junho 30th, 2023 by Centro Médico H3Med
A menopausa é uma fase natural e inevitável na vida de uma mulher, marcando o fim do período reprodutivo. Embora seja um momento de transição, a menopausa também traz consigo uma série de mudanças físicas e emocionais que podem afetar a qualidade de vida.
O que é a menopausa?
A menopausa é definida como o momento em que a mulher deixa de menstruar por um período de 12 meses consecutivos, indicando o fim da função ovariana. Geralmente ocorre entre os 45 e 55 anos de idade, mas pode variar em cada mulher. Durante a menopausa, os níveis hormonais, como estrogênio e progesterona, diminuem gradualmente, levando a diversas mudanças no corpo.
Sintomas da Menopausa
Os sintomas da menopausa podem variar de mulher para mulher, mas os mais comuns incluem ondas de calor, sudorese noturna, alterações no padrão de sono, ressecamento vaginal, mudanças de humor, diminuição da libido e ganho de peso. Esses sintomas podem afetar significativamente a qualidade de vida e o bem-estar emocional das mulheres.
Opções de Tratamento
Existem várias opções de tratamento disponíveis para aliviar os sintomas da menopausa. Uma delas é a terapia de reposição hormonal, que ajuda a equilibrar os níveis hormonais e aliviar os sintomas mais intensos. No entanto, é importante discutir os benefícios e riscos dessa terapia com um médico especialista como ginecologistas, levando em consideração o histórico de saúde e fatores individuais.
Além disso, algumas medidas de autocuidado podem ser adotadas para lidar com a menopausa de forma saudável. Isso inclui manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente, buscar técnicas de relaxamento, como meditação ou ioga, e garantir um sono adequado.
Embora a menopausa seja uma fase de mudanças e desafios, também pode ser encarada como um novo capítulo na vida da mulher. Com informação, apoio adequado e cuidados consigo mesma, é possível passar por essa transição de forma saudável e positiva. Para obter orientações específicas e personalizadas sobre a menopausa, agende uma consulta no Centro Médico H3Med, onde você terá acesso a uma equipe de médicos especialistas, incluindo ginecologistas, endocrinologistas especializados em saúde reprodutiva.
Nossos profissionais estão preparados para oferecer o suporte necessário e ajudá-la a encontrar as melhores opções de tratamento para aliviar os sintomas e promover o seu bem-estar. Lembre-se de que a menopausa faz parte da jornada feminina e pode ser vivida com saúde, tranquilidade e qualidade de vida. Agende sua consulta hoje mesmo e receba o cuidado especializado que você merece.
junho 21st, 2023 by Centro Médico H3Med
O diabetes é uma doença crônica que afeta a forma como o corpo processa a glicose. É uma condição séria que requer cuidados adequados para garantir uma vida saudável. Neste artigo, discutiremos o que é o diabetes, os principais tipos da doença e as medidas essenciais de cuidados para aqueles que vivem com essa condição.
Tipos de Diabetes:
Existem quatro tipos principais de diabetes: pré-diabetes, diabetes tipo 1, diabetes tipo 2 e diabetes gestacional.
Pré-Diabetes
Condição em que os níveis de açúcar no sangue estão elevados, mas não o suficiente para ser diagnosticado como diabetes tipo 2. Pessoas com pré-diabetes têm um risco aumentado de desenvolver diabetes tipo 2 e outras complicações de saúde. Alguns sintomas comuns da pré-diabetes incluem fadiga, aumento da sede, micção frequente, visão embaçada e cicatrização lenta de feridas.
Diabetes Tipo 1
Condição autoimune em que o sistema imunológico ataca e destrói as células produtoras de insulina no pâncreas. Os sintomas do diabetes tipo 1 podem se desenvolver rapidamente e incluem sede excessiva, micção frequente, perda de peso inexplicada, fome intensa, fadiga, visão turva e feridas que demoram a cicatrizar.
Diabetes Tipo 2
Tipo mais comum de diabetes e ocorre quando o corpo não produz insulina suficiente ou não a utiliza de forma eficaz. Os sintomas do diabetes tipo 2 podem se desenvolver gradualmente e incluem aumento da sede, micção frequente, fadiga, visão embaçada, formigamento ou dormência nas mãos ou nos pés, infecções frequentes e cicatrização lenta de feridas.
Diabetes Gestacional
Ocorre durante a gravidez e geralmente desaparece após o parto. No entanto, mulheres com diabetes gestacional têm um risco aumentado de desenvolver diabetes tipo 2 posteriormente na vida. Os sintomas do diabetes gestacional podem ser semelhantes aos do diabetes tipo 2 e podem incluir sede excessiva, micção frequente, fadiga e visão turva.
Cuidados Essenciais para uma Vida Saudável: Para gerenciar o diabetes e promover uma vida saudável, é importante adotar algumas medidas-chave. A monitorização regular dos níveis de glicose no sangue é fundamental para controlar os níveis de açúcar e ajustar o tratamento, seja por meio de testes de glicemia capilar ou uso de dispositivos contínuos de monitorização de glicose.
Uma alimentação saudável desempenha um papel crucial no controle do diabetes e na promoção do bem-estar. Seguir uma dieta equilibrada, rica em vegetais, frutas, proteínas magras e fibras, evitando alimentos açucarados e processados, é fundamental. A contagem de carboidratos pode ser uma estratégia útil para controlar a ingestão de açúcar e manter os níveis de glicose estáveis.
A prática regular de atividade física também é essencial para quem vive com diabetes. Exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida ou natação, ajudam a melhorar a sensibilidade à insulina e a controlar o peso corporal. Consultar um profissional de saúde, como um endocrinologista ou um educador físico, para orientação sobre o tipo e intensidade de exercícios mais adequados é recomendado.
Além disso, é importante manter um acompanhamento médico regular e seguir as orientações do profissional de saúde. Isso inclui tomar medicamentos prescritos corretamente, controlar a pressão arterial e os níveis de colesterol, e realizar exames de rotina.
No Centro Médico H3Med, contamos com uma equipe de especialistas em diabetes, incluindo endocrinologistas e nutricionistas, prontos para oferecer o diagnóstico correto, tratamento adequado e acompanhamento personalizado. Nosso foco é promover a saúde e bem-estar e garantir uma vida saudável para todos os nossos pacientes com diabetes. Agende uma consulta conosco e dê os primeiros passos em direção a um estilo de vida equilibrado e saudável, cuidando da sua saúde e bem-estar.
setembro 2nd, 2020 by Centro Médico H3Med
Diminuição da pressão arterial e resistência a insulina são alguns dos benefícios
Comer menos vezes ao longo do dia ajuda a emagrecer. Essa frase parece óbvia, não é mesmo? Mas infelizmente não é tão simples assim.
O chamado jejum intermitente, prática na qual se omite uma ou mais de uma refeição(ões) do dia, ficando o praticante por até 24 horas sem se alimentar, tem ganhado cada vez mais adeptos no Brasil à reboque da febre da dieta paleolítica e também em função de algumas celebridades terem se declarado publicamente entusiastas do método. Porém, é necessário que haja muito cuidado na hora de falar sobre o assunto.
Para isso, darei eco ao posicionamento da Associação Americana do Coração (AHA, sigla para American Heart Association), publicado em fevereiro de 2017 na revista Circulation, acerca da relação entre jejum intermitente e obesidade.
Ao se analisar este tema é importante não se ater a questão do peso corporal. Afinal de contas, ao se manipular o número de refeições no dia e horário das mesmas, pode-se produzir também uma série de efeitos metabólicos – benéficos ou não – que precisam ser levados em conta. Exemplos disso seriam as alterações na glicemia (taxa de açúcar no sangue), no colesterol e em parâmetros hormonais. Dito isso, vamos a um resumo dos principais pontos do posicionamento da AHA que dizem respeito ao jejum intermitente.
Existem estudos sobre a aplicação do jejum intermitente para pessoas com obesidade?
Não é de hoje que a prática do jejum é usada com a finalidade de produzir perda de peso. Isto ocorre há muito tempo nos chamados “spas”. Ao se hospedar em um spa, alguns pacientes são submetidos a períodos de jejum com foco no emagrecimento.
Além disso, em algumas religiões, o jejum periódico é prática comum há séculos. Nesse sentido, estudos feitos com pessoas que se auto-declararam praticantes de jejum intermitente por razões religiosas, encontraram um risco menor de desenvolvimento de diabetes mellitus bem como de doença cardiovascular. No entanto, tais estudos são de natureza observacional, ou seja, de menor qualidade do ponto de vista científico. Estudos que não permitem estabelecer uma relação de causalidade, apenas de associação.
