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Ansiedade

julho 7th, 2023 by

A ansiedade é uma condição mental comum que afeta muitas pessoas em todo o mundo. Neste artigo, vamos explorar o que é a ansiedade, seus sintomas psicológicos e físicos, opções de tratamento e a importância do apoio de médicos especialistas na área de saúde mental.

O Que é Ansiedade:

A ansiedade é uma resposta natural do corpo ao estresse, mas quando se torna excessiva, pode causar preocupação intensa e interferir na qualidade de vida. É importante entender que a ansiedade é mais do que apenas sentir-se nervoso ou preocupado ocasionalmente.

Sintomas Psicológicos da Ansiedade:

Os sintomas psicológicos da ansiedade podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem:

  • Preocupação constante: Sentir-se excessivamente preocupado com várias situações.
  • Medo irracional: Ter medo intenso e desproporcional de algo específico, como fobias.
  • Inquietação: Sentir-se agitado, incapaz de relaxar ou ficar parado.
  • Dificuldade de concentração: Ter dificuldade em se concentrar ou manter o foco em tarefas.
  • Pensamentos intrusivos: Experimentar pensamentos indesejados, intrusivos ou obsessivos.
  • Irritabilidade: Sentir-se irritado com mais facilidade do que o normal.

Sintomas Físicos da Ansiedade:

  • Palpitações: Sentir o coração batendo rápido ou com força.
  • Respiração acelerada: Respiração rápida e superficial, às vezes acompanhada de falta de ar.
  • Tremores: Tremores nas mãos, pernas ou outras partes do corpo.
  • Tensão muscular: Sensação de rigidez ou tensão muscular constante.
  • Dores de cabeça: Dores de cabeça recorrentes ou tensão na região do pescoço e ombros.
  • Distúrbios do sono: Dificuldade em adormecer, sono agitado ou despertar frequente durante a noite.

Tratamento da Ansiedade:

Existem diversas opções de tratamento para a ansiedade. Uma abordagem eficaz é a terapia cognitivo comportamental, que ajuda a identificar padrões de pensamento negativos e desenvolver estratégias saudáveis de enfrentamento. Em alguns casos, pode ser indicado o uso de medicação para controlar os sintomas e proporcionar alívio.

Estratégias para Controlar a Ansiedade:

Além do tratamento profissional, existem estratégias que você pode adotar para ajudar a controlar a ansiedade no dia a dia.

Prática de respiração profunda

A respiração profunda pode ajudar a acalmar o sistema nervoso e reduzir os sintomas de ansiedade. Reserve alguns minutos todos os dias para se concentrar na sua respiração, inspirando profundamente pelo nariz e expirando lentamente pela boca.

Exercício físico regular

A atividade física regular é uma ótima maneira de reduzir a ansiedade. Encontre uma atividade que você goste, como caminhar, correr, nadar ou praticar ioga. O exercício libera endorfinas, que são substâncias químicas que melhoram o humor e reduzem o estresse.

Técnicas de relaxamento

Experimente diferentes técnicas de relaxamento, como meditação, ioga, tai chi ou massagem. Essas práticas podem ajudar a acalmar a mente e relaxar o corpo, diminuindo os sintomas de ansiedade.

Estabelecimento de uma rotina saudável

Ter uma rotina diária estruturada pode ajudar a reduzir a ansiedade. Estabeleça horários regulares para dormir, acordar, fazer refeições e realizar atividades. Isso ajuda a criar um senso de estabilidade e previsibilidade, reduzindo o estresse.

Alimentação Saudável e Ansiedade:

Uma alimentação saudável pode desempenhar um papel importante no controle da ansiedade. Evitar alimentos processados, ricos em açúcar e gorduras trans é recomendado. Opte por uma dieta rica em frutas, legumes, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis, como as encontradas em peixes, nozes e sementes. A cafeína pode aumentar a ansiedade em algumas pessoas, portanto, é aconselhável limitar o consumo de café e outras bebidas cafeinadas. Caso sinta que a cafeína afeta sua ansiedade, considere optar por alternativas sem cafeína, como chás de ervas.

Para um tratamento adequado da ansiedade, é essencial buscar o apoio de médicos especialistas em saúde mental, como psicólogos e psiquiatras. Eles são profissionais qualificados para fornecer terapia, aconselhamento psicológico e, se necessário, prescrever medicação. O acompanhamento médico adequado é fundamental para compreender a causa subjacente da ansiedade e desenvolver um plano de tratamento individualizado.

A ansiedade pode ser desafiadora, mas com o tratamento adequado e o apoio de médicos especialistas, é possível encontrar alívio e melhorar a qualidade de vida. No Centro Médico H3Med, temos uma equipe de profissionais especializados em saúde mental prontos para fornecer o suporte necessário no tratamento da ansiedade. Não hesite em agendar uma consulta e dar o primeiro passo rumo ao bem-estar mental. A sua saúde mental é importante e estamos aqui para ajudar.

Transtornos Mentais Comuns

junho 20th, 2023 by

Os transtornos mentais são condições que afetam milhões de pessoas em todo o mundo, impactando significativamente a saúde mental. É essencial procurar profissionais especializados, como psiquiatras e psicólogos, para um diagnóstico adequado e um plano de tratamento eficaz para a saúde mental.

Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG):

Sintomas: O TAG é caracterizado por preocupação excessiva e persistente em diversas áreas da vida, mesmo sem motivo específico. Os sintomas incluem inquietação, fadiga, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular e perturbação do sono.

Tratamento: O tratamento do TAG pode envolver psicoterapia, como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), que ajuda a identificar e modificar padrões de pensamento negativos. Os psiquiatras também podem prescrever medicamentos, como ansiolíticos, em casos mais graves.

