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Dicas do John Hopkins Hospital sobre a COVID-19

abril 30th, 2020 by

O Virus não é um organismo vivo, mas sim uma molécula de proteína (o DNA) coberta por uma camada protetora de lipídio (gordura), que, quando absorvida pelas células da mucosa (bucal, nasal ou ocular), altera o código genético dessas células e as converte em agressoras e fábricas de mais DNA viral.

Já que o vírus não é um organismo vivo , mas uma simples molécula de proteína, ele não pode ser morto, apenas ser decomposto.

O tempo de desintegração depende da temperatura, umidade e tipo do material onde o vírus está.

O vírus é muito frágil; a única coisa que o protege é uma muito fina camada externa de gordura. É por isso que qualquer sabão ou detergente é o melhor remédio, já que a espuma do sabão absorve a gordura (É por isso que você precisa esfregar tanto as mãos, por pelo menos 20 segundos, para fazer bastante espuma). Ao dissolver a camada de gordura, a molécula de proteína se dispersa e fratura por si só.

Álcool ou qualquer mistura que tenha mais de 65% de álcool DISSOLVE QUALQUER GORDURA, especialmente a capa externa de lipídio do vírus.

Qualquer mistura com 1 parte de água sanitária e 5 partes de água dissolve diretamente a proteína, quebrando a molécula.

Água oxigenada também ajuda mas é melhor o sabão, álcool ou cloro, porque o peróxido destrói molécula de proteína, mas, você precisa usar ele puro e assim ele ataca a pele.

NENHUM BACTERICIDA SERVE. O vírus não é um organismo vivo como as bactérias. Você não pode matar o que não tem vida com antibiótico, apenas desintegrar sua estrutura com os métodos citados.

NUNCA sacuda pano usado ou novo, lençóis ou roupa. Quando ligado a uma superfície porosa o vírus é muito inerte e desintegra apenas depois de 3 (tecidos e materiais porosos) ou 4 horas (cobre e madeira), 24 horas (papel e papelão), 42 horas (outros metais) e 72 horas (plástico).

Então se você bater o pó ou usar um espanador, as moléculas do vírus permanecerão no ar por 3 horas. E podem se alojar no seu nariz.

As moléculas do vírus permanecem muito estáveis em ar frio seja natural ou artificial como ar condicionado de carros e casas. A umidade ajuda a estabilidade do vírus assim como e especialmente a escuridão. Dessa forma, ambientes secos, quentes, secos e luminosos irão fazer o vírus degradar mais rápido.

LUZ ULTRAVIOLETA sobre qualquer objeto contaminado quebra a proteína do vírus. Por exemplo, é perfeito para desinfetar e reusar uma máscara. Tenha cuidado pois ultravioleta danifica o colágeno (que é uma proteína) da pele induzindo rugas e eventualmente câncer de pele.

O vírus NÃO CONSEGUE passar pela pele saudável.

Vinagre NÃO é útil pois ele não quebra a película protetora de gordura.

NENHUM DESTILADO serve. Os destilados tem 40 % de álcool e você precisa de no mínimo uma concentração de 65 %.

Quanto mais confinado for o espaço, maior será a concentração do vírus. Quanto mais aberto e com ventilação natural menor será.

Isto já foi dito até a exaustão, mas você deve lavar suas mãos antes e depois de tocar suas mucosas, comida, chaves, maçanetas, interruptores, controle remoto, celular, relógios, computadores, etc. E também quando usar o banheiro.

Você precisa hidratar mãos secas tanto quanto lava- las pois o vírus pode se alojar nas pequenas fissuras da pele. Quanto mais viscoso o hidratante, melhor;

Também mantenha suas unhas cortadas para diminuir área de alojamento do vírus.