Tais estudos são incapazes de ajustar os grupos que foram comparados (pacientes que fizeram jejum intermitente versus pacientes que não fizeram) para fatores como: nível de atividade física, idade e tabagismo – reconhecidamente relacionados ao risco de diabetes e de doença cardiovascular. Além disso, estes trabalhos só avaliaram pessoas que jejuavam uma vez por mês.
O mesmo benefício pode ser visto em quem faz jejum de forma mais frequente?
Alguns estudos, tais como o “Malmo Diet and Cancer Study”, feito com 1.355 homens e 1.654 mulheres, mostrou que, em homens, o risco de obesidade era 2,42 vezes maior naqueles que faziam 3 refeições ou menos por dia em comparação com aqueles que faziam 6 ou mais refeições por dia. Estranho, não? Quem comia menos vezes ao dia tinha um risco maior de obesidade.
Será que estes indivíduos comiam menos vezes ao dia, mas uma quantidade calórica maior no final das contas? Estas informações não podem ser obtidas destes estudos. Outra pergunta: por que apenas em homens esta relação foi vista? Haveria alguma influência do sexo nesta questão? Também não sabemos. Isto mostra o quanto esta questão ainda tem muitas arestas a serem aparadas. Mostra o quanto o assunto é complicado. Parece simples, mas não é.
Com relação a estudos de intervenção, ou seja, estudos mais bem desenhados do que os chamados estudos observacionais, dois tipos de jejum intermitente foram analisados:
- Jejum em dias alternados: que consiste em comer no máximo 25% das necessidades calóricas diárias em um dia (no dia do “jejum”) seguido por um dia no qual se pode comer à vontade por 24 horas
- Jejum periódico: caracterizado por jejuar por 1 a 2 dias na semana enquanto se come normalmente nos demais 5 a 6 dias da semana.
Ao compararmos um método com o outro, observamos que o jejum em dias alternados produz uma perda de peso mais pronunciada. No entanto, ambos os métodos foram capazes de reduzir o peso corporal. Pode-se dizer que perde-se em média 0,75 kg por semana com o jejum em dias alternados enquanto que apenas 0,25 kg por semana com o jejum periódico. Sendo a perda de peso, no jejum periódico, obviamente, diretamente relacionada com o número de dias de jejum na semana.
Benefícios do jejum intermitente
Outros benefícios verificados com a prática do jejum intermitente foram:
- Redução consistente nos níveis de triglicérides, da ordem de 16 a 42%. Tanto melhor quanto maior a perda de peso obtida
- Diminuição da pressão arterial sistólica (máxima) e diastólica (mínima), variando de 3 a 8 % e 6 a 10 % respectivamente. Benefício este verificado apenas nos estudos que atingiram uma perda de ao menos 6% do peso corporal inicial
- Melhora da resistência à insulina, ou seja, o jejum intermitente foi capaz de melhorar a ação da insulina no corpo dos praticantes. Por outro lado, vale ressaltar que não foi constatado benefício nos níveis de HDL colesterol (o bom colesterol), e os resultados em termos de colesterol total, LDL e glicemia foram muito variáveis.
Havendo estudos que mostraram benefícios enquanto que outros não, podemos concluir que ainda há falhas nas evidências disponíveis. Os estudos existentes não apresentam em sua maioria um grupo controle, ou seja, um grupo de pacientes que tenham feito o tratamento tido como padrão. Além disso, a duração máxima destes trabalhos foi de 52 semanas (cerca de 1 ano). O que será que ocorre após um período de observação maior? Ou ainda: o que será que ocorre após cinco ou mesmo dez anos de prática de jejum intermitente? Haveria algum malefício ao se prolongar a prática do jejum?
Apesar de todos os benefícios descritos, não queremos que este artigo pareça um estímulo para que as pessoas façam jejum intermitente. Entendemos que dietas que estimulam comportamentos extremos, que dificilmente podem ser mantidas no longo prazo, assim como modismos ou mesmo terapias divulgadas como panaceias, devem ser desencorajados.
Permanece como recomendação o método convencional, ou seja, uma dieta equilibrada, prescrita por uma nutricionista, associada a um programa de exercício físico regular orientado por professor de educação física. Sempre tendo o endocrinologista como centralizador das ações de saúde e chefe da equipe multiprofissional.
Por outro lado, acreditamos que seguir estudando este assunto tão interessante seja de suma importância. Mais estudos, bem desenhados e com seguimento de longo prazo são muito bem-vindos, podem nos ajudar a entender melhor o tema e a tirar lições que possam ser aplicadas no tratamento da obesidade.
julho 27th, 2020 by Centro Médico H3Med
Para se defender de vírus, bactérias e doenças e nos manter protegidos, nosso organismo conta com o sistema imunológico. Porém, quando estamos com a imunidade baixa, nossas defesas ficam enfraquecidas, deixando o corpo mais vulnerável.
Isso pode ser causado por uma série de fatores, como a falta de vitaminas ou até mesmo o uso de alguns medicamentos para o tratamento de enfermidades. Por isso, é necessário sempre ficar atento aos sinais que nosso corpo apresenta para indicar a imunidade baixa.
O que causa a imunidade baixa?
Existem vários fatores que podem ocasionar na queda das nossas defesas. “Uma das principais causas de imunidade baixa é o uso de medicamentos como corticóides, antibióticos e imunossupressores, assim como no quadro de algumas doenças como lúpus, diabetes, câncer e AIDS”, é o que explica o médico Felipe Folco.
“Além disso, os hábitos do paciente, como sedentarismo, uso de bebidas alcoólicas em excesso, tabagismo e uma alimentação pouco nutritiva, podem contribuir para a evolução desse quadro, assim como o estresse, a ansiedade e a depressão”, acrescenta o médico.
Principais sintomas de imunidade baixa
Quando as defesas do organismo estão enfraquecendo, nosso corpo sempre apresenta alguns sintomas de imunidade baixa, que podem ser leves ou mais graves dependendo de quão baixo está o nível de proteção. Confira abaixo os principais sintomas.
Cansaço excessivo
Apesar de ter várias horas de sono, você sempre tem se sentido indisposto e acha que não dormiu o suficiente? Esse pode ser um dos sinais da falta de algumas vitaminas, o que contribui para a baixa imunidade e gera a fraqueza.
Gripes e resfriados com frequência
É muito comum adquirimos gripes ou resfriados, principalmente nas estações mais frias. Porém, se você vive constantemente nessa situação e, muitas vezes, possui pouco ou nenhum intervalo entre uma gripe e um resfriado, isso é um sério indício de que suas defesas estão comprometidas.
Infecções recorrentes
Se nas últimas semanas você tem passado por vários casos de infecção com herpes bucal, genital, otite e amigdalite, é preciso ficar atento, pois esses são sintomas de que seu sistema imunológico está seriamente exposto.
Queda de cabelo
Além de ser causada pelo estresse, ansiedade e ausência de vitaminas em nosso organismo, a queda de cabelo também pode nos dizer que o nosso sistema imunológico não está bem.
Como é feito o diagnóstico e o tratamento de imunidade baixa
Após a identificação dos sintomas, é muito importante consultar um médico, que realizará uma análise completa do caso e indicará o melhor tratamento. Até o momento, não existe um exame específico para verificar o nível de imunidade do organismo.
Em um quadro cuja frequência dos sintomas pode estar associada à falta de vitaminas, por exemplo, o médico pode indicar alguns exames de sangue, que vão permitir realizar uma análise profunda e indicar uma vitamina para aumentar a imunidade.
Por isso, o tratamento de imunidade baixa varia de acordo com o perfil de saúde de cada paciente, mas pode incluir medicações específicas, como polivitamínicos, além de mudanças de hábito, como a prática de exercícios físicos e a inclusão de alimentos mais saudáveis no cardápio.
Como aumentar a imunidade
Aumentar o nível da imunidade é possível por meio de práticas saudáveis que podem ser inseridas no dia a dia. Uma boa opção é consumir frutas cítricas, como laranja e limão, por exemplo, já que possuem uma boa porcentagem de vitamina C — que auxilia o funcionamento do nosso sistema imunológico. Confira outras dicas abaixo.
