos foi o brócolis. Embora mais estudos sejam necessários, algumas pesquisas indicam que o consumo desse vegetal pode ter ação antitumoral ao promover a excreção de substâncias tóxicas.

Câncer Colorretal

junho 18th, 2020 by

Câncer colorretal é um tumor maligno que se instala no reto do intestino grosso. É o terceiro mais frequente entre os homens, logo após do câncer de próstata e de pulmão.

O câncer colorretal é um tumor maligno que se desenvolve no intestino grosso, isto é, no cólon ou em sua porção final, o reto. O principal tipo de tumor colorretal é o adenocarcinoma. Em 90% dos casos, esse tumor se origina a partir de um pólipo adenomatoso que, ao longo dos anos, sofre alterações progressivas em suas células. Portanto, a principal forma de prevenção do câncer colorretal é o seu rastreamento por exames como colonoscopias, visando a detecção e retiradas dos pólipos antes de se degenerarem em câncer.

Segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), o câncer colorretal é o terceiro mais frequente entre os homens, logo após do câncer de próstata e de pulmão, e o segundo mais incidente nas mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama. Estima-se que neste ano tenhamos 30.660 casos novos de câncer de cólon e reto.

Esse tipo de câncer atinge homens e mulheres de forma semelhante, com incidência discretamente maior na população masculina. É predominante na faixa etária adulta, principalmente a partir da quinta década de vida, sendo raro em crianças (ver fatores de risco).

Silencioso – o câncer colorretal causa sintomas, em geral, apenas em estágios mais avançados –, as principais alterações que devem chamar a atenção do paciente são:

  • Presença de sangue nas evacuações, seja sangue vivo ou escuro, misturado às fezes, com ou sem muco.
  • Sintomas irritativos, como alteração do hábito intestinal que cause diarreia crônica e necessidade urgente de evacuar, com pouco volume fecal.
  • Sintomas obstrutivos, como afilamento das fezes, sensação de esvaziamento incompleto, constipação persistente de início recente, cólicas abdominais frequentes associadas a inchaço abdominal.
  • Sintomas inespecíficos, como fadiga, perda de peso e anemia crônica.

Grandes estudos populacionais relacionam dietas ricas em bebida alcoólica, carne vermelha e embutidos com uma maior incidência de câncer colorretal. O Departamento de Saúde do Reino Unido considera que pessoas que ingerem mais de 90 g de carne vermelha ou embutidos por dia apresentam risco aumentado de desenvolver câncer colorretal e sugere a redução do consumo desses alimentos para menos de 70g por dia. Também foi demonstrado aumento do risco de câncer colorretal em indivíduos obesos ou acima do peso, sendo essa associação maior no sexo masculino, provavelmente devido ao predomínio da gordura visceral.

Para o médico assistente e instrutor de ensino do grupo de coloproctologia da Unisfesp (Universidade Federal de São Paulo) dr. Ricardo Tadayoshi Akiba, é preciso adotar uma alimentação balanceada para prevenir o câncer colorretal. “A redução do risco desse câncer se associa à ingestão de fibras vegetais. O ideal é ingerir pelo menos 30g de fibras solúveis, contidas nas verduras, frutas, grãos e alimentos integrais, para regular o hábito intestinal”, revela o médico.

Em resumo, é preciso “levar uma vida saudável, manter uma dieta rica em alimentos naturais com fibras, praticar atividade física regular e restringir carne vermelha, embutidos e álcool na dieta para ajudar a reduzir a formação de pólipos adenomatosos e, por consequência, o câncer colorretal”, explica Akiba.

Câncer de Estômago

junho 18th, 2020 by

O câncer de estômago, ou câncer gástrico, acomete duas vezes mais os homens do que as mulheres. Sua incidência é mais alta entre os 50 e 70 anos e rara antes dos 40 anos. Em geral, neste último caso, a doença está associada a fatores genéticos predisponentes.

Chile, Colômbia, Costa Rica e Japão concentram o maior número de tumores malignos no estômago. Dados apontam que, felizmente, a incidência vem caindo, fato atribuído em parte às melhores condições atuais de preparo e estocagem dos alimentos.