Transtorno Depressivo Maior (Depressão):

Sintomas: A depressão se caracteriza por sentimentos persistentes de tristeza, falta de interesse em atividades antes apreciadas, alterações no apetite e no sono, fadiga, dificuldade de concentração e pensamentos recorrentes de morte ou suicídio.

Tratamento: O tratamento da depressão pode incluir psicoterapia, como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e a Terapia Interpessoal (TI), para identificar e modificar padrões de pensamento negativos. Psiquiatras podem prescrever antidepressivos, dependendo da gravidade dos sintomas.

Transtorno do Pânico:

Sintomas: O transtorno do pânico é caracterizado por ataques súbitos e recorrentes de medo intenso, acompanhados por sintomas físicos como palpitações, falta de ar, tremores, sudorese e sensação de que algo terrível está prestes a acontecer. Esses ataques de pânico podem ocorrer de forma imprevisível.

Tratamento: O tratamento do transtorno do pânico pode envolver psicoterapia, como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), para identificar e modificar padrões de pensamento negativos e enfrentar os medos associados aos ataques de pânico. Psiquiatras podem prescrever medicamentos, como antidepressivos e ansiolíticos.

Transtorno do Espectro Autista (TEA):

Sintomas: O TEA é uma condição do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação e a interação social, apresentando padrões repetitivos de comportamento, interesses restritos e dificuldades de processamento sensorial. Os sintomas podem variar desde quadros mais leves até formas mais graves.

Tratamento: O tratamento do TEA requer uma abordagem multidisciplinar, com a participação de psicólogos, psiquiatras e terapeutas ocupacionais, adaptando-se às necessidades individuais de cada pessoa com TEA.

Esses são apenas alguns dos transtornos mentais mais comuns que afetam a saúde emocional das pessoas. É essencial buscar o apoio de profissionais especializados, como psiquiatras e psicólogos, para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado. No Centro Médico H3Med, contamos com uma equipe de especialistas altamente qualificados em saúde mental, prontos para oferecer suporte, diagnóstico preciso e tratamento adequado para uma ampla gama de transtornos mentais.

Não hesite em entrar em contato conosco para agendar uma consulta e obter o suporte necessário para cuidar da sua saúde mental.

Febre Emocional: o que é, sintomas, causas e tratamento

junho 13th, 2023 by

A febre emocional é uma condição que afeta pessoas sob estresse, ansiedade e transtornos mentais. Ela também pode surgir em decorrência de doenças físicas, como a fibromialgia, e até mesmo em crianças devido a mudanças na rotina. Neste artigo, vamos explorar os principais aspectos relacionados a essa condição, desde seus sintomas até os tratamentos disponíveis.

Principais sintomas

A febre emocional é caracterizada pelo aumento da temperatura corporal, geralmente acima de 37°C, desencadeada pelo estresse. Além disso, os seguintes sintomas podem estar presentes:

  • Sensação de calor intenso
  • Vermelhidão no rosto
  • Suor excessivo
  • Fadiga
  • Dor de cabeça
  • Insônia

É importante ressaltar que esses sintomas podem variar e nem sempre se manifestam simultaneamente. Caso persistam por mais de 48 horas, é recomendado buscar atendimento médico para uma avaliação adequada, a fim de descartar outras possíveis condições, como infecções ou inflamações.

Possíveis causas

A febre emocional ocorre devido à resposta das células cerebrais ao estresse, o que resulta no aumento da temperatura corporal acima de 37°C e na constrição dos vasos sanguíneos, causando vermelhidão no rosto e aumento dos batimentos cardíacos.

Situações estressantes do cotidiano, como falar em público ou eventos traumáticos, como a perda de um ente querido, podem desencadear essas alterações. Além disso, distúrbios psicológicos, incluindo estresse pós-traumático, transtorno de ansiedade generalizada e síndrome do pânico, também podem contribuir para o surgimento da febre emocional.

Pessoas que sofrem de doenças como fibromialgia e síndrome da fadiga crônica (encefalomielite miálgica) também podem experimentar um aumento rápido e desproporcional da temperatura corporal devido ao estresse e ansiedade associados a essas condições.

Tratamento da Febre Emocional

A febre emocional geralmente desaparece espontaneamente e é de curta duração. No entanto, se for causada por estresse prolongado, pode persistir por meses. O tratamento adequado é determinado com base na causa subjacente e pode envolver uma combinação de abordagens. Medicamentos ansiolíticos são frequentemente prescritos para aliviar o estresse e a ansiedade, enquanto antidepressivos podem ser utilizados para tratar a depressão associada. No entanto, é importante destacar que o uso de medicamentos, como ansiolíticos, embora seja comumente prescrito, pode não apresentar os resultados desejados na maioria dos casos. Além disso, a terapia psicológica com um psicólogo pode ajudar a identificar os gatilhos de estresse e ansiedade, permitindo uma melhor compreensão e gerenciamento dessas emoções.

Além do tratamento medicamentoso e terapêutico, atividades que promovem relaxamento e técnicas de respiração, como yoga, meditação e mindfulness, podem ser úteis no controle da febre emocional, pois ajudam a reduzir o estresse e a ansiedade.

A febre emocional é uma condição desencadeada pelo estresse e pode afetar pessoas com ansiedade generalizada, transtornos mentais e doenças físicas. Reconhecer os sintomas e buscar tratamento adequado é essencial para o bem-estar emocional. Consultar um profissional de saúde, como um clínico geral, neurologista ou psiquiatra, é fundamental para obter um diagnóstico preciso e estabelecer o melhor plano de tratamento, que pode incluir medicamentos, terapia psicológica e práticas de relaxamento. Lembre-se de que cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar da saúde física.

