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Respiração Saudável

julho 20th, 2023 by

Nossos pulmões são fundamentais para a nossa sobrevivência, fornecendo oxigênio ao nosso corpo e expelindo dióxido de carbono. No entanto, os pulmões também estão sujeitos a diversos desafios, como doenças respiratórias.

Asma

A asma é uma doença respiratória crônica que afeta os brônquios, tornando-os inflamados e estreitados. Isso pode levar a episódios de falta de ar, chiado no peito, tosse e desconforto respiratório. A asma pode variar em gravidade, e algumas pessoas podem experimentar sintomas leves, enquanto outras enfrentam crises mais intensas.

Sintomas:

  • Chiado no peito: Um som agudo e contínuo ao respirar, especialmente durante a expiração.
  • Falta de ar: Sensação de dificuldade para respirar, como se o ar não estivesse chegando aos pulmões adequadamente.
  • Tosse: Principalmente à noite ou de manhã cedo, a tosse pode ser seca ou com a presença de muco.
  • Opresão no peito: Sensação de aperto ou desconforto no peito.

Bronquite Crônica e Aguda

A bronquite pode ser classificada em crônica ou aguda, ambas envolvendo inflamação dos brônquios e produção excessiva de muco. A bronquite aguda geralmente é causada por infecções virais ou bacterianas e é de curta duração. Por outro lado, a bronquite crônica é uma condição de longo prazo, geralmente associada ao tabagismo e à exposição prolongada a irritantes pulmonares.

Sintomas (Bronquite Aguda):

  • Tosse: Inicialmente seca, podendo evoluir para a produção de muco.
  • Dor no peito: Dor ou desconforto no peito devido à tosse frequente.

Sintomas (Bronquite Crônica):

  • Tosse persistente: Tosse com muco na maioria dos dias, durante pelo menos três meses em dois anos consecutivos.
  • Falta de ar: Sensação de dificuldade para respirar, especialmente durante atividades físicas.

Pneumonia

A pneumonia é uma infecção dos pulmões, podendo ser causada por bactérias, vírus ou fungos. Ela pode variar em gravidade, sendo leve a ponto de não requerer hospitalização ou grave o suficiente para necessitar de internação e cuidados intensivos.

Sintomas:

  • Tosse com catarro: Tosse com a presença de muco, que pode ser amarelado ou esverdeado.
  • Febre: Elevação da temperatura corporal, acompanhada ou não de calafrios.
  • Falta de ar: Dificuldade para respirar ou respiração acelerada.
  • Dor no peito: Dor ou desconforto no peito ao respirar profundamente ou tossir.

A saúde respiratória é um componente essencial do nosso bem-estar geral. Conhecer os sintomas e cuidar adequadamente das doenças respiratórias é crucial para garantir uma vida plena e ativa. Lembre-se sempre de buscar a orientação de um pneumologista, o especialista mais indicado para tratar questões relacionadas aos pulmões e sistema respiratório.

No Centro Médico H3Med, estamos comprometidos em fornecer cuidados de excelência e abrangentes para nossos pacientes. Nossa equipe de pneumologistas altamente qualificados está pronta para ajudar, oferecendo diagnósticos precisos, tratamentos eficazes e orientações para a prevenção de problemas respiratórios. Cuide da sua saúde respiratória com a ajuda especializada que você merece e descubra como o H3Med pode ser o parceiro ideal para o seu bem-estar. Agende uma consulta hoje mesmo e respire com mais tranquilidade e confiança!

Asma: tempo de exacerbação grave não diminuiu com suplementação de vitamina D

setembro 3rd, 2020 by

Segundo o estudo Effect of Vitamin D3 Supplementation on Severe Asthma Exacerbations in Children With Asthma and Low Vitamin D Levels, publicado no jornal JAMA, a suplementação de vitamina D não melhorou o tempo de exacerbação grave da asma em crianças com asma persistente e baixos níveis de vitamina D, em comparação ao placebo. O objetivo foi determinar se a suplementação de vitamina D3 melhora o tempo para uma exacerbação grave em crianças com asma e hipovitaminose D. As exacerbações graves da asma aumentam a morbidade, com custos significativos.