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Fonte: Abimo

7 dicas de como montar uma rotina com as crianças em casa

abril 28th, 2020 by

O alerta para conseguimos reverter o cenário de pandemia do coronavírus (Covid-19) é: fiquemos em casa! Isso significa que a maioria das escolas paralisaram as aulas em decorrência da doença e muitas empresas liberaram office para evitar aglomerações. Com pais e filhos juntos em casa, é preciso muito jogo de cintura para contornar a situação, inclusive para que as crianças não percam o ritmo que vinham ganhando com a escola.

Uma das saídas para isso é organizar uma rotina com atividades pensadas para que o ato de ficar em casa impacte o menos possível na vida do pequeno.

“Para a criança de até seis anos, a rotina traz mais segurança. E, nesse momento, a segurança que a criança precisa não é só física, de não sair para não ter contágio, mas também emocional”, explica Bruna Freitas, psicóloga e gerente de pessoas na Escola da Inteligência.

A especialista também esclarece que a expressão “rotina” pode trazer a ideia de algo muito rígido, mas não deve ser assim, já que o isolamento social já é difícil por si só. O objetivo é que a organização do dia a dia do pequeno o ajude a entender que o período não é de férias e algumas regras precisam ser seguidas.

Só que estabelecer tais limites na prática não é tão fácil quanto na teoria. Por isso, separamos sete dicas de como fazer com que a adaptação das crianças seja mais simples tanto para elas quanto para os pais.

1. Inspire-se na rotina que já existia

No mundo perfeito, o ideal seria que horários como o de acordar, almoçar, tomar banho e de dormir fossem mantidos. Mas com todo mundo em casa, fica mais difícil colocar isso prática. Por isso, a psicóloga explica que a melhor saída nessa situação é os pais adaptarem o que for preciso para o mais próximo que os filhos estão acostumados.

Por exemplo, se a criança estuda pela manhã e está habituada a acordar cedo, os pais podem escolher deixá-la dormir só meia hora a mais para tomarem café da manhã juntos sem ninguém sofrer com o sono.

Há também a opção de deixar o pequeno dormir até mais tarde para que os pais consigam adiantar seus trabalhos pessoais. Nessa escolha, a dica é acordar o filho em um horário que seja próximo a de outra refeição que ele está familiarizado, como o lanche da manhã da escola.

A mesma ideia de apostar no que a criança já está acostumada é trazida pela pedagoga Bruna Duarte sobre como inserir as atividades educativas nessa nova rotina dos baixinhos.   

“Os pais podem pensar no cronograma que a escola já tem. Por exemplo, na segunda-feira, as crianças fazem artes e trabalham com atividades relacionadas a línguas. Portanto, em casa, os pais fazem uma atividade pintura, de massinha. Já na atividade de línguas, eles leem um livro com a criança ou procuraram um caça-palavras”.

2. Envolva as crianças nas decisões

Além de seguir o que a criança está acostumada, vale também perguntar a ela o que gostaria de fazer naquele dia. As especialistas explicam que essa atitude incentiva a autonomia dos pequenos. Entretanto, é importante que haja atenção dos pais para sempre trazer os filhos para a realidade.

Por exemplo, se você perguntar para uma criança o que ela quer fazer hoje, a resposta pode ser ir à praia. Nessa situação, Bruna Freitas lembra que combinados podem ser um bom jeito de contornar a situação sem frustrar os pequenos.

Isso significa que os pais devem dizer para a criança que é o pedido dela é interessante, mas que não é possível realizá-lo neste momento. Mas eles podem usar a imaginação para recriar o cenário de uma praia na sala de casa. Providencie toalhas, finja que o tapete é o mar e distribua picolés. Pode ser uma brincadeira bem divertida pros menores!

Bruna Duarte também enfatiza que a pergunta do que o pequeno gostaria de fazer também vale para as atividades educacionais, desde que haja uma margem de escolha para ele. Caso contrário, a criança só escolherá brincadeiras.

