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Incontinência urinária

junho 5th, 2020 by

Incontinência urinária é a perda involuntária da urina pela uretra. Distúrbio mais frequente no sexo feminino, pode manifestar-se tanto na quinta ou sexta década de vida quanto em mulheres mais jovens.

Atribui-se essa prevalência ao fato de a mulher apresentar, além da uretra, duas falhas naturais no assoalho pélvico: o hiato vaginal e o hiato retal. Isso faz com que as estruturas musculares que dão sustentação aos órgãos pélvicos e produzem a contração da uretra para evitar a perda urinária e o músculo que forma um pequeno anel em volta uretra sejam mais frágeis nas mulheres.

Causas

A eliminação da urina é controlada pelo sistema nervoso autônomo, mas pode ser comprometida nas seguintes situações:

  • Comprometimento da musculatura dos esfíncteres ou do assoalho pélvico;
  • Gravidez e parto;
  • Tumores malignos e benignos;
  • Doenças que comprimem a bexiga;
  • Obesidade;
  • Tosse crônica dos fumantes;
  • Quadros pulmonares obstrutivos que geram pressão abdominal;
  • Bexigas hiperativas que contraem independentemente da vontade do portador;
  • Procedimentos cirúrgicos ou irradiação que lesem os nervos do esfíncter masculino.

Tipos e sintomas de incontinência urinária

  • Incontinência urinária de esforço: O sintoma inicial é a perda de urina quando a pessoa tosse, ri, faz exercício, movimenta-se;
  • Incontinência urinaria de urgência. Mais grave do que a de esforço, caracteriza-se pela vontade súbita de urinar que ocorre em meio as atividades diárias e a pessoa perde urina antes de chegar ao banheiro;
  • Incontinência mista: Associa os dois tipos de incontinência acima citados e o sintoma mais importante é a impossibilidade de controlar a perda de urina pela uretra.

Diagnóstico

São dados importantes para o diagnóstico o levantamento da história dos pacientes e a elaboração de um diário miccional onde eles devem registrar as características e frequência da perda urinária.

Outro recurso para firmar o diagnóstico é o exame urodinâmico, que é pouco invasivo e registra a ocorrência de contrações vesicais e a perda urinaria sob esforço.

Tratamento

O tratamento da incontinência urinária por esforço é basicamente cirúrgico, mas exercícios ajudam a reforçar a musculatura do assoalho pélvico. Atualmente, a cirurgia de Sling, em que se coloca um suporte para restabelecer e reforçar os ligamentos que sustentam a uretra e promover seu fechamento durante o esforço, é a técnica mais utilizada e a que produz melhores resultados.

Para a incontinência urinária de urgência, o tratamento é farmacológico e fisioterápico. O farmacológico pressupõe o uso ininterrupto de várias drogas que contêm substâncias anticolinérgicas para evitar a contração vesical. Esses remédios provocam efeitos colaterais, como boca seca, obstipação e rubor facial.

Recomendações

  • Procure um médico para diagnóstico e identificação da causa e do tipo de perda urinária que você apresenta;
  • Não pense que incontinência urinária é um mal inevitável na vida das mulheres depois dos 50, 60 anos. Se o distúrbio for tratado como deve, a qualidade de vida melhorará muito;
  • Considere os fatores que levam à incontinência urinária do idoso – uso de diuréticos, ingestão hídrica, situações de demência e delírio, problemas de locomoção – e tente contorná-los. Às vezes, a perda de urina nessa faixa de idade é mais um problema social do que físico;
  • Evitar a obesidade e o sedentarismo, controlar o ganho de peso durante a gestação, praticar exercícios fisioterápicos para fortalecer o assoalho pélvico, são medidas que podem ser úteis na prevenção da incontinência urinária.

Fonte: Dr. Drauzio Varella

Infecção urinária

junho 5th, 2020 by

Infecção urinária é qualquer infecção por micro-organismos que acometa o trato urinário. Dependendo da estrutura acometida, a infecção tem nomes diferentes: uretrite (uretra), cistite (bexiga) ou pielonefrite (rins). Embora vários micro-organismos possam causar o problema, geralmente a responsável é a bactéria Escherichia coli, presente naturalmente no intestino e importante para a digestão, mas patogênica para o aparelho urinário.