Os tumores de estômago podem ser de três tipos diferentes. O mais comum é o adenocarcinoma (95% dos casos), seguido dos linfomas (3%) e do leiomiossarcoma.

Fatores de risco do câncer de estômago

São considerados fatores de risco para o câncer gástrico:

  • Predisposição genética, histórico familiar e idade mais avançada;
  • Dieta baseada no consumo de alimentos embutidos, defumados, conservados em sal, com altas doses de substâncias cancerígenas (nitritos, nitratos e nitrosaminas) e pobre em produtos naturais e frescos, como frutas e verduras, carnes e peixes;
  • Infecção por Helicobacter pylori. Essabactéria que se aloja no estômago pode estar associada a quadros de gastrite crônica e úlceras gastroduodenais, assim como ao risco maior de desenvolver lesões pré-malignas e linfomas gástricos nos indivíduos geneticamente predispostos. Estudos mostram, porém, que menos de 1% das pessoas infectadas por essa bactéria irá desenvolver lesões malignas;
  • Pólipos gástricos adenomatosos, maiores do que 2 cm, originalmente benignos, mas com potencial de malignidade;
  • Anemia perniciosa (carência ou dificuldade de absorção da vitamina B12) e gastrite atrófica (doença autoimune);
  • Fumo: o risco de os fumantes desenvolverem a doença é duas vezes maior que o dos não fumantes;
  • Consumo de bebidas alcoólicas.

Sintomas do câncer de estômago

Nas fases iniciais, a doença pode ser assintomática ou apresentar sintomas semelhantes aos da gastrite ou de outros distúrbios estomacais, o que pode retardar o diagnóstico. Quando esses sinais aparecem, os sintomas mais frequentes são:

  • Dor abdominal;
  • Queimação ou azia;
  • Náusea;
  • Vômitos;
  • Sensação de estômago sempre cheio, porque o tumor ocupa parte do espaço destinado aos alimentos;
  • Perda de peso e de apetite;
  • Cansaço;
  • Sangramento digestivo.

A presença de massa palpável na parte superior do abdômen, nódulos no pescoço e umbilicais e sangramento são sinais de doença avançada.

Diagnóstico de câncer de estômago

O diagnóstico de câncer de estômago leva em conta os sintomas e os possíveis fatores de risco. Alguns exames, como hemograma, sangue oculto nas fezes, ressonância magnética, a tomografia computadorizada e a ultrassonografia endoscópica também podem ser úteis.

No entanto, a endoscopia digestiva alta é o exame que faz diferença para o diagnóstico precoce da doença, haja vista que permite não só observar as lesões, como colher material e realizar a biópsia imediatamente.

Desde que diagnosticado precocemente, o câncer de estômago tem bom prognóstico e muitos são os casos de cura.

Tratamento do câncer de estômago

Feito o diagnóstico, é preciso determinar o tamanho e a localização do tumor, ou seja, se está ou não circunscrito no estômago e se há focos da doença em órgãos, como linfonodos, fígado, peritônio, pulmões e ossos.

O tratamento é sempre cirúrgico. Dependendo do estágio da doença, pode ser necessário retirar parte do estômago ou o órgão inteiro (gastrectomia radical) e remover um número maior ou menor de linfonodos. Aplicações de quimioterapia e radioterapia podem representar estratégias terapêuticas importantes no tratamento.

Recomendações

  • Lembre que o corpo quase sempre dá sinais de que algo não vai bem. Procure um médico se apresentar distúrbios estomacais, como dor logo após as refeições e sensação de estômago cheio, mesmo que eles melhorem com o uso de remédios simples para controlar a má digestão;
  • Siga a orientação de nutricionistas para compor uma dieta saudável e equilibrada, especialmente se passou por cirurgia para remoção total ou parcial do estômago;
  • Inclua frutas e verduras frescas no cardápio de todos os dias;
  • Consuma com parcimônia embutidos e alimentos muito salgados;
  • Faça refeições menores a cada três horas aproximadamente;
  • Mastigue bem os alimentos, pois o processo de digestão começa na boca;
  • Não fume;
  • Prefira sucos naturais ao consumo de bebidas alcoólicas;
  • Pratique exercícios físicos regularmente.

Perguntas frequentes sobre câncer de estômago

O câncer de estômago pode voltar?