Se você está enfrentando sintomas de febre emocional, o Centro Médico H3Med está aqui para ajudar. Nossa equipe especializada oferece cuidados personalizados, desde a avaliação completa da sua condição até a criação de um plano de tratamento adequado. Agende uma consulta hoje mesmo e dê o primeiro passo para uma vida equilibrada e saudável. Conte conosco para fornecer o suporte necessário em sua jornada de recuperação.

Entenda a Síndrome da Cabana, o medo de sair de casa (mesmo de máscara)

junho 25th, 2020 by

A psicóloga e neuropsicóloga Lucia Moyses explica o fenômeno: “Algumas pessoas já estão entrando em desespero com a abertura de shoppings, lojas e flexibilização do isolamento. Não querem, de modo algum, que a quarentena termine. Obviamente, esse medo pode vir da possibilidade de serem contaminados”

O isolamento ainda é a forma mais indicada de se proteger contra o coronavírus. Mas mesmo os que precisam sair – protegidos – podem não conseguir e tendem a se isolar ainda mais. A psicóloga e neuropsicóloga Lucia Moyses explica a Síndrome da Cabana que pode desencadear este medo:

A Síndrome da Cabana
“Este termo, apesar de ter surgido em 1900, não é muito conhecido atualmente. No entanto, você, seu vizinho, sua filha, seu amigo, podem estar passando por esta síndrome neste exato momento sem perceber. Como assim? Imagine que a quarentena terminou e já existe uma vacina para a covid-19. Não há mais motivos para temer as ruas. No entanto, só de pensar em sair de casa você já começa a ficar apavorado, confuso, tenso, angustiado e pode chegar até a sentir seu coração disparar. Mesmo sem ameaças imediatas, não se sente mais seguro fora do seu lar. Sua casa é o único lugar que lhe proporciona segurança e proteção. Esse medo, após longos períodos de isolamento, é justamente o que define a Síndrome da Cabana.”

Surgimento da síndrome
“Este nome foi dado em função dos trabalhadores norte-americanos que se refugiavam em suas cabanas quando o inverno chegava e, depois, tinham receio de voltar à civilização quando o frio terminava. O mesmo já está acontecendo atualmente, devido à quarentena que nos confinou em nossos lares desde março de 2020. Hoje, algumas pessoas já estão entrando em desespero com a abertura de shoppings, lojas e relaxamento do isolamento. Não querem, de modo algum, que a quarentena termine. Obviamente, esse medo pode vir da possibilidade de serem contaminados. Porém, a Síndrome da Cabana, ainda que não aja como fator principal, desempenha um papel importante na resistência em voltar à vida normal. Não é uma doença, é um fenômeno natural, diante das circunstâncias. Apesar do nome, também não é um transtorno mental, embora possa precisar dos cuidados de um profissional da mesma forma. Quem sofre desse fenômeno pode sentir muita angústia, ansiedade, perder a concentração, perder a memória, passar a comer muito e a dormir muito, embora possa acontecer de o indivíduo perder o apetite e o sono. Alguns sintomas físicos também podem se manifestar, como taquicardia, sudorese e tonturas. Os sintomas da síndrome podem lembrar os da Síndrome do Pânico. A diferença é que esta leva o indivíduo ao isolamento, enquanto na Síndrome da Cabana acontece o contrário. O isolamento leva o indivíduo ao pânico. ”

Entendendo o medo
“É uma sensação provocada pelo cérebro que auxilia o indivíduo em sua sobrevivência e adaptação. Se não sentíssemos medo de nada, não teríamos como nos defender e provavelmente morreríamos rapidamente. Este mecanismo de sobrevivência ocorre a partir do Sistema Nervoso Central. Por exemplo, quando avistamos uma serpente, esta informação é levada ao SNC e passa pelo hipocampo (sede das memórias) que vai conferir se aquela informação já existe. Em seguida, o hipotálamo vai interpretar o que recebeu e relacioná-lo ao perigo. Ao receber essa interpretação, a amígdala (responsável pelas emoções) alerta o organismo na forma de medo. Imaginem uma criança que nunca viu uma cobra nem ouviu nada sobre ela. Ao se deparar com a serpente, não sentirá medo e provavelmente será picada. Assim, sentir medo é não só normal, como necessário. No entanto, há muito medo. O medo pode ser real, como o de um assalto; o medo pode ser imaginário, ou seja, não há nada acontecendo de fato, mas sentimos medo de algo que não conseguimos definir. O medo pode ser futuro, como o medo da morte; e o medo pode ser desproporcional ao objeto que o causou. Quando o medo não é específico e dura longos períodos, ele passa a ser chamado de ansiedade que, quando não tratada e persistente, pode levar ao pavor. A Síndrome do Pânico, por exemplo, e as fobias, quando atrapalham nossa vida, causam muito sofrimento e precisam de ajuda profissional.”