Causas de infecção urinária

Homens, mulheres e crianças estão sujeitos à infecção, mas ela é mais prevalente em mulheres porque suas características anatômicas as tornam mais vulneráveis. A uretra da mulher, além de muito mais curta do que a do homem, está mais próxima do ânus, o que favorece a passagem de micro-organismos para a região.

Pessoas com diabetes descontrolado também têm risco aumentado, devido às alterações causadas pelas altas taxas de açúcar no organismo que caracterizam a doença. Nos homens, depois dos 50 anos, o crescimento da próstata e consequente retenção de urina na bexiga podem causar o problema.

O risco de contrair uma infecção é maior após uma relação sexual, provavelmente porque a uretra sofre microtraumas — normais durante o sexo — e torna-se vulnerável à instalação de bactérias.

É mais comum também na menopausa, quando diminuem as taxas de estrógeno, hormônio que protege o trato urinário.

Sintomas de infecção urinária

  • Necessidade urgente de urinar com frequência;
  • Escassa eliminação de urina em cada micção;
  • Ardor ao urinar;
  • Dores na bexiga, nas costas e no baixo ventre;
  • Febre;
  • Sangue na urina nos casos mais graves.

Diagnóstico de infecção urinária

  • Levantamento da história clínica do paciente e de seus sintomas;
  • Exame de urina tipo I;
  • Urocultura com antibiograma (para identificar o agente infeccioso e orientar o tratamento).

Tratamento de infecção urinária

Às vezes, o próprio organismo dá conta de eliminar as bactérias. Em certos casos, o tratamento requer o uso de antibióticos que serão escolhidos de acordo com o tipo de bactéria encontrada no exame laboratorial de urina.

Infecção urinária de repetição

Especialmente nas mulheres, as recidivas podem ser frequentes e mais graves, mas se o tratamento for seguido à risca, a probabilidade de cura é grande. Lembre-se de tomar os medicamentos respeitando o tempo recomendado pelo médico mesmo que os sintomas tenham desaparecido já nas primeiras doses.

Ainda assim, algumas mulheres podem ter infecção urinária com muita frequência. Se você tiver 3 ou mais episódios em um período de 12 meses, consulte um ginecologista e relate essa recorrência, pois nesses casos pode ser necessário um tratamento mais prolongado.

Recomendações para evitar infecção urinária

  • Beba muita água. O líquido ajuda a expelir as bactérias da uretra e da bexiga;
  • Urine com frequência. Reter a urina na bexiga por longos períodos é uma contraindicação importante.
  • Urinar depois das relações sexuais favorece a eliminação das bactérias que se encontram no trato urinário;
  • Redobre os cuidados com a higiene pessoal. Mantenha limpas a região da vulva e do ânus. Depois de evacuar, passe o papel higiênico de frente para trás;
  • Sempre que possível, lave-se com água e sabão. Ainda assim, não exagere, pois a lavagem em excesso pode prejudicar o equilíbrio da flora genital, importante para a proteção do nosso organismo;
  • Evite roupas íntimas muito justas ou que retenham calor e umidade, porque facilitam a proliferação das bactérias;
  • Suspenda o consumo de tabaco, álcool, temperos fortes e cafeína. Essas substâncias irritam o trato urinário;
  • Troque os absorventes higiênicos com frequência para evitar o proliferação bacteriana.

Perguntas frequentes sobre infecção urinária

Tenho infecção urinária com frequência e o ginecologista me prescreveu antibióticos por 6 meses. Está correto?

Cada caso precisa ser analisado individualmente, mas sim, tratamentos de infecções recorrentes podem exigir o uso de antibióticos por períodos bastante longos.

Suco de cranberry previne a doença?

Estudos indicam que o cranberry pode diminuir a adesividade bacteriana, ou seja, sua tendência a proliferar no trato urinário. Ainda assim, embora a ingestão de muito líquido seja recomendada, prefira sempre água ou água de coco, pois sucos contêm açúcar.

É possível pegar infecção urinária no banheiro?