- Pratique exercícios físicos, no mínimo, três vezes por semana;
- Insira alimentos saudáveis na sua dieta, que, além de saborosos, possuem vitaminas e minerais
- Tome bastante água ao longo do dia;
- Durma de sete a oito horas por noite,
- Nunca se automedique, pois as substâncias de medicamentos podem interferir nas suas defesas.
junho 29th, 2020 by Centro Médico H3Med
Alterações em qualquer órgão prejudicam o funcionamento do organismo, causando leves desconfortos ou dores que impactam a rotina. Quando não tratadas com o devido cuidado, essas mudanças podem evoluir para doenças e problemas mais graves. Muitas pessoas, por exemplo, desconhecem os sintomas da tireoide alterada e não sabem quando é a hora de procurar ajuda.
É o seu caso? Se você tem dúvidas sobre isso e quer identificar os sinais para consultar um médico o quanto antes, leia todo o artigo que preparei sobre o assunto!
O que é a tireoide?
Trata-se de uma glândula responsável por produzir hormônios (T3 e T4) que agem em todos os sistemas do corpo. Ela tem forma de borboleta e fica na parte anterior do pescoço, abaixo do pomo-de-adão (gogó). Sua principal função é regular processos metabólicos importantes, além de atuar no crescimento e no desenvolvimento de crianças e adolescentes.
A tireoide é controlada por uma pequena glândula do cérebro (hipófise) e interfere no funcionamento de órgãos, como cérebro, rins, coração e fígado. Também influencia na fertilidade, no ciclo menstrual, no controle do peso, na memória e no estado emocional da pessoa.
Com participação em tantos processos, fica claro que cuidar da saúde da tireoide é fundamental para manter o organismo em equilíbrio. Porém, em alguns casos que envolvem fatores específicos, ela passa a funcionar de maneira inadequada.
As alterações na glândula tendem a fazer com que a produção de hormônios seja maior ou menor que o normal. Em ambos os casos, há risco de o paciente desenvolver doenças que necessitam de abordagens e tratamentos específicos.
Quais são as principais doenças e os sintomas da tireoide?
Inflamações, idade avançada, produção excessiva de hormônios e genética podem contribuir para o surgimento de problemas na tireoide. Veja, abaixo, as principais doenças relacionadas a essa alteração e os sintomas envolvidos.
Hipertireoidismo
Ocorre quando a glândula produz hormônios em excesso. Significa que ela é hiperativa, ou seja, trabalha mais do que deveria. O problema pode ser agudo ou crônico e resultar da ingestão excessiva de iodo, de infecções virais e de tumores presentes em órgãos específicos (como ovários e testículos).
Seus principais sintomas incluem:
- perda repentina de peso (mesmo com alimentação adequada);
- taquicardia (mais de 100 batimentos por minuto), palpitações e arritmia;
- ansiedade, inquietação, nervosismo e irritabilidade;
- suor excessivo;
- aumento do apetite;
- tremor nas mãos e nos dedos;
- alterações no ciclo menstrual;
- mudança no funcionamento do intestino;
- cabelo quebradiço;
- olhos saltados;
- diarreia;
- fadiga e fraqueza muscular;
- dificuldade para dormir;
- afilamento da pele;
- náusea e vômitos;
- ruborização da pele;
- coceira geral.
O diagnóstico da doença é realizado a partir de avaliação física detalhada e de exames de sangue que permitam medir os níveis hormonais. O médico também poderá solicitar uma imagem da tireoide para ver sua forma, seu tamanho e a presença de nódulos, bem como um exame para a captação de iodo radioativo que ajude a medir quanto desse elemento a glândula absorve do sangue.
Hipotireoidismo
Ocorre quando a glândula produz hormônios em quantidade insuficiente, ou seja, ela trabalha menos do que deveria. Nesse caso, a causa costuma estar ligada a uma disfunção autoimune. Os principais sintomas são:
- unhas quebradiças;
- pele e cabelos secos;
- queda de cabelo;
- prisão de ventre;
- perda de memória;
- cansaço excessivo;
- ganho de peso;
- dores musculares e articulares;
- frequência cardíaca reduzida;
- aumento da sensibilidade ao frio;
- formigamento ou dormência nas mãos;
- letargia (processos mentais mais lentos);
- depressão e desânimo;
- alteração dos ciclos menstruais.
Assim como no caso do hipertireoidismo, a doença pode ser diagnosticada a partir de avaliação física e realização de exames de sangue para dosar os níveis de hormônio estimulante da tireoide (TSH).
Tireoidite
Trata-se de uma inflamação da glândula, geralmente causada por infecções virais ou intoxicações por determinados medicamentos. O problema pode se manifestar de forma aguda, subaguda ou crônica, com sintomas que incluem:
- dificuldade para engolir;
- febre;
- calafrios;
- dor na região da tireoide.
Na forma silenciosa, a doença se manifesta sem causar dor na glândula. É mais comum em mulheres no período pós-parto.
Bócio
Caracteriza-se pelo aumento do tamanho da glândula e está relacionado à falta de iodo, à formação de nódulos na tireoide e a inflamações. Rouquidão, tosse, sensação de aperto na garganta e dificuldade para respirar estão entre os sinais mais comuns.
Doença de Graves
É uma forma de hipertireoidismo por causas autoimunes. Logo, além dos sintomas citados, pode envolver aumento da glândula, retração palpebral e formação de placas avermelhadas e endurecidas sob a pele.
Câncer da tireoide
Alterações na tireoide, muitas vezes, resultam em nódulos benignos que não causam dores. Porém, se o caroço cresce e muda de formato, vale considerar a possibilidade de câncer na região. Nesses casos, é necessário realizar exames específicos, como a cintilografia de corpo inteiro, a fim de verificar se outras partes do corpo foram afetadas pelo tumor maligno.
Os sintomas desse tipo de câncer incluem inchaço e dor na parte anterior do pescoço, dificuldade para engolir, problemas respiratórios, tosse constante, rouquidão e outras alterações na voz.
Como definir o tratamento adequado?
Os sintomas da tireoide alterada podem ser muito parecidos com os de outras doenças. Logo, sempre que o seu corpo enviar sinais, como os que foram citados, anote-os em um caderno para levar à consulta. Registre o que está sentindo, o dia em que os sintomas apareceram e qual é a intensidade de cada um.
Com base nesses dados, o médico solicitará exames para identificar o tipo de problema e definir a melhor abordagem. O tratamento pode incluir apenas acompanhamento clínico, como também o uso de remédios ou iodoterapia. Em casos mais graves, como câncer, pode ser necessária a cirurgia para remover tumores ou, até mesmo, a radioterapia.
Você tem a opção de falar com um clínico geral ou buscar atendimento em ambientes que trabalhem com as principais especialidades médicas. O profissional mais indicado para diagnosticar e tratar distúrbios da tireoide é o endocrinologista, portanto, agende uma consulta com a pessoa certa.
E então, já conhecia alguns dos sintomas da tireoide alterada? Lembre-se de que apenas um especialista é capaz de confirmar a existência de alguma enfermidade. Portanto, ao sentir qualquer desconforto, não se precipite e faça os exames necessários para dormir livre de preocupações.
Fonte: Comigo Saúde
junho 29th, 2020 by Centro Médico H3Med
Quando consultar um endocrinologista? Muitas pessoas podem associar a atividade do endocrinologista a questões relacionadas ao excesso de peso ou à obesidade, mas essa especialidade médica atua em diversas outras áreas além dessas. Desde a tireoide até a osteoporose, o especialista é fundamental para diagnosticar doenças que podem ser causadas por alterações nos hormônios.
Esse profissional é o médico com especialização em endocrinologia e cuida das glândulas endócrinas, que são as responsáveis pela produção dos hormônios no nosso organismo. Neste artigo, você entenderá quais sintomas podem fazer com que você fique alerta e saiba quando consultar um endocrinologista. Boa leitura!
Em casos de obesidade
Se você é uma pessoa que cuida da sua alimentação, pratica atividades físicas com frequência, tem um sono regular e, mesmo assim, está acima do peso, é hora de procurar um endocrinologista e investigar se há algo errado no seu sistema endócrino.
São os hormônios que controlam nosso organismo. Logo, se algo está errado com eles, pode ser essa a causa dos seus quilos extras.
Quando há excesso de pelos
Pelos no rosto também são normais em mulheres, você sabia? O que não é normal é o excesso deles, prejudicando sua aparência e causando constrangimento e insegurança.
A anomalia se chama hirsutismo e é identificada pela semelhança com as barbas masculinas em volume de pelos e em espessura. Aspecto que, definitivamente, não é normal em mulheres.