Como lidar com a Síndrome da Cabana
“1. Respeite o seu tempo. Não se obrigue, não se cobre, não se culpe. Cada um tem um ritmo e o sentimento é totalmente válido. O importante é não desistir. 2. Estabeleça uma rotina. Porque na rotina você se sente no controle e, se você está no controle, pode controlar os seus pensamentos e seu medo. 3. Comece aos poucos, devagar, e recompense cada passo, cada progresso. Por exemplo, no primeiro dia, simplesmente abra a porta de sua casa e fique ali, olhando para fora. Avalie como está se sentindo. Se puder, dê alguns passos. Senão, feche a porta e se recompense pela sua coragem. No dia seguinte, tente dar alguns passos para fora. Continue enquanto se sentir confortável. Senão volte. Continue insistindo todos os dias até conseguir ir até a esquina e voltar. Não tem problema retroceder. Não tem problema dar um tempo. Apenas tente. Acredite que você pode. Mas não force. Aumente as recompensas conforme for progredindo. 4. Lembre-se de todas as coisas boas que você tinha e fazia ao sair de casa. Lembre-se de seus familiares, do churrasco na casa dos amigos, do cinema, dos restaurantes, dos parques, da cervejinha gelada no bar, do sol acariciando sua pele, do vento bagunçando seus cabelos, das viagens divertidas. Enfim, comece a condicionar seu cérebro para que ele diminua progressivamente a resposta do medo. 5. Nada disso está adiantando? Procure ajuda de um profissional. Você não precisa sofrer sozinho nem mais do que o necessário. A Síndrome da Cabana, quando longa e não monitorada, pode desencadear um quadro depressivo grave.”

Síndrome do pânico

junho 5th, 2020 by

A síndrome ou transtorno do pânico (ansiedade paroxística episódica) é uma doença que se caracteriza pela ocorrência repentina, inesperada e de certa forma inexplicável de crises de ansiedade aguda marcadas por muito medo e desespero, associadas a sintomas físicos e emocionais aterrorizantes, que atingem sua intensidade máxima em até 10 minutos. Durante o ataque de pânico, em geral de curta duração, a pessoa experimenta a nítida sensação de que vai morrer, ou de que perdeu o controle sobre si mesma e vai enlouquecer.

A primeira crise pode ocorrer em qualquer idade, mas costuma manifestar-se na adolescência ou no início da idade adulta, sem motivo aparente. O episódio pode repetir-se, de forma aleatória, várias vezes no mesmo dia ou demorar semanas, meses ou até anos para surgir novamente. Pode também ocorrer durante o sono.

Não fazer a menor ideia de quando, ou se, a crise vai acontecer, gera um estado de tensão e ansiedade antecipatórias propício ao desenvolvimento de outras fobias. A mais comum é a agorafobia, distúrbio da ansiedade marcado pelo temor de encontrar-se em espaços abertos com muita gente ou em lugares fechados, dos quais o portador da síndrome não possa sair se tiver um ataque de pânico.

O transtorno do pânico atinge mais as mulheres do que os homens. Atribui-se essa frequência maior no sexo feminino à sensibilização das estruturas cerebrais pela flutuação hormonal, visto que a incidência de pânico aumenta no período fértil da vida.

Sintomas da síndrome do pânico

O ataque de pânico começa de repente e apresenta pelo menos quatro dos seguintes sintomas:

  • Medo de morrer;
  • Medo de perder o controle e enlouquecer;
  • Despersonalização (impressão de desligamento do mundo exterior, como se a pessoa estivesse vivendo um sonho) e desrealização (distorção na visão de mundo e de si mesmo que impede diferenciar a realidade da fantasia);
  • Dor e/ou desconforto no peito que podem ser confundidos com os sinais do infarto;
  • Palpitações e taquicardia;
  • Sensação de falta de ar e de sufocamento;
  • Sudorese;
  • Náusea;
  • Desconforto abdominal;
  • Tontura ou vertigem;
  • Ondas de calor e calafrios;
  • Adormecimento e formigamentos;
  • Tremores, abalos e estremecimentos.

Com frequência, portadores da síndrome do pânico apresentam quadros de depressão. Em alguns casos, alguns buscam no alcoolismo uma saída para aliviar as crises de ansiedade.

Causas da síndrome do pânico

Ainda não foram perfeitamente esclarecidas as causas do transtorno do pânico, mas acredita-se que fatores genéticos e ambientais, estresse acentuado, uso abusivo de certos medicamentos (anfetaminas, por exemplo), drogas e álcool possam estar envolvidos.

Diagnóstico de síndrome do pânico

O diagnóstico do transtorno do pânico obedece a critérios definidos no DSM V, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Uma crise isolada ou uma reação de medo intenso diante de ameaças reais não constituem eventos suficientes para o diagnóstico da doença. As crises precisam ser recorrentes e provocar modificações no comportamento que interferem negativamente no estilo de vida dos pacientes.

É muito importante estabelecer o diagnóstico diferencial com outras doenças que apresentam sintomas semelhantes, tais como ataques cardíacos, hipertireoidismo, hipoglicemia e epilepsia, por exemplo.

Tratamento da síndrome do pânico

O tratamento do transtorno do pânico inclui a prescrição de medicamentos antidepressivos (tricíclicos ou de nova geração) e psicoterapia, especialmente a terapia cognitivo-comportamental, que utiliza a exposição a situações que provocam pânico de forma sistemática, gradual, controlada e progressiva, até que ocorra a dessensibilização diante do agente agressor.

Geralmente, a medicação precisa ser mantida por períodos mais longos e descontinuada progressivamente por causa do risco de recaídas.

Recomendações sobre síndrome do pânico

  • Sintomas físicos da doença podem ser confundidos com sinais característicos de infarto, caso se descarte uma ocorrência cardíaca, o transtorno pode ser uma suspeita;
  • Pratique exercícios físicos. Algumas das sensações que eles provocam são semelhantes às da síndrome do pânico — batimentos cardíacos acelerados e sudorese –, mas em um contexto agradável, que ajuda a tirar a identificação negativa;
  • Não se automedique nem recorra ao consumo do álcool ou de outras drogas para aliviar os sintomas. Em vez de resolver um problema, você estará criando outros;
  • Procure assistência médica. O transtorno do pânico é uma doença como tantas outras. Quanto antes for diagnosticada, melhor será a resposta ao tratamento.