Método do estudo

Os pesquisadores conduziram o ensaio clínico denominado Vit-D-Kids Asthma (VDKA), que consistiu em um estudo randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, para avaliar o benefício da suplementação de vitamina D em comparação ao placebo. Foram incluídas crianças com idades entre 6 a 16 anos recrutadas em 7 locais nos Estados Unidos, com diagnóstico de asma, em uso de corticosteroides inalatórios em baixas doses, com níveis séricos de 25-hidroxivitamina D inferior a 30 ng/mL.

Outros critérios de inclusão foram:

  • Asma diagnosticada ao menos 1 ano antes da inclusão;
  • No mínimo uma exacerbação grave de asma (corticosteroides sistêmicos por, pelo menos, 3 dias, ou uma hospitalização ou visita ao pronto-socorro com necessidade de corticosteroides sistêmicos) no ano anterior;
  • Uso de medicamentos para tratamento de asma (uso diário ou β2-agonistas inalatórios três vezes por semana, no mínimo) por, pelo menos, 6 meses no ano anterior;
  • Volume expiratório forçado no primeiro segundo de expiração (VEF1) maior ou igual a 70% do previsto;
  • Responsividade ao broncodilatador (um incremento no VEF1 basal de 8% ou mais 15 minutos após a inalação de 180 microgramas de albuterol) ou, naqueles sem resposta ao broncodilatador, maior responsividade das vias aéreas (uma concentração provocativa de metacolina na qual o VEF1 diminuiu 20%, < 8 mg/mL se não estivesse recebendo corticosteroides inalatórios ou <16 mg/mL se estivesse os recebendo).

O estudo foi iniciado em fevereiro de 2016, mas encerrado em março de 2019 por futilidade. Isto é, os pesquisadores não observaram nenhum benefício com a suplementação da vitamina D. Os participantes foram randomizados em dois grupos por 48 semanas e mantidos com propionato de fluticasona, 176 microgramas/dia (se idade entre 6 a 11 anos) ou 220 microgramas/dia (em pacientes de 12 a 16 anos):

  • Grupo “vitamina D3”, recebendo 4.000 UI/dia de suplementação de vitamina D3 (n = 96);
  • Grupo “placebo” (n = 96).

Desfechos

O desfecho primário foi o tempo para uma exacerbação grave da asma. Os desfechos secundários incluíram o tempo até uma exacerbação grave induzida por vírus, a proporção de participantes nos quais a dose de corticosteroide inalatório foi reduzida na metade da pesquisa e a dose cumulativa de fluticasona durante o ensaio.

Foram incluídos 192 pacientes pediátricos randomizados. A idade média foi 9,8 anos e o sexo feminino representou 40% da amostra. Cento e oitenta pacientes (93,8%) completaram o ensaio. Uma ou mais exacerbações graves ocorreram em 36 participantes (37,5%) do grupo “vitamina D3” e em 33 participantes (34,4%) do grupo “placebo”. Em comparação ao placebo, a suplementação de vitamina D3 não melhorou significativamente o tempo para uma exacerbação grave: o tempo médio para a exacerbação foi de 240 dias no grupo “vitamina D3”. Esse tempo foi de 253 dias no grupo “placebo” — diferença média do grupo, −13,1 dias [intervalo de confiança de 95% (IC 95%) −42,6 a 16,4], com razão de risco ajustada de 1,13 (IC 95%, 0,69 a 1,85; p = 0,63).

Além disso, a suplementação de vitamina D3, quando comparada ao placebo, também não melhorou significativamente o tempo para uma exacerbação grave induzida por vírus, a proporção de participantes cuja dose de corticosteroide inalatório foi reduzida ou a dose cumulativa de fluticasona durante o ensaio. Em ambos os grupos, os eventos adversos graves foram semelhantes (grupo vitamina D3, n = 11; grupo placebo, n = 9).