3. A organização com as crianças é diária

Diferente dos adultos que conseguem planejar a semana inteira antes dela acontecer, com as crianças o ritmo é diferente. A psicóloga explica que elas não têm a mesma noção de tempo dos adultos. Isso significa que os pais precisam conversar com os filhos diariamente para lembrá-los do que acontecerá amanhã.

Essa organização é importante para contornar a ansiedade dos dois grupos, além de trazer a sensação de que o dever está sendo cumprido a partir do momento que as tarefas começarem a serem sinalizadas como feitas.

Já a pedagoga dá ideias de como montar o cronograma físico para que o pequeno possa visualizar as atividades do dia. “Na maioria das vezes, crianças com até seis anos de idade não sabem ler. Por isso, não adianta fazer um cronograma por escrito. Pais e filhos podem criar juntos alguns símbolos. Por exemplo, no dia que forem brincar de massinha, fazer um desenho que a represente. No dia que forem ler um livro, fazer um desenho dele”.

A psicóloga complementa a ideia sugerindo que pais usem as famosas cartolinas para montar o cronograma e folheiem revistas junto com os pequenos para que eles possam apontar imagens de atividades que gostariam de fazer.

4. Faça intervalo entre as atividades

Assim como a noção de tempo e espaço é diferente para as crianças, a capacidade delas se manterem concentradas também. Bruna Freitas explica que dificilmente elas ficaram entretidas em uma mesma atividade por mais uma hora e meia, no máximo duas.

Por isso, a ideia é intercalar pequenas movimentações ao longo de uma mesma tarefa. Pode ser comer um lanchinho, beber água ou ir no banheiro. Em tempos de coronavírus, a última situação é uma ótima oportunidade para retornar com a criança a importância de lavar as mãos para se prevenir da doença.

Ainda vale cantar uma música – como “Parabéns pra você!” –  para deixar o momento mais divertido e dar o tempo certinho que é preciso para ensaboar as mãos.

5. Organize um dia diferente para distrair a família

Ainda que seja importante manter a criança dentro do que ela está acostumada, estar em casa por tantos dias também pode ser cansativo para ela.

“Ainda que se mantenha um planejamento na casa, é algo muito diferente para a criança. E quando ela sai da sua rotina habitual, ela tende a sofrer um pouco mais – como estranhar a situação e não se adequar tão bem a essa nova agenda”, explica Bruna Freitas.

Uma forma eficaz de contornar os ânimos ansiosos da família é escolher um dia da semana, principalmente no meio dela, para fazer algo divertido. Pode ser uma sessão de cinema no sofá de casa, uma guerra de bexiga d’água no quintal ou um show em família, com todo mundo fantasiado. É hora de colocar a imaginação para funcionar!

6. Atenção com o uso das telas

Ainda que o momento seja delicado, é preciso que os pais continuem atentos ao uso de telas, como celulares, computadores e tablets. Bruna Duarte afirma que os adultos não podem abrir mão de conferir o que as crianças estão assistindo e quanto tempo estão gastando em frente aos monitores.

Já Bruna Freitas lembra que uma forma saudável de utilizá-los é como auxílio nos momentos de criatividade. Por exemplo, se crianças querem construir um brinquedo, os pais podem assistir com elas um vídeo de inspiração, ou um programa na Netflix ou no YouTube. O mesmo vale sobre algum assunto que estava sendo abordado nas aulas da escola.

7. Relembre a criança sobre a escola

Com o controle da pandemia, a tendência é que as atividades da população voltem ao normal e isso inclui as crianças retornarem à escola. Para que o processo de readaptação seja mais leve, é importante lembrá-las constantemente sobre a instituição.

A psicóloga e a pedagoga aconselham os pais a explicarem que estão fazendo determinadas atividades por causa da escola, ressaltando que é um lugar legal, e que lá eles poderão rever os amiguinhos.