Perguntas frequentes sobre síndrome do pânico

Como ajudar alguém que está tendo um ataque de pânico?

  • Para ajudar uma pessoa que está passando por uma crise de pânico, controlar a respiração é uma das armas principais. Oriente-a se concentrar na respiração e a respirar mais lentamente;
  • Pergunte se ela toma algum medicamento para crises agudas de pânico (em caso positivo, você pode ajudá-la a tomar nessa hora);
  • Se possível, leve-a para um ambiente mais calmo e tranquilo;
  • Mude o foco dela para o momento presente (uma dica é focar em objetos que ela pode ver e tocar);
  • Converse de maneira acolhedora e jamais minimize o sofrimento dela. Não diga coisas como “isso só está na sua cabeça”, e sim frases como “eu sei que você está aflito, mas vai passar, eu estou aqui com você e vou te ajudar”. Especialmente se for o primeiro ataque de pânico, é importante buscar atendimento médico.

É possível prevenir um ataque de pânico?

Sim, existem medicamentos que podem ser utilizados antes de situações que normalmente geram desespero no paciente com síndrome do pânico. Por exemplo, se você sente pânico sempre que precisar viajar de avião, pode tomar um remédio antes de embarcar para evitar a crise. Mas é importante seguir sempre a recomendação médica.

Como diferenciar um ataque de pânico de um ataque cardíaco?

Tanto o ataque de pânico quanto o ataque cardíaco podem provocar dor no peito, taquicardia, faltar de ar, náuseas e sudorese, entre outros sintomas. Mas apesar das características semelhantes, existem diferenças. No ataque cardíaco, a pessoa geralmente sente uma dor opressiva na região do tórax que pode irradiar para mandíbula, ombros ou braços (mais frequentemente, do lado esquerdo), além de ardor no peito que pode ser confundido com azia.

Já no ataque de pânico, as dores podem se espalhar pelo tórax e pescoço, mas não provocam a sensação de pressão. Além disso, o paciente sente um desespero muito grande, tem medo de morrer e a visão da realidade distorcida, não conseguindo diferenciar o que é ou não real. Também pode haver sinais como sensação se sufocamento, tontura ou vertigem e ondas de calor e calafrios, menos frequentes em caso de infarto.

Quanto tempo dura o tratamento da síndrome do pânico?

Geralmente, o tratamento dura entre 6 meses e 1 ano. Os benefícios demoram algumas semanas para aparecer, mas sentir melhora não deve ser justificativa para interromper o tratamento, pois o risco de recidiva é grande. As crises podem voltar mesmo depois de muitos anos. Parar o tratamento só é indicado mediante indicação dos especialistas que acompanham o caso.

Fonte: Dr. Drauzio Varella

TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade)

junho 5th, 2020 by

TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) é um distúrbio neurobiológico crônico que se caracteriza por desatenção, desassossego e impulsividade. Esses sinais devem obrigatoriamente manifestar-se na infância, mas podem perdurar por toda a vida, se não forem devidamente reconhecidos e tratados.

O distúrbio afeta de 3% a 5% das crianças em idade escolar e sua prevalência é maior entre os meninos. A dificuldade para manter o foco nas atividades propostas e a agitação motora que caracterizam a síndrome podem prejudicar o aproveitamento escolar e ser responsável por rótulos depreciativos que não correspondem ao potencial psicopedagógico dessas crianças.

TDAH não é uma doença nova. Já foi descrita em meados do século 19 e sua frequência é igual em todo o mundo. De acordo com o DSM.IV, o manual de classificação das doenças mentais, a síndrome pode ser classificada em três tipos:

  • TDAH com predomínio de sintomas de desatenção;
  • TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade;
  • TDAH combinado.

Em todas as faixas etárias, portadores do transtorno estão sujeitos a desenvolver comorbidades, isto é, a desenvolver simultaneamente distúrbios psiquiátricos, como ansiedade e depressão. Na adolescência, o risco maior está no uso abusivo do álcool e de outras drogas.

Causas

Estudos apontam a predisposição genética e a ocorrência de alterações nos neurotransmissores (dopamina e noradrenalina) que estabelecem as conexões entre os neurônios na região frontal do cérebro como as principais causas do transtorno do déficit de atenção. Algumas pesquisas indicam que fatores ambientais e neurológicos podem estar envolvidos, mas ainda não há consenso sobre o assunto.

Sintomas

Desatenção, hiperatividade e comportamento impulsivo são sintomas do TDAH com reflexos negativos no convívio social e familiar, assim como no desempenho escolar ou profissional dos portadores do transtorno. Esses sintomas podem manifestar-se em diferentes graus de comprometimento e intensidade.

Quando predomina a desatenção, os pacientes apresentam dificuldade maior de concentração, de organizar atividades, de seguir instruções, e podem saltar de uma tarefa inacabada para outra, sem nunca terminar aquilo que começaram. São pessoas que se distraem com facilidade e frequentemente esquecem o que tinham para fazer ou onde colocaram seus pertences. Não conseguem também prestar atenção em detalhes, demoram para iniciar as tarefas e cometem erros por absoluto descuido e distração, o que pode prejudicar o processo de aprendizagem e a atuação profissional.

Nos casos em que prevalece a hiperatividade, os portadores do distúrbio são inquietos, agitados e falam muito. Dificilmente conseguem participar de atividades sedentárias e manter silêncio durante as brincadeiras ou realização dos trabalhos. Se é a impulsividade que se destaca os sinais mais marcantes são a impaciência, o agir sem pensar, a dificuldade para ouvir as perguntas até o fim, a precipitação para falar e a intromissão nos assuntos, conversas e atividades alheias.