Em suspeitas de doenças na tireoide
As enfermidades na tireoide estão entre as principais causas de consultas ao endocrinologista. O pescoço aumenta de volume (sem ser por causa do excesso de peso) e podem surgir nódulos na região. Além de procurar um médico, é importante sempre observar o local, fazendo autoexames com toques leves na área à procura de alguma espessura anormal.
Outros sintomas de doenças na tireoide são insônia, ansiedade, alterações da função intestinal, irritabilidade, perda ou ganho repentino de peso, excesso de frio ou de calor e aceleração ou desaceleração do ritmo cardíaco. Ao perceber esses sinais, é o momento de consultar um endocrinologista.
Caso haja distúrbios da menstruação
Certamente, quando se fala em hormônios, vem a associação à menstruação, pois essas são duas coisas muito relacionadas nas mulheres. Nesse caso, devem ser observadas todas as irregularidades no ciclo menstrual: falta ou menstruação em excesso ou mais de uma vez por mês; menstruação que vem em um mês e, no outro, não e toda situação que pode causar estranhamento.
Em quadros de Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)
Já que falamos em menstruação desregulada, uma das doenças que podem estar relacionadas a isso, provocada pela má produção hormonal, é a Síndrome dos Ovários Policísticos. Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), essa doença atinge de 5% a 10% da população feminina em idade fértil.
Entre os sintomas, estão a irregularidade menstrual, o hirsutismo, o excesso de acne, a queda dos cabelos, além da resistência à insulina e da gordura abdominal em demasia. Percebeu como os sintomas estão muito relacionados entre as doenças?
Fonte: Comigo Saúde
junho 18th, 2020 by Centro Médico H3Med
O que é Obesidade?
A obesidade (CID 10 E66.0) é o acúmulo de gordura no corpo causado quase sempre por um consumo excessivo de calorias na alimentação, superior ao valor usada pelo organismo para sua manutenção e realização das atividades do dia a dia. Ou seja: a obesidade acontece quando a ingestão alimentar é maior que o gasto energético correspondente.
O excesso de gordura pode levar ao desenvolvimento de diabetes tipo 2, doenças do coração, pressão alta, artrite, apnéia e derrame. Por causa do risco envolvido, é bom que você perca peso mesmo que não esteja se sentindo mal agora. É difícil mudar seus hábitos alimentares e fazer exercícios. Mas, se você planejar, pode conseguir.
Quando você ingere mais calorias do que gasta, você ganha peso. O que você come e as atividades que você faz ao longo do dia influenciam nisso. Se seus familiares são obesos, você tem mais chances de também ser. Além disso, a família também ajuda na formação dos hábitos alimentares.
A vida corrida também torna mais difícil planejar refeições e fazer alimentações saudáveis. Para muitos, é mais fácil comprar comidas prontas e comer fora. Não há soluções de curto prazo para a obesidade. O segredo para perder peso é ingerir menos calorias do que você gasta. (1)
Obesidade infantil
A obesidade infantil acontece quando uma criança está com peso maior que o recomendado para sua idade e altura. De acordo com o IBGE, atualmente uma em cada três crianças no Brasil está pesando mais do que o recomendado. As faixas de Índice de Massa Corporal (IMC) determinadas para crianças são diferentes dos adultos e variam de acordo com gênero e idade.
Obesidade infantil: que fatores indicam o risco da criança se tornar obesa?
Os quilos extras podem ter consequências para as crianças até a sua vida adulta, mesmo que a obesidade seja revertida nesse período. Doenças como diabetes, hipertensão e colesterol alto são algumas consequências da obesidade infantil não tratada. A condição também pode levar a baixa autoestima e depressão nas crianças.
Obesidade no Brasil
Em 2015, o Brasil já tinha cerca de 18 milhões de pessoas consideradas obesas. Somando o total de indivíduos acima do peso, o montante chega a 70 milhões, o dobro de há três décadas.
Recentemente, o Ministério da Saúde divulgou uma pesquisa que revela que quase metade da população brasileira está acima do peso. Segundo o estudo, 42,7% da população estava acima do peso no ano de 2006. Em 2011, esse número passou para 48,5%.
O levantamento é da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), e os dados foram coletados em 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal.
Tipos
A obesidade pode ser classificada de diversas formas, por exemplo, quanto ao tipo, sendo: (3)
- Homogênea: É aquela em que a gordura está depositada de forma homogênea, tanto em membros superiores e inferiores quanto na região abdominal
- Andróide: É a obesidade em formato de maçã, mais característica do sexo masculino ou e mulheres após a menopausa e nesse caso há um acúmulo de gordura na região abdominal e torácica, aumentando os riscos cardiovasculares
- Ginecóide: É a obesidade em formato de pera, mais característica do sexo feminino e nesse caso há um acúmulo de gordura na região inferior do corpo, se concentrando nas nádegas, quadril e coxas. Está associada a maior prevalência de artrose e varizes.
Além disso, a obesidade pode ser classificada quanto o grau do IMC:
1 – Entre 25 e 29,9 kg/m² = Sobrepeso;
2 – Entre 30 e 34,9 kg/m² = Obesidade grau I;
3 – Entre 35 e 39,9 kg/m² =Obesidade Grau II;
4 – = 40 kg/m² = Obesidade Grau III.
Pode ainda ser classificada como:
- Primária: quando o consumo de calorias é maior que o gasto energético
- Secundária quando é resultante de alguma doença.
Causas
A obesidade pode às vezes ser atribuída a uma causa médica, como a síndrome de Prader-Willi, a síndrome de Cushing e outras doenças. No entanto, esses distúrbios são raros e, em geral, as principais causas da obesidade são:
- Inatividade: Se você não é muito ativo, você não queima tantas calorias. Com um estilo de vida sedentário, você pode facilmente ingerir mais calorias todos os dias do que com exercícios e atividades diárias normais
- Dieta não saudável e hábitos alimentares: O ganho de peso é inevitável se você comer regularmente mais calorias do que você queima. E a maioria das dietas dos americanos é muito rica em calorias e está cheia de fast food e bebidas de alto teor calórico.
Fatores de risco
Obesidade geralmente resulta de uma combinação de causas e fatores contribuintes, incluindo: (4)
- Genética: Seus genes podem afetar a quantidade de gordura corporal que você armazena e onde essa gordura é distribuída. A genética também pode desempenhar um papel na eficiência com que seu corpo converte alimentos em energia e como seu corpo queima calorias durante o exercício
- Estilo de vida familiar: A obesidade tende a correr em famílias. Se um ou ambos os seus pais são obesos, o risco de ser obeso é aumentado. Isso não é só por causa da genética. Os membros da família tendem a compartilhar hábitos alimentares e de atividade semelhantes
- Inatividade: Se você não é muito ativo, você não queima tantas calorias. Com um estilo de vida sedentário, você pode facilmente ingerir mais calorias todos os dias do que com exercícios e atividades diárias de rotina. Ter problemas médicos, como artrite, pode levar à diminuição da atividade, o que contribui para o ganho de peso
- Dieta não saudável: Uma dieta rica em calorias, carente de frutas e vegetais, cheia de fast food e carregada de bebidas hipercalóricas e porções grandes contribui para o ganho de peso
- Problemas médicos: Em algumas pessoas, a obesidade pode ser atribuída a uma causa médica, como a síndrome de Prader-Willi, a síndrome de Cushing e outras condições. Problemas médicos, como artrite, também podem levar à diminuição da atividade, o que pode resultar em ganho de peso
- Medicamentos: Alguns medicamentos podem levar ao ganho de peso se você não compensar por meio de dieta ou atividade. Estes medicamentos incluem alguns antidepressivos, medicamentos anti-convulsivos, medicamentos para diabetes, medicamentos antipsicóticos, esteróides e beta-bloqueadores
- Idade: A obesidade pode ocorrer em qualquer idade, mesmo em crianças pequenas. Mas à medida que você envelhece, mudanças hormonais e um estilo de vida menos ativo aumentam o risco de obesidade. Além disso, a quantidade de músculo em seu corpo tende a diminuir com a idade. Esta menor massa muscular leva a uma diminuição do metabolismo. Essas mudanças também reduzem as necessidades de calorias e podem dificultar a manutenção do excesso de peso. Se você não controlar conscientemente o que come e se tornar mais ativo fisicamente com a idade, provavelmente ganhará peso
- Gravidez: Durante a gravidez, o peso de uma mulher aumenta necessariamente. Algumas mulheres acham difícil perder esse peso depois que o bebê nasce. Esse ganho de peso pode contribuir para o desenvolvimento da obesidade em mulheres
- Parar de fumar: Parar de fumar é frequentemente associado ao ganho de peso. E para alguns, pode levar a ganho de peso suficiente para que a pessoa se torne obesa. No longo prazo, no entanto, parar de fumar ainda é um benefício maior para sua saúde do que continuar a fumar
- Problemas para dormir: Não dormir o suficiente ou dormir demais pode causar alterações nos hormônios que aumentam o apetite. Você também pode desejar alimentos ricos em calorias e carboidratos, o que pode contribuir para o ganho de peso
- Substâncias químicas: Os desreguladores endócrinos (DE) ou disruptores endócrinos são substâncias químicas são capazes de exercer efeito semelhante ao de hormônios presentes em nosso organismo. De acordo com pesquisa existe uma relação destas substâncias com o ganho de peso e a obesidade
Mesmo se você tiver um ou mais desses fatores de risco, isso não significa que você está destinado a se tornar obeso. Você pode neutralizar a maioria dos fatores de risco por meio de dieta, atividade física e exercícios e mudanças de comportamento.