Não, as bactérias causadoras do problema vivem no organismo dos indivíduos.

Existe algum cuidado específico em caso de infecção durante a gravidez?

É importante não se automedicar. É necessário garantir que os antibióticos utilizados não afetem o bebê.

Infecção urinária pode “virar” câncer?

Não, não há relação entre os dois problemas.

É possível contrair a infecção por via sexual?

A infecção urinária não é considerada um infecção sexualmente transmissível (IST) porque a contaminação se dá por bactérias que já habitam nosso organismo, e não por micro-organismos que passam de uma pessoa para outra.

Infecção urinária pode evoluir para pielonefrites?

Sim. Uma infeção tratada inadequadamente pode afetar os rins.

Idosos são mais vulneráveis?

Sim. Como a incontinência urinária é um problema comum no envelhecimento, o uso de fraldas favorece a proliferação de bactérias na região. Além disso, a maior incidência de baixa imunidade e de diabetes nessa faixa etária aumenta o risco.

Fonte: Dr. Drauzio Varella

A Importância do Teste de PHI no Diagnóstico do Câncer de Próstata

maio 28th, 2020 by

O PHI – Índice de Saúde Prostática é um forte marcador do câncer de próstata e mostra-se superior a análise do PSA total e livre, sendo capaz de reduzir biópsias desnecessárias em 30 % (Loeb et al 201%). Quando o PHI é adicionado aos testes de PSA e PSA livre o índice de acerto passa de 30 para 90%. O proPSA (também conhecido como p2PSA) refere-se a uma série de precursores inativos do PSA e sua dosagem consiste em um ensaio de quimiluminescência.

É um exame de sangue, indicado para homens com idade acima dos 50 anos, sem alteração no exame de toque retal da próstata e com valores de PSA elevados (Antígeno Prostático Específico).

Existem cânceres de próstata menos agressivos e mais lentos na sua evolução, enquanto outros são muito agressivos e rápidos demandando intervenções urgentes do médico assistente. O PHI ajuda o clínico nesta assertividade.

O teste de PHI, oferece maior segurança pois evita que o paciente venha a utilizar uma opção mais invasiva e agressiva para a possível identificação de alguma doença.

O PHI ajuda também a flagrar as versões mais perigosas da doença. Geralmente, quanto maior o resultado do PSA, mais elevado é o risco de câncer, daí a indicação para uma biópsia da próstata.

Vasectomia

janeiro 23rd, 2019 by

Mais uma novidade na H3Med!

Agora realizamos a Cirurgia de Vasectomia para homens que não desejam mais uma gravidez futura.

O QUE É A VASECTOMIA?

Trata-se de uma intervenção cirúrgica simples feita por um Urologista que dura cerca de 20 minutos. Após a cirurgia, os espermatozoides não são liberados durante a ejaculação e, por isso, o óvulo não pode ser fecundado, evitando a gravidez.

A RECUPERAÇÃO É DOLOROSA?

A sensação dolorosa diminui logo nos primeiros dias, sendo possível voltar a dirigir e fazer quase todas as atividades diárias após 2 ou 3 dias. A relação sexual deve ser iniciado após 1 semana para que a cicatrização seja adequada.

QUANTO TEMPO DEMORA PARA A VASECTOMIA FAZER EFEITO?

É aconselhável utilizar métodos contraceptivos, como o preservativo, por até 03 meses após a cirurgia. Em média, são necessárias 20 ejaculações para eliminar todos os espermatozoides restantes nos canais.

É POSSÍVEL REVERTER A VASECTOMIA?

As chances de sucesso variam de acordo com o tempo que passou da cirurgia. Após vários anos, por exemplo, mesmo que o corpo volte a produzir espermatozoides, eles podem não ser férteis.

HÁ RISCO DE IMPOTÊNCIA?

O risco é baixíssimo, pois a cirurgia é feita apenas nos canais que estão dentro do saco escrotal, não afetando o pênis. Em alguns casos, onde o homem sofre com ansiedade, pode haver uma dificuldade na ereção durante as primeiras semanas.

Marque uma avaliação com os nossos Urologistas para saber ainda mais sobre a Vasectomia!