Na adolescência e na vida adulta, os sintomas de hiperatividade costumam ser menos evidentes, mas as outras dificuldades permanecem inalteradas e os prejuízos se acumulam no dia a dia com reflexos negativos sobre a autoestima.

Diagnóstico

Para efeito de diagnóstico, que é sempre clínico, os sintomas devem manifestar-se na infância, antes dos sete anos, pelo menos em dois ambientes diferentes (casa, escola, lazer, trabalhos), durante seis meses, no mínimo. Devem também ser responsáveis por desajustes e alterações comportamentais que dificultam o relacionamento e a performance dos portadores nas mais diversas situações.

Via de regra, o problema fica claro nos primeiros anos de escola, apesar de estar presente desde o nascimento, e o diagnóstico deve ser feito por especialistas com base nos critérios estabelecidos pelo DSM.IV. Avaliações precipitadas podem dar origem a falsos positivos que demandam a indicação desnecessária de medicamentos.

Tratamento

O tratamento varia de acordo a existência, ou não, de comorbidades ou de outras doenças associadas. Basicamente, consiste em psicoterapia e na prescrição de metilfenidato (ritalina), um medicamento psicoestimulante, e de antidepressivos. Crianças podem exigir os cuidados de equipe multidisciplinar, em função dos desajustes pedagógicos e comportamentais associados ao TDAH.

Em geral, os efeitos benéficos da medicação aparecem em poucas semanas e as reações adversas – insônia, falta de apetite, dores abdominais e cefaleia – são leves e ocorrem no início do tratamento, enquanto o organismo não desenvolveu tolerância a essas drogas.

Recomendações

É importante admitir que:

  • As falhas de atenção e a hiperatividade de algumas crianças podem não ser características do temperamento e personalidade, nem de má educação, mas sintomas de uma doença que pode ser controlada;
  • Não é má vontade, mas os portadores do transtorno realmente têm enorme dificuldade para organizar as atividades do dia a dia, manter horários e planejar o futuro;
  • A necessidade de desenvolver algumas técnicas para compensar as dificuldades próprias da TDAH (uso de agenda, lugar fixo para guardar os objetos, lembretes colocados em posições estratégicas e em quadros de avisos, lista de tarefas e dos compromissos diários e semanais) exige muito esforço e disciplina;
  • Pais e professores devem manter-se informados sobre as características da doença e intervenções que podem ajudar os pacientes a superar suas limitações;
  • A psicoterapia pode representar um caminho eficaz para a recuperação da autoestima, quase sempre comprometida pelos sentimentos de fracasso e frustração provenientes das dificuldades de lidar com situações rotineiras.

Fonte: Dr. Drauzio Varella

Transtorno do estresse pós-traumático

junho 5th, 2020 by

O transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) é um distúrbio da ansiedade caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas físicos, psíquicos e emocionais em decorrência de o portador ter sido vítima ou testemunha de atos violentos ou de situações traumáticas que, em geral, representaram ameaça à sua vida ou à vida de terceiros. Quando se recorda do fato, ele revive o episódio, como se estivesse ocorrendo naquele momento e com a mesma sensação de dor e sofrimento que o agente estressor provocou. Essa recordação, conhecida como revivescência, desencadeia alterações neurofisiológicas e mentais.

Aproximadamente entre 15% e 20% das pessoas que, de alguma forma, estiveram envolvidas em casos de violência urbana, agressão física, abuso sexual, terrorismo, tortura, assalto, sequestro, acidentes, guerra, catástrofes naturais ou provocadas, desenvolvem esse tipo de transtorno. No entanto, a maioria só procura ajuda dois anos depois das primeiras crises.

Recente pesquisa desenvolvida pela UNIFESP (Universidade Federal do Estado de São Paulo) e por outras universidades brasileiras, em parceria com pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz, levantou a hipótese de a causa do transtorno estar no desequilíbrio dos níveis de cortisol ou na redução de 8% a 10% do córtex pré-frontal e do hipocampo, áreas localizadas no cérebro.

Sintomas

Os sintomas podem manifestar-se em qualquer faixa de idade e levar meses ou anos para aparecer. Eles costumam ser agrupados em três categorias:

  • Reexperiência traumática: pensamentos recorrentes e intrusivos que remetem à lembrança do trauma, flashbacks, pesadelos;
  • Esquiva e isolamento social:  a pessoa foge de situações, contatos e atividades que possam reavivar as lembranças dolorosas do trauma;
  • Hiperexcitabilidade psíquica e  psicomotora: taquicardia, sudorese, tonturas, dor de cabeça, distúrbios do sono, dificuldade de concentração, irritabilidade, hipervigilância.

É comum o paciente desenvolver comorbidades associadas ao TEPT.

Diagnóstico

O DSM-IV (Manual de Diagnóstico dos Distúrbios Mentais) e o CID-10 (Classificação Internacional das Doenças) estabeleceram os critérios para o diagnóstico do transtorno do estresse pós-traumático.

O primeiro requisito é identificar o evento traumático (agente estressor), que tenha representado ameaça à vida do portador do distúrbio ou de uma pessoa querida e perante o qual se sentiu impotente para esboçar qualquer reação. Os outros levam em conta os sintomas característicos do TEPT.

Tratamento

São opções de tratamento a terapia cognitivocomportamental e a indicação de medicamentos ansiolíticos, quando necessários.