Sintomas de Obesidade
A obesidade não causa sinais e sintomas e sim manifestações decorrentes da doença instalada que são cansaço, limitação de movimentos, suor excessivo, dores nas colunas e pernas.
A obesidade é uma doença que se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura no organismo e se diferencia principalmente pela gravidade e pela localização desse acúmulo.
Buscando ajuda médica
Se você acha que pode ser obeso e, especialmente, se estiver preocupado com problemas de saúde relacionados ao peso, consulte seu médico. Desta forma, poderá ser avaliado seus riscos à saúde e discutir suas opções de perda de peso.
O acompanhamento médico também é importante para, por exemplo, identificar alterações que possam contribuir para o ganho de peso. Lembrando que o tratamento da obesidade deve ser multiprofissional. (3,4)
Diagnóstico e Exames
Na consulta médica
Especialistas que podem diagnosticar a obesidade são: (4)
- Clínico geral
- Endocrinologista
- Nutricionista.
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:
- Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
- Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
- Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
- Quais eventos da vida podem ter sido associados ao ganho de peso?
- O que e quanto você come em um dia típico?
- Quanta atividade você faz em um dia típico?
- Durante que períodos da sua vida você ganhou peso?
- Quais são os fatores que você acredita que afetam seu peso?
- Como sua vida diária é afetada pelo seu peso?
- Quais dietas ou tratamentos você tentou perder peso?
- Quais são seus objetivos de perda de peso?
- Você está pronto para fazer mudanças em seu estilo de vida para perder peso?
- O que você acha que pode impedir que você perca peso?
Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar. Para obesidade, algumas perguntas básicas incluem:
- Quais hábitos alimentares ou de atividade provavelmente estão contribuindo para minhas preocupações de saúde e ganho de peso?
- O que posso fazer sobre os desafios que enfrento ao gerenciar meu peso?
- Eu tenho outros problemas de saúde causados pela obesidade?
- Eu deveria ver um nutricionista?
- Devo ver um conselheiro comportamental com experiência em gerenciamento de peso?
- Quais são as opções de tratamento para a obesidade e meus outros problemas de saúde?
- A cirurgia para perda de peso é uma opção para mim?
Não hesite em fazer outras perguntas, caso elas ocorram no momento da consulta.
Diagnóstico de Obesidade
A obesidade é determinada pelo Índice de Massa Corporal (IMC) que é calculado dividindo-se o peso (em kg) pelo quadrado da altura (em metros). O resultado revela se o peso está dentro da faixa ideal, abaixo ou acima do desejado – revelando sobrepeso ou obesidade.
Classificação do IMC:
- Menor que 18,5 – Abaixo do peso
- Entre 18,5 e 24,9 – Peso normal
- Entre 25 e 29,9 – Sobrepeso (acima do peso desejado)
- Igual ou acima de 30 – Obesidade.
Cálculo do IMC:
- IMC=peso (kg) / altura (m) x altura (m)
- Exemplo: João tem 83 kg e sua altura é 1,75 m
- Altura x altura = 1,75 x 1,75 = 3.0625
- IMC = 83 divididos por 3,0625 = 27,10
- O resultado de 27,10 de IMC indica que João está acima do peso desejado (sobrepeso).
Exames
Os exames para o diagnóstico da obesidade geralmente incluem:
- Colesterol total e frações
- Glicemia de jejum
- Exames de sangue para verificar se desequilíbrios hormonais.
Tratamento de Obesidade
Como a obesidade é provocada por uma ingestão de energia que supera o gasto do organismo, a forma mais simples de tratamento é a adoção de um estilo de vida mais saudável, com menor ingestão de calorias e aumento das atividades físicas. Essa mudança não só provoca redução de peso e reversão da obesidade, como facilita a manutenção do quadro saudável.
Alimentação saudável
Embora a correria do dia a dia dificulte a realização de uma alimentação saudável, pequenas mudanças já podem fazer uma grande diferença na sua saúde: (4)
- Invista nas frutas, legumes e vegetais
- Prefiro alimentos integrais aos refinados
- Evite alimentos como biscoitos, bolachas e refeições prontas. Elas são ricas em açúcar, sódio e gorduras – tudo o que sua filha ou filho não pode comer em exagero
- Limite o consumo de bebidas adoçadas, incluindo os sucos industrializados. Essas bebidas são muito calóricas e oferecem poucos ou nenhum nutriente
- Reduza o número de vezes em que a família vai comer fora, especialmente em restaurantes de fast-food
- Muitas das opções do menu são ricas em gordura e calorias
- Sirva porções adequadas.
Prática de atividade física
Aumentar a prática de atividade física ou é uma parte essencial do tratamento da obesidade. A maioria das pessoas que conseguem manter a perda de peso por mais de um ano faz exercício físico regular, mesmo que seja apenas caminhando.Para aumentar seu nível de atividade:
- Faça exercícios: pessoas com sobrepeso ou obesas precisam ter pelo menos 150 minutos por semana de atividade física de intensidade moderada para evitar mais ganho de peso ou para manter a perda de uma quantidade modesta de peso. Para conseguir uma perda de peso mais significativa, você pode precisar se exercitar 300 minutos ou mais por semana. Você provavelmente precisará aumentar gradualmente a quantidade que você exercita à medida que sua resistência e aptidão melhoram
- Caminhe mais: mesmo que o exercício aeróbico regular seja a maneira mais eficiente de queimar calorias e perder peso, qualquer movimento extra ajuda a queimar calorias. Fazer alterações simples ao longo do dia pode resultar em grandes benefícios. Estacione mais longe das entradas das lojas, aprimore suas tarefas domésticas, faça jardinagem, levante-se e mova-se periodicamente, e use um pedômetro para acompanhar quantos passos você realmente toma ao longo de um dia.
Como prevenir o aumento de peso após o tratamento?
Infelizmente, é comum recuperar o peso, independentemente dos métodos de tratamento da obesidade que você tente. Se você toma medicamentos para perda de peso, provavelmente irá recuperar o peso quando parar de tomá-los. Você pode até mesmo recuperar o peso após a cirurgia de perda de peso se continuar a comer demais ou abusar de alimentos altamente calóricos. Mas isso não significa que seus esforços de perda de peso sejam fúteis.
Uma das melhores maneiras de evitar recuperar o peso que você perdeu é fazer atividade física regularmente, aproximadamente 60 minutos por dia.
Mantenha o controle de sua atividade física, se isso ajuda você a ficar motivado e em curso. À medida que você perder peso e melhorar sua saúde, converse com seu médico sobre quais atividades adicionais você pode fazer e, se apropriado, como estimular sua atividade e exercitar-se.
Você deve sempre ficar atento ao seu peso. Manter uma dieta saudável e atividades físicas são as melhores maneiras de manter o peso que você perdeu a longo prazo.
Medicamentos
A utilização de medicamentos contribui de forma modesta e temporária no caso da obesidade, e nunca devem ser usados como única forma de tratamento. Boa parte das substâncias usadas atuam no cérebro e podem provocar reações adversas graves, como: nervosismo, insônia, aumento da pressão sanguínea, batimentos cardíacos acelerados, boca seca e intestino preso. Um dos riscos mais preocupantes dos remédios para obesidade é o de se tornar dependente. Por isso, o tratamento medicamentoso da obesidade deve ser acompanhado com rigor e restrito a alguns tipos de pacientes.
Cirurgias para Obesidade
Pessoas com obesidade mórbida e comorbidades, como diabetes e hipertensão, podem optar por fazer a cirurgia de redução de estômago para controlar o peso e sair da obesidade. Existem quatro técnicas diferentes de cirurgia bariátrica para obesidade reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM): Banda Gástrica Ajustável, Gastrectomia Vertical, Bypass Gástrico e Derivação Bileopancreática. A escolha da cirurgia dependerá do quadro do paciente, do grau de obesidade e das doenças relacionadas.