As limitações do estudo foram:

  • A taxa de exacerbações graves de asma em ambos os grupos de vitamina D3 (37,5%) e placebo (34,4%) foi menor do que o esperado, e o estudo não foi devidamente desenvolvido para avaliar se essa pequena diferença era estatisticamente significativa. No entanto, não houve evidência de um efeito protetor da vitamina D contra exacerbações graves da asma ou exacerbações graves da asma induzidas por vírus. E a suplementação de vitamina D3 não levou a uma redução na dose média ou cumulativa de corticosteroides inalatórios;
  • Houve um poder estatístico limitado para determinar se a suplementação de vitamina D3 reduz as exacerbações graves da asma em crianças com níveis de vitamina D menores que 20 ng/mL. Porque apenas uma proporção modesta de participantes tinha tais níveis. Contudo, a maioria das crianças com níveis de vitamina D menores que 30 ng/mL nos Estados Unidos tem níveis maiores que 20 ng/mL. Portanto, os resultados deste estudo são aplicáveis à maioria das crianças com insuficiência de vitamina D no país;
  • Os resultados não podem ser extrapolados para outras faixas etárias, incluindo crianças em idade pré-escolar, ou para ambientes com capacidade limitada de monitorar os níveis de vitamina D.

Conclusão

A conclusão deste estudo é que, entre as crianças com asma persistente e baixos níveis de vitamina D, a suplementação de vitamina D3, em comparação ao placebo, não melhorou significativamente o tempo para uma exacerbação grave da asma. Portanto, esses resultados não apoiam a suplementação de vitamina D3 para prevenir exacerbações graves da asma neste grupo de pacientes.

De acordo com o pesquisador principal, Dr. Juan Celedón, do Children’s Hospital of Pittsburgh, não se pode tirar conclusões sobre se níveis muito baixos de vitamina D contribuem para as exacerbações da asma. Uma vez que essas crianças receberiam suplementação de vitamina D de qualquer forma em virtude dos efeitos conhecidos da vitamina na saúde óssea. Além disso, de acordo com o pesquisador, os resultados do estudo VDKA diferem de estudos observacionais anteriores realizados na Costa Rica, Canadá, Porto Rico e também nos Estados Unidos, cujos resultados mostraram que crianças com níveis naturalmente baixos de vitamina D tinham piores efeitos na asma. Para ele, em estudos observacionais, “nunca sabe se a vitamina D está causando a piora da asma ou as crianças com asma grave acabam tendo menos vitamina D”.

Tosse Seca: quais são os principais tipos e causas

julho 27th, 2020 by

O que é?

A tosse seca é algo bem incômodo, que pode ocorrer devido à reação de defesa do organismo ao entrar em contato com alguma substância que interfere em nosso sistema respiratório, como poeira, mofo e bactérias.

Apesar de, muitas vezes, acompanhar casos alérgicos, a tosse seca também pode ser um sinal de doenças respiratórias ou outras complicações. Por isso, é muito importante analisar seu tempo de duração e aprender a identificá-la. 

Tipos de tosse e duração

Existem dois tipos de classificação da tosse, sendo eles: a tosse seca e a tosse produtiva. “A tosse produtiva, é aquela que gera o catarro, por exemplo, e a seca é causada na maioria das vezes, por algum agente alergênico e diferente da primeira, não apresenta secreção”, é o que afirma o médico Felipe Folco.

Quanto à duração, o profissional explica que existem três categorias, que variam de acordo com o nível de duração da tosse: “a tosse pode ser aguda, durando, no máximo, três semanas, subaguda, sendo de três a oito semanas e a crônica, que acompanha casos mais sérios e persiste por mais que oito semanas”, salienta o médico.

Quais são as principais causas?

Existem vários quadros clínicos que podem ser a causa da tosse seca. Porém, ela pode ocorrer por estresse, ansiedade, reações medicamentosas, entre outros fatores psicológicos. Confira abaixo as principais patologias que apresentam tosse seca.

Reações alérgicas

tosse alérgica é um dos tipos mais comuns de tosse seca. Isso acontece devido ao contato com alguma substância que causa algum tipo de irritação na garganta do paciente. Ela pode estar presente nos casos de rinite, sinusite, faringite e amigdalite.

Doenças respiratórias

Doenças como a bronquite, a asma e até mesmo a pneumonia fazem com que o paciente fique com falta de ar, chiado durante a respiração e tosse seca noturna, que costuma ser bem mais desagradável que a tosse seca convencional.