Recomendações

  • Preste atenção: o número de diagnósticos de transtorno do estresse pós-traumático tem aumentado nas últimas décadas. Procure assistência médica, se apresentar sintomas que possam ser atribuídos a esse distúrbio da ansiedade;
  • Lembre-se de que a ocorrência de um agente estressor não significa que a pessoa vai desenvolver TEPT: algumas são mais vulneráveis e predispostas;
  • Não subestime os sintomas do transtorno em crianças e idosos depois de terem vivenciado situações traumáticas.

Fonte: Dr. Drauzio Varella

Síndrome de burnout (esgotamento profissional)

junho 4th, 2020 by

A síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico descrito em 1974 por Freudenberger, um médico americano. O transtorno está registrado no grupo 24 do CID-11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) como um dos fatores que influenciam a saúde ou o contato com serviços de saúde, entre os problemas relacionados ao emprego e desemprego.

Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônicos provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. A síndrome se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso.

Profissionais das áreas de educação, saúde, assistência social, recursos humanos, agentes penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada correm risco maior de desenvolver o transtorno.

Sintomas do burnout

O sintoma típico da síndrome de burnout é a sensação de esgotamento físico e emocional que se reflete em atitudes negativas, como:

  • Ausências no trabalho;
  • Agressividade;
  • Isolamento;
  • Mudanças bruscas de humor;
  • Irritabilidade;
  • Dificuldade de concentração;
  • Lapsos de memória;
  • Ansiedade;
  • Depressão;
  • Pessimismo;
  • Baixa autoestima.

Dor de cabeça, enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, insônia, crises de asma, distúrbios gastrintestinais são manifestações físicas que podem estar associadas à síndrome.

Diagnóstico de burnout

O diagnóstico é basicamente clínico e leva em conta o levantamento da história do paciente e seu envolvimento e realização pessoal no trabalho.

Respostas psicométricas a questionário baseado na Escala Likert também ajudam a estabelecer o diagnóstico.

Tratamento do burnout

O tratamento da síndrome de burnout inclui o uso de antidepressivos e psicoterapia. Atividade física regular e exercícios de relaxamento também são altamente recomendados para ajudar a controlar os sintomas.

Recomendações para pacientes com burnout

  • Não use a falta de tempo como desculpa para não praticar exercícios físicos e não desfrutar momentos de descontração e lazer. Mudanças no estilo de vida podem ser a melhor forma de prevenir ou mesmo tratar a síndrome de burnout;
  • Conscientize-se de que o consumo de álcool e de outras drogas para afastar as crises de ansiedade e depressão não é um bom remédio para resolver o problema;
  • Avalie quanto as condições de trabalho estão interferindo em sua qualidade de vida e prejudicando sua saúde física e mental;
  • Avalie também a possibilidade de propor uma nova dinâmica para as atividades diárias e objetivos profissionais;
  • Ouça a opinião de seus familiares, amigos e colegas: Quem tem burnout, muitas vezes não percebe;
  • Não hesite em procurar ajuda profissional. A saúde mental é tão importante quanto a física.

Perguntas frequentes

Tenho receio de relatar meu estado ao RH e sofrer alguma punição. O que fazer?

A principal recomendação é procurar primeiramente atendimento médico ou psicoterápico. Ao relatar esse temor, o profissional poderá conduzir o caso de forma que você não seja prejudicado.

Portadores de burnout têm direito a licença médica?

Sim. Pela legislação atual, portadores de burnout têm esse direito e, em casos considerados graves, até à aposentadoria por invalidez.

Qual profissional devo procurar?

Um psicoterapeuta ou psiquiatra. Ele pode receitar terapia cognitiva comportamental ou outro tipo de atendimento psicológico. Eventualmente, medicamentos entram em cena, com o uso de antidepressivos.

Existe tratamento no SUS?

O tratamento para problemas relacionados a transtornos mentais é oferecido de forma integral e gratuita por meio SUS. Basta procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS), responsável pelo primeiro atendimento ao paciente, e o caso será encaminhado aos centros especializados para cada tipo de atendimento.

Quando desconfiar que uma pessoa está passando por problemas de esgotamento profissional?

Geralmente conseguimos notar quando uma pessoa está estressada além da conta no trabalho. Repare se há exagero no uso de estimulantes, como café, refrigerante e cigarro para permanecer alerta. O uso de álcool como forma de relaxamento também pode aumentar, e quem convive com o paciente muitas vezes é capaz de perceber a mudança no consumo.

Ansiedade Infantil

julho 15th, 2019 by

Assim como o medo, a ansiedade –que pode surgir em qualquer idade e momento – está ligada à sobrevivência do ser humano. Frente a uma situação de estresse, o sistema límbico, região cerebral que comanda todas as nossas emoções e comportamentos sociais, envia um sinal para o sistema nervoso central. Assim, o corpo inteiro fica em estado de alerta: os batimentos cardíacos aceleram, os músculos tensionam, as mãos transpiram. É o organismo respondendo à iminência de um perigo, seja ele real ou hipotético.

Esse quadro surge a partir de uma falta de recurso para enfrentar as adversidades, o que causa muito sofrimento. E como as crianças ainda estão construindo seu repertório para lidar com situações de estresse e provações, elas podem ser especialmente vulneráveis a seus efeitos. É por esse motivo que até a espera por algo bom, como Natal ou aniversário, pode se transformar em uma verdadeira tortura e deixar seu filho desestabilizado e inquieto.

Quando passa do limite

Em geral, o indicado como tratamento é a terapia cognitivo-comportamental, que ensina a lidar com os sentimentos de forma mais equilibrada. A ideia é lentamente expor a criança a situações que a desestabilizam e, conforme ela adquire segurança para lidar com o que sente, passa a novos desafios.