Medicamentos para Obesidade
Alguns dos medicamentos mais usados para o tratamento de problemas e sintomas relacionados à obesidade são:
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
Obesidade tem cura?
A obesidade é uma doença crônica que pode ser tratada e controlada com a alimentação e prática de exercícios físicos, mas não tem cura. (3)
Complicações possíveis
A obesidade infantil aumenta o risco de uma série de condições, incluindo: (1,3)
- Colesterol alto
- Hipertensão
- Doença cardíaca
- Diabetes tipo 2
- Problemas ósseos
- Síndrome metabólica
- Distúrbios do sono
- Esteatose hepática não alcoólica
- Depressão
- Asma e outras doenças respiratórias
- Condições de pele como brotoeja, infecções fúngicas e acne
- Baixa autoestima
- Problemas de comportamento.
Convivendo/ Prognóstico
Você pode adotar algumas estratégias para lidar melhor com a obesidade, como:
- Não deposite as esperanças do tratamento da obesidade apenas no medicamento ou cirurgia, pois o resultado depende principalmente das mudanças nos hábitos de vida (dieta e atividade física)
- Com o tempo o medicamento para obesidade pode passar a perder o efeito. Se isso ocorrer, consulte seu médico e nunca aumente a dose por conta própria
- Existem muitas propagandas irregulares de medicamentos para emagrecer nos meios de comunicação, por isso não acredite em promessas de emagrecimento rápido e fácil
- Não compre medicamentos para obesidade pela internet ou em academias de ginástica, pois muitos não são autorizados pelo Ministério da Saúde e podem fazer mal a quem utiliza
- Clínicas e consultórios não podem vender medicamentos para obesidade. O paciente tem a liberdade de escolher a farmácia de sua confiança para comprar ou manipular o medicamento prescrito
- Fórmulas de emagrecimento com várias substâncias misturadas são proibidas pelo Ministério da Saúde e já provocaram mortes.
Lembre-se sempre:
Não existe mágica! Para manter o peso dentro dos valores desejáveis e controlar a obesidade, a melhor opção é ter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas regularmente.
Prevenção
A estratégia preventiva deve ter início no nascimento, reforçando que o leite materno é um fator de prevenção contra a obesidade e combatendo mitos de que a criança deve comer muito, mesmo quando está satisfeita e que criança saudável é aquela com “dobrinhas”. (3)
As medidas de prevenção da obesidade são muito importantes especialmente pela gravidade das consequências e incluem 2 fatores principais:
1 – Adequação do consumo energético, ou seja é necessário consumir calorias que estejam de acordo com o gasto calórico e pra quem precisa perder peso é necessário um planejamento alimentar que priorize alimentos que deem mais saciedade e que tenham o valor calórico menor possível.
2 – Incluir atividades físicas na rotina. Atualmente cerca de 80% da população é sedentária e muitos associam as atividades de lazer a atividades de baixo gasto calórico, como ver televisão, jogar videogame, ficar no computador e isso é um fator relevante para desencadear a obesidade, em contrapartida, o exercício físico intenso ou de longa duração tem efeito inibitório no apetite.
junho 18th, 2020 by Centro Médico H3Med
O que é Osteoporose?
A osteoporose é uma doença metabólica sistêmica que afeta os ossos, provocando a diminuição progressiva da densidade óssea e, consequentemente, o aumento do risco de fraturas.
Embora também afete os homens, a condição é muito mais comum em mulheres acima dos 45 anos, sendo que uma em cada três mulheres deve apresentar uma fratura óssea relacionada à doença durante a vida.
Como qualquer outro tecido do corpo, o osso é uma estrutura viva que precisa se manter saudável e isso acontece mediante a remodelação do osso velho em osso novo.
A osteoporose, portanto, ocorre quando o corpo deixa de formar material ósseo novo suficiente ou quando muito material dos ossos antigos é reabsorvido pelo corpo – em alguns casos, pode ocorrer as duas coisas.
Se os ossos não estão se renovando como deveriam, ficam cada vez mais fracos, porosos e finos, sujeitos a fraturas. A partir dessas fragmentações ósseas, o paciente corre o risco de ter problemas mais sérios, que comprometem sua saúde e bem-estar.
Causas
No corpo humano, existem células responsáveis pela formação óssea e outras pela reabsorção óssea. Com o passar do tempo, o tecido ósseo vai envelhecendo e acaba sendo destruído pelas células chamadas osteoclastos. Em seguida, ele é recriado pelas células reconstrutoras, os osteoblastos.
Esse processo de destruição das células é chamado de reabsorção óssea, que fica comprometido na osteoporose, pois o corpo passa a absorver mais osso do que produzir (ou então não produzir o suficiente).
Alguns problemas podem interferir na formação dos ossos, causando a osteoporose, como:
Deficiência de cálcio
O cálcio é um mineral essencial à formação dos ossos. Durante a juventude, o corpo usa a substância para produzir o esqueleto. Além disso, o osso é o nosso principal reservatório de cálcio e é ele quem fornece esse nutriente para outras funções do corpo, como o funcionamento cardíaco.
Quando o metabolismo do osso está em equilíbrio, ele retira e repõe o cálcio dos ossos sem comprometer essa estrutura. Por isso, é importante que a ingestão de cálcio seja adequada.
Além de regular a alimentação para equilibrar o consumo da substância, pode ser que o organismo não consiga absorver o cálcio ingerido. Dessa forma, a ingestão insuficiente ou a má absorção do nutriente pode ser uma das causas da osteoporose.
Envelhecimento e menopausa
Cerda de 80% dos pacientes desenvolve a osteoporose em associação ao envelhecimento ou menopausa. No caso do envelhecimento, é necessário entender que os ossos crescem somente até os 20 anos e sua densidade aumenta até os 35 anos, começando a perder-se progressivamente a partir disso.
Isso quer dizer que, até os 35 anos, há um equilíbrio entre processos de reabsorção e criação dos ossos. A partir dessa idade, a perda óssea aumenta gradativamente, como parte do processo natural de envelhecimento.
Caso o indivíduo não tenha criado um “estoque” de densidade óssea suficiente para suprir esse aumento gradativo da reabsorção, os ossos vão ficando mais frágeis e quebradiços, podendo levar à osteoporose.
Por outro lado, enquanto a mulher está em período fértil (menstruando), existe a produção acentuada do hormônio estrogênio. Quando abundante no corpo feminino, ele retarda a reabsorção do osso, além de ser responsável pela fixação do cálcio nos ossos, contribuindo para o fortalecimento do esqueleto.
Em contrapartida, durante e após a menopausa, a mulher tem uma produção muito reduzida de estrogênio, uma vez que ele não é mais necessário para o ciclo menstrual.
O hipoestrogenismo irá contribuir para a perda de massa óssea mais acelerada, principalmente nos primeiros anos da pós-menopausa. Dessa forma, a menopausa pode ser um gatilho importante para a osteoporose.
Em homens, os baixos níveis de testosterona (hipogonadismo) também podem favorecer a osteoporose, uma vez que este hormônio entra na formação do tecido ósseo no organismo masculino.
Doenças ou medicamentos
Outras condições podem levar ao surgimento da osteoporose, sendo muito comuns em pessoas mais jovens e sem outros fatores de risco. São elas:
- Síndrome de Cushing
- Hiperparatireoidismo primário ou terciário
- Hipertireoidismo
- Acromegalia
- Mieloma múltiplo
- Doenças renais
- Doenças inflamatórias intestinais
- Doença celíaca
- Pós-gastrectomia
- Homocistinúria
- Hemocromatose
- Doenças reumáticas
- Uso de medicamentos a base de glicocorticóides, hormônios tireoidianos, heparina, warfarina, antiepilépticos (fenobarbital, fenitoína, carbamazepina), lítio, metotrexato e ciclosporina.
Fatores de risco
Além das causas descritas acima, há também alguns fatores de risco que podem contribuir para o surgimento da osteoporose em homens e mulheres, tais quais:
- Descendentes de orientais (correm mais risco de sofrer fraturas pela osteoporose por um problema anatômico no fêmur
- Histórico familiar de osteoporose
- Histórico prévio de fratura por trauma mínimo
- Tabagismo
- Baixa frequência de atividades físicas
- Baixa ingestão de cálcio
- Baixa exposição solar
- Alcoolismo
- Imobilização
- Ausência de períodos menstruais (amenorreia) por longo período
- Baixo peso corporal.