Refluxo gastroesofágico

Doenças como refluxo gastroesofágico e gastrite podem acarretar a tosse seca constante, devido a resíduos do suco gástrico, que se localizam na região do esôfago, causando a tosse seca e o gosto amargo na garganta do paciente.

Coronavírus

Um dos sintomas apresentados pelo Covid-19 é a tosse seca. Além disso, o paciente pode ter coriza, febre, dor de cabeça, entre outros sintomas.

Como é feito o diagnóstico

Para encontrar a causa da tosse seca, o médico pode pedir uma série de exames, que variam de acordo com a análise do histórico de saúde do paciente. Em caso de suspeita de doenças respiratórias, o médico pode indicar a radiografia ou a espirometria — procedimento para analisar o fluxo de ar nas vias aéreas e brônquios.

Já em um quadro de gastrite, por exemplo, outros sinais também são levados em consideração, além do resultado da endoscopia, exame que permite verificar o estado do estômago e esôfago. No geral, o que vai auxiliar o médico a diagnosticar a causa e a encontrar o tratamento adequado são os sintomas apresentados pelo paciente.

Como funciona o tratamento

Após o diagnóstico, o médico vai indicar o tratamento que pode envolver um remédio para a tosse seca ou uma medicação específica para a patologia, como anti-histamínicos, no caso das alergias. Em alguns quadros, é necessário mudanças alimentares e comportamentais, como a prática de atividades físicas e a exclusão de alguns alimentos da dieta.

Quando me preocupar com a tosse seca?

Como vimos, a tosse pode ser um sinal de várias doenças. Por isso, o ideal é sempre ficar atento e, se tiver tosse seca persiste por mais de três semanas, consulte um médico para obter o diagnóstico.

O especialista vai acompanhar o quadro clínico de perto e verificar o tratamento e as alterações da doença que possam surgir. Lembrando que a tosse seca também acompanha casos mais graves, como tuberculose. Por isso, consulte sempre um médico.

Cuidado com a Bronquiolite

abril 5th, 2019 by

Bronquiolite é um assunto que sempre merece um alerta, já que é uma doença responsável por grande número de internações em crianças pequenas.

A bronquiolite acomete crianças menores de 2 anos e é ocasionada, principalmente, pelo vírus sincicial respiratório. A gravidade do quadro costuma estar ligada a alguns fatores, como: criança prematura, bebê com menos de 6 meses, portadores de doenças do coração ou pulmonares.   

O vírus sincicial respiratório (VSR) costuma circular no período de outono/inverno. Na região sudeste do brasil, especificamente, entre os meses de março e julho. Em crianças grandes e adultos se comporta como um resfriado comum.

O VSR é transmitido através do contato com gotículas de saliva de pessoas contaminadas, superfície ou objetos contaminados. Pode durar quase 1h nas mãos e até 24h em objetos.

Os primeiros sintomas da bronquiolite são coriza e febre. Geralmente, em 4 a 6 dias a criança evolui com surgimento de tosse e “chiado no peito”. Os ditos sinais de “alerta”/ “perigo” na doença são criança prostrada, que recusa alimentação, aumento da frequência respiratória (respiração mais rápida), gemência, sinais de desidratação e diminuição da urina.

Não existe vacina contra o vírus sincicial respiratório, porém existe o palivizumabe que é uma imunoglobulina (“anticorpo pronto”) que previne as formas graves da infecção causada pelo VSR.

O palivizumabe é indicado para bebês prematuros com menos de 29 semanas de idade gestacional durante o primeiro ano de vida; para aqueles nascidos entre 29 e 32 semanas, até o sexto mês; e para portadores de doenças do coração ou pulmões nos 2 primeiros anos de vida.

Se notar qualquer alteração no seu filho (a), procure imediatamente um atendimento médico.

LUMI AMARAL GOMES – RESPONSÁVEL TÉCNICA – CRMRJ:102589-9

FONTE:

http://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/141204210312bcped_v3_n2_a3.pdf

http://www.scielo.br/pdf/ramb/v53n2/27.pdf

http://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Diretrizes_manejo_infeccao_causada_VSR2017.pdf

https://familia.sbim.org.br/vacinas/vacinas-disponiveis/106-palivizumabe