É verdade que, em uma dose saudável, a ansiedade pode ajudar a se preparar melhor para uma situação crítica. Ficar ansioso por causa de uma prova é um bom motivo para estudar mais. Mas nem sempre é assim. Às vezes, a sensação é tão intensa e causa tanto mal-estar que a pessoa fica paralisada e não consegue agir. A partir desse ponto, ela pode se tornar um problema.

Não existe exame clínico capaz de detectar um nível de ansiedade considerado acima do normal. Ela pode se tornar patológica dependendo da dose. Quem sofre com fobias, por exemplo, tem a sensação de que está correndo um grande perigo. É a criança que não entra no elevador de forma alguma por ter medo de que vai cair, por exemplo. Por isso, cabe aos pais ficarem atentos: se os sintomas passam a atrapalhar a qualidade de vida da criança, se são persistentes (prolongando-se por dois ou três meses) e se alteram o comportamento dela, procure um especialista. Outro alerta é quando ela passa a ter dificuldades no ambiente a que está acostumada: apresenta problemas em lidar com outras crianças na escola ou piora do relacionamento em casa.  Atualmente, a prevalência de ansiedade patológica nas crianças que sofrem do transtorno é em torno de 28%. É comum que crianças ansiosas apresentem outras doenças associadas, como depressão e Transtorno de Déficit de Atenção (TDAH), que é o caso mais comum. Cerca de 30% das crianças que sofrem com esse transtorno também manifestam ansiedade. Por isso, vale investigar.

Uma das grandes preocupações em relação ao diagnóstico de ansiedade é a medicalização do problema. Um estudo realizado entre 2005 e 2012, publicado no periódico Neuropsychopharmacology, mostrou que a prescrição de antidepressivos para crianças e jovens aumentou 54% no Reino Unido. Até a própria Organização Mundial da Saúde já manifestou preocupação com o consumo de medicamentos sem necessidade para menores de 18 anos. É verdade que, em alguns casos, quando há outras doenças associadas, como depressão e TDAH, ou quando o próprio distúrbio já é considerado severo, é difícil que a criança esteja em condições de seguir o tratamento terapêutico. Se ela estiver muito deprimida, apática, não vai conseguir ser capaz de se expor a situações que a afligem, nem trabalhá-las. Nesses casos, pode ser necessário que sejam prescritos medicamentos. Os mais comuns são os inibidores seletivos da recaptação da serotonina, um neurotransmissor responsável pelo “estado de vigília” do cérebro. O principal problema, no entanto, é que as crianças apenas controlem os sintomas com os medicamentos, sem aprenderem as estratégias necessárias para lidar com as situações que levam à ansiedade. Por isso, a terapia, com ou sem medicação, é indispensável ao tratamento.

O QUE PIORA…

Vida moderna — As crianças acumulam mil atividades além da escola. Não sobra tempo para o ócio, para o livre brincar nem para  a convivência familiar.

Confinamento — Saír pouco para a vida pública, praias e parques. A falta de convívio com a natureza, que funciona como calmante, também altera as emoções e aumenta o estresse.

Conteudismo — A escola que não leva em conta os talentos individuais das crianças, que se sacrificam para alcançar um padrão que nem sempre tem a ver com o seu perfil. Há pouca adaptabilidade e capacidade de acolhimento dos alunos.

O QUE AJUDA…
Fazer exercícios —
 Eles aumentam os neurotransmissores, principalmente a endorfina, que traz sensação de bem-estar. Jogos com bola e lutas são ótimas opções.

Ter um cachorro — Um estudo da Universidade de Oklahoma (EUA) feito com 643 crianças descobriu que ter um cão de estimação diminui a probabilidade de desenvolver altos níveis de ansiedade. Estudos anteriores já haviam mostrado que, quem tem cachorro, apresenta menos cortisol, o hormônio do estresse.

Meditar — Pesquisas mostram que a ioga é capaz não só de baixar os níveis de ansiedade de adultos e crianças, mas também de melhorar os sintomas do TDAH, como impulsividade, falta de atenção e hiperatividade.

Dra. Cristiane Ponciano – Neuropsiquiatra
CRMRJ: 52.0104080-4

Você é Ansioso?

janeiro 23rd, 2019 by

Afinal, você é ansioso(a)?

Pessoas que sofrem de distúrbios de ansiedade sentem preocupação e medo extremos em situações simples do dia a dia, além de alguns sintomas físicos, o que atrapalha suas atividades cotidianas, já que eles são difíceis de controlar, mas que podem ser tratados.

A ansiedade é algo muito próximo da preocupação. E preocupação nada mais é do que um aspecto do medo, um temor de que as coisas não saiam como nós gostaríamos. O que não pode ocorrer é um excesso desses temores.

Principais sintomas de uma pessoa ansiosa:

Sintomas Psicológicos

  • Constante tensão ou nervosismo;
  • Sensação que algo de errado irá acontecer;
  • Problemas de concentração;
  • Medo constante;
  • Dificuldade para dormir;
  • Irritabilidade;
  • Braços e pernas inquietos.

Sintomas Físicos

  • Dor no peito e batimentos cardíacos acelerados;
  • Respiração ofegante e falta de ar;
  • Aumento do suor;
  • Tremores;
  • Fraqueza ou cansaço;
  • Boca Seca;
  • Tensão Muscular;
  • Dor de barriga ou Diarreia.

Ataques de Pânico

Reação comum aos transtornos de ansiedade.

  • Sensação de nervosismo e pânico incontroláveis;
  • Sensação de morte;
  • Respiração ofegante;
  • Aumento da frequência cardíaca;
  • Tonturas e vertigens.

Temos Psicólogos e Psiquiatras prontos para te ajudar no combate à Ansiedade.