Sintomas
Sintomas de Osteoporose
A osteoporose é uma doença silenciosa, que dificilmente apresenta qualquer tipo de sinal e só é percebida por meio de fraturas com pouco ou nenhum trauma, mais frequentemente no punho, fêmur, colo de fêmur e coluna. Outros sintomas que podem surgir com o avanço da doença são:
- Dor ou sensibilidade óssea
- Diminuição de estatura com o passar do tempo
- Dor na região lombar devido a fraturas dos ossos da coluna vertebral
- Dor no pescoço devido a fraturas dos ossos da coluna vertebral
- Postura encurvada ou cifótica.
Diagnóstico e Exames
Na consulta médica
Caso você tenha algum fator de risco para a osteoporose, principalmente a chegada da menopausa, é importante pensar em consultar um médico para avaliar a necessidade de fazer um exame de densitometria óssea. Um clínico geral ou ortopedista podem ajudar no diagnóstico.
Como a doença não apresenta sintomas, o especialista fará perguntas sobre o seu quadro geral, como doenças associadas, hábitos alimentares, sedentarismo, tabagismo e outros pontos que ele achar relevante, como a idade em que a mulher entrou na menopausa, por exemplo.
A partir dessa análise clínica, o médico poderá dizer se você está ou não em risco para osteoporose e poderá indicar a realização de alguns exames.
Diagnóstico de Osteoporose
Em geral, a perda óssea ocorre gradualmente com o passar dos anos. Na maioria das vezes, a pessoa irá sofrer uma fratura antes de que está com osteoporose. Quando isso ocorre, a doença já se encontra em um estado avançado e o dano é grave.
Por não apresentar sintomas em seu estado precoce, não é possível fazer um diagnóstico clínico da osteoporose. Dessa forma, só é possível identificar a doença por meio da densitometria óssea e radiografias. Além desses, o médico pode pedir outros exames para identificar causas secundárias da osteoporose, como dosagem de creatinina e dosagem de testosterona e estrogênio.
Exames
O principal exame para rastreamento e diagnóstico da osteoporose é a densitometria óssea, que avalia a densidade dos ossos e músculos do corpo, podendo identificar quando eles estão muito finos ou então quando a perda ainda está se iniciando. Uma radiografia também pode ser indicada para a investigação da osteoporose.
Todas as mulheres de 65 anos ou mais e homens com 70 anos ou mais devem fazer a densitometria óssea anualmente, independentemente dos fatores de risco. Mulheres na pós-menopausa com menos de 65 anos de idade e homens entre 50 e 60 anos com fatores de risco também devem fazer o exame anualmente.
Além disso, qualquer pessoa que sofreu fraturas e possui risco associado à doença tem indicação para fazer a densitometria a fim de diagnosticar uma possível osteoporose.
Tratamento e Cuidados
Tratamento de Osteoporose
A osteoporose é de cura difícil, quase impossível. No entanto, pode-se fazer da primeira fratura a última ou então evitar qualquer lesão. Se você tem uma perda óssea importante, o tratamento pode impedir o agravamento, mas não irá eliminar totalmente a doença.
Os objetivos do tratamento da osteoporose são controlar a dor, retardar ou interromper a perda óssea e prevenir fraturas. Portanto, a escolha do tratamento irá depender da causa da osteoporose e de outras doenças associadas.
Medicamentos
Existem várias medicações indicadas para o tratamento da osteoporose, que são individualizadas para cada caso, a depender da gravidade ou das causas secundárias. Alguns medicamentos comuns usados para esse fim são:
- Raloxifeno
- Bisfosfonatos
- Ranelato de estrôncio
- Teriparatida
- Desonumab
- Calcitonina
Terapias
- Reposição de estrogênio: A terapia de reposição hormonal é eficaz na prevenção da osteoporose e de fraturas vertebrais e não-vertebrais. No entanto, ainda não há evidência suficiente para recomendar o tratamento na redução do risco de fraturas no tratamento da osteoporose estabelecida. Suplementação de cálcio e vitamina D: A ingestão adequada de cálcio e sua suplementação são indicados para o tratamento e prevenção da osteoporose. Já a vitamina D é um nutriente importante na manutenção da saúde óssea, uma vez que suas principais funções são a regulação da absorção intestinal de cálcio e a estimulação da reabsorção óssea. Não se recomenda o tratamento com vitamina D isolada ou em conjunto com cálcio, porém o uso complementar desses nutrientes é fundamental para uma formação óssea adequada.
Cirurgias
- Vertebroplastia: Procedimento minimamente invasivo para tratar fraturas na coluna vertebral, melhorando a dor e a capacidade funcional dos pacientes em cerca de 90 a 95%. Ele é feito injetando cimento acrílico (polimetilmetacrilato, ou PMMA) no interior da vértebra
- Cifoplastia: Procedimento ambulatorial usado para tratar fraturas por compressão dolorosa na coluna vertebral. Ele também é feito injetando cimento acrílico (polimetilmetacrilato, ou PMMA) no interior da vértebra. A diferença entre os dois métodos é que a cifoplastia utiliza uma espécie de balão, que é injetado na coluna e inflado, posicionando as vértebras corretamente antes da colocada do cimento ósseo.
Medicamentos para Osteoporose
Os medicamentos mais usados para o tratamento de osteoporose são:
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique.
Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
Convivendo/ Prognóstico
Além dos medicamentos e terapias disponíveis para o tratamento da osteoporose, outras mudanças de hábito devem ser feitas para evitar fraturas, dores e a progressão da doença, como:
Mantenha-se no peso ideal
Se a manutenção do peso é benéfica como um todo, para pessoas com osteoporose ela é a ainda mais importante. E não é só a obesidade que atrapalha a vida do paciente: aqueles que estão muito abaixo do peso também correm riscos.
Os pacientes acima do peso têm dificuldade de realizar exercícios e tendência a desenvolver outros problemas, como hipertensão arterial e diabetes, além de geralmente manterem uma alimentação inadequada, sem o aporte nutricional que a osteoporose pede.
Por outro lado, os pacientes de peso muito baixo têm, em geral, deficiência alimentar por pouca ou má ingestão de nutrientes. Inclusive, os mais magros são mais atingidos pela osteoporose, justamente porque a gordura periférica – presente em menor quantidade no corpo – ajuda a manter o aporte de cálcio no metabolismo do estrogênio, deixando os ossos mais fortalecidos.
Uma das explicações para isso seria o fato de que um paciente muito acima do peso se fraturaria mais facilmente ao se levantar para caminhar. Então, a natureza dá a essas pessoas uma força extra para poder aguentar o seu próprio peso. No entanto, o excesso de peso pode demandar um esforço muito grande das articulações, favorecendo dores e quedas no quadro com osteoporose.
Pratique exercícios
A atividade física é fundamental para os pacientes com osteoporose. Além de aumentar o aporte e fixação de cálcio no osso, o exercício ajuda no equilíbrio para evitar quedas.
Praticar exercícios também ajuda a manter a densidade óssea à medida que envelhecemos, diminui a dor nas articulações e ainda elimina os quilos que por ventura estão sobrando e forçando as articulações.
Exercícios de fortalecimento e flexibilidade, bem como atividades aeróbicas, são as mais indicadas para os portadores de osteoporose.
Os primeiros ajudam a manter a densidade óssea e fortalecer as articulações, já os exercícios de flexibilidade, como alongamento e ioga, além de beneficiar as articulações também ajudam a preservar a amplitude do movimento.
Por fim, as atividades aeróbicas podem ajudar a construir ossos e manter as articulações saudáveis, bem como fortalecer os músculos, coração e pulmões. No entanto, todos os pacientes devem ser avaliados para poder executar os exercícios corretos e na época adequada, especialmente os idosos.
Nutrientes em dia
A osteoporose está intimamente ligada à alimentação. Se você não está ingerindo os nutrientes na quantidade certa, o seu corpo está em risco. Os nutrientes mais importantes na luta da osteoporose são o cálcio e a vitamina D. O primeiro é essencial para a formação dos ossos, enquanto o segundo permite que o cálcio seja absorvido e atue na formação da matriz óssea.
Os dois andam sempre de mãos dadas: se você ingerir muito cálcio, mas não tiver vitamina D, de nada adianta, pois esse não será absorvido. O mesmo vale para quem ingere muita vitamina D, mas não tem a quantidade de cálcio suficiente para ser absorvida.