Muitos fatores influenciam o risco de um tumor de estômago voltar. Entre os principais estão o tipo de câncer (quanto mais diferentes as células malignas forem das células saudáveis, maior o risco), se o tumor invadiu vasos sanguíneos ou linfonodos e o quanto o câncer atingiu camadas mais profundas da mucosa gástrica.

Que alimentos contribuem para aumentar o risco de câncer de estômago?

O principal alimento envolvido no risco desse tipo de câncer são as carnes vermelhas, principalmente as que passam por processos de conservação, como embutidos (como bacon, linguiça e salsicha), defumados e técnicas que preservam com uso de sal (como charque e carne de sol).

Câncer Anal

junho 18th, 2020 by

O câncer anal é caracterizado pela presença de tumores no canal anal e nas bordas externas do ânus. É mais comum em mulheres. Segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca), é um câncer raro e representa entre 1% e 2% dos tumores colorretais.

Fatores de risco do câncer anal

Infecções provocadas pelo HPV (papilomavírus humano) ou pelo HIV (vírus da imunodeficiência humana, causador da aids) aumentam o risco desse tipo de tumor.

Outras infecções sexualmente transmissíveis (IST) comuns, como clamídia, gonorreia, herpes genital e condilomatose também podem estar relacionadas à ocorrência de tumores anais. Outras possíveis causas são tabagismo, prática de sexo anal, fístula anal crônica, má higiene na região e irritação anal crônica.

Sintomas do câncer anal

O principal sintoma é o sangramento anal no momento da evacuação, acompanhado de dor na região. Também pode haver:

  • Sangue nas fezes;
  • Coceira;
  • Ardor;
  • Secreção;
  • Ferida na região anal;
  • Incontinência fecal (quando não há controle das fezes).

Diagnóstico de câncer anal

O diagnóstico é feito por meio de uma biópsia. Em alguns casos, também pode ser solicitado o exame de ressonância magnética, que ajuda identificar a extensão do tumor e definir qual o melhor método de tratamento.

Tratamento do câncer anal

O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico, vai depender da avaliação do médico de acordo com o estágio do tumor. Na maioria dos casos, a indicação é combinar radioterapia e quimioterapia. Quando mais cedo o câncer for identificado, maior é a chance de cura.

Recomendações para prevenir o câncer anal

  • Fique atento a sintomas como sangramento e problemas intestinais. Na maior parte das vezes esses sinais não indicam um câncer, mas é fundamental procurar um médico para ter um diagnóstico;
  • Sempre use preservativo durante as relações sexuais, pois o câncer anal pode se desenvolver a partir de algumas ISTs;
  • Procure se alimentar bem e praticar atividade física regularmente, pois essa ações ajudam a prevenir tumores malignos;
  • Se for fumante, abandone o cigarro. Quanto mais cedo parar de fumar, menor o risco de desenvolver esse tipo de doença.

A Importância do Teste de PHI no Diagnóstico do Câncer de Próstata

maio 28th, 2020 by

O PHI – Índice de Saúde Prostática é um forte marcador do câncer de próstata e mostra-se superior a análise do PSA total e livre, sendo capaz de reduzir biópsias desnecessárias em 30 % (Loeb et al 201%). Quando o PHI é adicionado aos testes de PSA e PSA livre o índice de acerto passa de 30 para 90%. O proPSA (também conhecido como p2PSA) refere-se a uma série de precursores inativos do PSA e sua dosagem consiste em um ensaio de quimiluminescência.

É um exame de sangue, indicado para homens com idade acima dos 50 anos, sem alteração no exame de toque retal da próstata e com valores de PSA elevados (Antígeno Prostático Específico).

Existem cânceres de próstata menos agressivos e mais lentos na sua evolução, enquanto outros são muito agressivos e rápidos demandando intervenções urgentes do médico assistente. O PHI ajuda o clínico nesta assertividade.

O teste de PHI, oferece maior segurança pois evita que o paciente venha a utilizar uma opção mais invasiva e agressiva para a possível identificação de alguma doença.

O PHI ajuda também a flagrar as versões mais perigosas da doença. Geralmente, quanto maior o resultado do PSA, mais elevado é o risco de câncer, daí a indicação para uma biópsia da próstata.