A recomendação diária de cálcio para adultos varia entre 1.000mg e 1.200mg, enquanto a vitamina D tem sua dose de 800 a 1.200 UI por dia. Boas fontes de cálcio são leite e seus derivados, bem como vegetais verdes escuros e produtos fortificados. Quanto a vitamina D, a melhor forma de obtê-la é se expondo ao sol no mínimo 30 minutos por dia.
Pare de fumar
O tabagismo é um fator de risco e também um agravante da osteoporose. Isso porque a fumaça do cigarro, quando chega à corrente sanguínea, interfere no funcionamento das células osteoblásticas, responsáveis por construir e reparar a matriz óssea.
Portanto, saiba que nunca é tarde para largar o vício, pois, ao parar de fumar, o risco de baixa densidade óssea e fraturas tende a se reduzir com o passar do tempo.
Evite o álcool
O consumo excessivo de bebida alcoólica diminui as reservas de cálcio e, como consequência, faz com que os ossos fiquem mais fracos. Além disso, consumir álcool acarreta no aumento dos níveis do paratormônio, que é um hormônio responsável por equilibrar a quantidade de cálcio nos ossos.
O álcool em excesso também interfere na absorção de cálcio e vitamina D pelo pâncreas, ambos nutrientes essenciais para os ossos. Por isso, procure evitar ou reduzir o consumo de bebidas alcoólicas.
Faça adaptações em casa
Manter uma casa segura é muito importante para prevenir quedas ou fraturas no paciente com osteoporose. Evitar tapetes soltos, sapatos de salto deslizante e pisos derrapantes em áreas como banheiro e cozinha é fundamental para quem tem a doença.
A colocação de apoio com barras fixas nas paredes também ajuda na movimentação dentro de casa. Prender ao solo móveis que podem escorregar é outro artifício eficiente. É importante ainda manter todos os objetos dentro do campo de visão, principalmente no caso dos idosos, que apresentam uma redução do seu campo visual.
Outro ponto essencial é manter interruptores de luz ou abajures próximos da cama e portas, para que o paciente não precise andar no escuro em nenhum momento, correndo o risco de tropeçar e cair.
Faça a densitometria óssea regularmente
O exame de densitometria óssea é usado para medir a densidade de nossos ossos (massa óssea), avaliando o grau da osteoporose e acusando a probabilidade de fraturas. O controle com o exame geralmente é anual, mas a frequência pode mudar conforme orientação.
De olho nas causas secundárias
Se a osteoporose estiver associada a outra condição, como o hiperparatireoidismo, doenças renais ou uso de medicamentos com corticoides, é importante tratar também esses problemas. Converse com seu médico e procure realizar o melhor tratamento.
Complicações possíveis
As principais complicações da osteoporose são as fraturas por compressão na coluna vertebral, no fêmur, nos quadris e nos punhos. Uma fratura nos quadris ou fêmur, por exemplo, pode gerar invalidez ou perda da capacidade de andar.
A coluna e o fêmur são as áreas que mais recebem um desgaste ósseo e mais correm risco, sendo a fratura proximal de fêmur a mais grave, podendo resultar até mesmo em morte.
Cerca de metade dos pacientes com fratura de fêmur não consegue mais andar e um quarto necessita de cuidado domiciliar prolongado. Um paciente que não consegue mais andar e fica acamado corre um risco maior de sofrer infecções e fica mais suscetível a doenças mentais, como depressão.
Prevenção
Embora não seja fácil de ser identificada em seu estágio inicial, a osteoporose pode ser evitada (ou retardada) com a ajuda de algumas ações simples que fazem a diferença na vida dos pacientes, como:
- Siga uma dieta balanceada, com as quantidades adequadas de cálcio e vitamina D
- Evite o consumo de álcool em excesso
- Não fume
- Pratique exercícios físicos regularmente
- Faça a reposição hormonal quando indicada pelo médico
- Faça a densitometria óssea anualmente a partir dos 50 anos
Visão Geral
Perguntas frequentes
Quem não gosta de leite apresenta maior risco de ter osteoporose?
Não. Uma das dicas de prevenção da doença é preocupar-se com a ingestão mínima de cálcio necessário para manter os ossos saudáveis. Assim, são recomendados 1.200 mg por dia e, para quem não gosta de leite, é só recorrer a outros laticínios, como queijo e iogurte.
Quem tem osteoporose não pode praticar atividade física?
Pelo contrário. Praticar exercícios físicos regularmente é essencial para os pacientes com osteoporose. Nesse caso, o ideal é realizar exercícios como caminhada e musculação, sempre com indicação e acompanhamento de especialistas.
Devo me preocupar com a osteoporose somente após a menopausa?
Não. Sua prevenção deve ser uma preocupação ao longo de toda a vida. Por isso, é importante ingerir vitamina D diariamente, através do consumo de verduras e laticínios fortificados, que fornecem este tipo de nutriente.
A osteoporose é uma doença feminina?
Mulheres têm mais chances de desenvolver a osteoporose do que os homens, pois têm os ossos mais finos e mais leves e apresentam perda óssea importante durante a menopausa. No entanto, homens com deficiência de cálcio e vitaminas estão sujeitos à doença. Inclusive, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) criou o Programa de Osteoporose Masculina (PROMA) em 2004, com o objetivo de quantificar as vítimas da doença para tratá-las e estudar a sua incidência.
A osteoporose é hereditária?
Nem sempre uma pessoa com histórico familiar favorável à osteoporose vai desenvolver a doença. Mas é importante, sim, identificar se os pais são portadores de osteoporose. Em caso positivo, deve-se ter cuidado redobrado na prevenção da doença.
Explicação: a vitamina D é mais eficiente na absorção do cálcio em algumas pessoas do que em outras – e essa característica é hereditária. Descendentes de pessoas que têm menor capacidade de absorção do cálcio no organismo e que apresentaram osteoporose quando adultas têm maior probabilidade de ter a doença. Mas nada que bons hábitos alimentares e atividade física não possam mudar.
junho 5th, 2020 by Centro Médico H3Med
Anemia é o nome genérico de uma série de condições caracterizadas pela deficiência na concentração da hemoglobina (elemento do sangue com a função de transportar oxigênio dos pulmões para nutrir todas as células do organismo) ou na produção das hemácias (o mesmo que eritrócitos ou glóbulos vermelhos).
As anemias devem ser consideradas como sinal de doenças de base responsável pela alteração sanguínea, ou seja, pela redução do número de eritrócitos circulantes.
Elas podem ser agudas ou crônicas, adquiridas ou hereditárias. São agudas, quando há perda expressiva e acelerada de sangue, o que pode acontecer nos acidentes, cirurgias, sangramentos gastrintestinais, etc. As crônicas são provocadas por doenças de base, algumas hereditárias (talassemia e anemia falciforme, por exemplo) e outras adquiridas, como as que ocorrem por deficiência nutricional, na gestação, por deficiência de ferro (anemia ferropriva, a mais comum), por carência da vitamina B12 ou de ácido fólico (anemia megaloblástica).
As anemias são classificadas de acordo com o VCM (volume corpuscular médio), ou tamanho das hemácias, em microcíticas, macrocíticas e normocíticas.
Sintomas
Os sintomas mais importantes da anemia aguda são provocados pela redução no volume de sangue circulante. O principal deles é a queda da pressão arterial.
Nas anemias crônicas, a baixa na produção de hemoglobina provoca palidez cutânea e nas mucosas, cansaço, falta de memória, tonturas, fraqueza, dores musculares, sonolência, falta de ar ou respiração muito curta, palpitação e taquicardia, porque o coração é obrigado a bater mais depressa para garantir o fornecimento necessário de oxigênio a todas as células do corpo. A intensidade dos sintomas aumenta com a atividade física.
Diagnóstico
Avaliação clínica e exames laboratoriais de sangue são fundamentais para o diagnóstico. Uma vez constatado o distúrbio, é indispensável determinar sua causa para introduzir o tratamento adequado.
Tratamento
O tratamento das anemias é diretamente determinado pela doença de base que provocou a falta de produção ou a destruição das hemácias.
Recomendações
- Palidez, gengivas esbranquiçadas, unhas descoloridas podem ser sinal de anemia. Procure um médico para diagnóstico e tratamento, se necessário;
- Optar por uma alimentação saudável e variada é indispensável para prevenir a ocorrência de anemias causadas por carência nutricional;
- O risco de anemia aumenta na gestação e durante o aleitamento materno, nos primeiros anos de vida das crianças e nos idosos.
Fonte: Dr. Drauzio Varella