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Fonte: Bebe

Criar “zona suja” na entrada de casa ajuda no combate à Covid-19

abril 27th, 2020 by

Em tempos de combate ao avanço do contágio por coronavírus, limpeza e higienização são palavras de ordem quando falamos em quarentena. Mas o que você diria se a gente te contasse que criar uma “zona suja” em casa também contribui, e muito, para a prevenção da Covid-19?

Calma, não estamos dizendo que é para você parar de limpar a casa ou descuidar da higiene pessoal, pelo contrário. Mas, sim, que você deve destinar uma área da entrada na qual itens que usar quando precisar ir ao mercado ou à farmácia, como calçados, roupas, chaves e bolsa, possam ficar separados, o que previne a contaminação das demais superfícies com as quais se tem contato no ambiente doméstico.

Em tempos de combate ao avanço do contágio por coronavírus, limpeza e higienização são palavras de ordem quando falamos em quarentena. Mas o que você diria se a gente te contasse que criar uma “zona suja” em casa também contribui, e muito, para a prevenção da Covid-19?

Calma, não estamos dizendo que é para você parar de limpar a casa ou descuidar da higiene pessoal, pelo contrário. Mas, sim, que você deve destinar uma área da entrada na qual itens que usar quando precisar ir ao mercado ou à farmácia, como calçados, roupas, chaves e bolsa, possam ficar separados, o que previne a contaminação das demais superfícies com as quais se tem contato no ambiente doméstico.

Assim, se você já conta com um hall de entrada, faça dele um aliado à prevenção deixando ali tudo o que saiu à rua. Caso não tenha, basta criar um “hall imaginário”, que pode ser delimitado por uma fita ou até mesmo um tapete, e seguir as dicas abaixo para manter o coronavírus o mais longe possível. Confira!

Roupas

Deixe um cesto próximo à entrada ou use ganchos e cabideiros nos quais possa deixar as roupas com as quais saiu de casa. Elas podem carregar o vírus, então lembre-se de tirá-las toda vez que voltar para casa.

Sapatos

O mesmo vale para os calçados, que trazem para dentro toda a sujeira com a qual temos contato na rua. Use uma caixa, um banco, um cesto ou separe um cantinho onde possa deixar os sapatos que usou no ambiente externo. Eles não devem “passear” pelos demais cômodos da casa. Deixe próximos, mas não dentro da “zona suja”, pantufas, chinelos ou meiões de que goste e que te deixem confortável em casa.

Bolsas e carteiras

Bolsas, carteiras, óculos, chaves e celulares não ficam de fora. Objetos que comumente acumulam sujeira, bactérias e vírus, eles não devem entrar em casa. O ideal é pendurar em ganchos ou apoiar em prateleiras e aparadores logo na entrada. Para os celulares, dos quais, convenhamos, é mais difícil manter o distanciamento, uma dica é embala-los em papel filme antes de sair de casa (desde que eles estejam limpos, obviamente).

Em tempos de combate ao avanço do contágio por coronavírus, limpeza e higienização são palavras de ordem quando falamos em quarentena. Mas o que você diria se a gente te contasse que criar uma “zona suja” em casa também contribui, e muito, para a prevenção da Covid-19?

Calma, não estamos dizendo que é para você parar de limpar a casa ou descuidar da higiene pessoal, pelo contrário. Mas, sim, que você deve destinar uma área da entrada na qual itens que usar quando precisar ir ao mercado ou à farmácia, como calçados, roupas, chaves e bolsa, possam ficar separados, o que previne a contaminação das demais superfícies com as quais se tem contato no ambiente doméstico.

Assim, se você já conta com um hall de entrada, faça dele um aliado à prevenção deixando ali tudo o que saiu à rua. Caso não tenha, basta criar um “hall imaginário”, que pode ser delimitado por uma fita ou até mesmo um tapete, e seguir as dicas abaixo para manter o coronavírus o mais longe possível. Confira!

Roupas
Deixe um cesto próximo à entrada ou use ganchos e cabideiros nos quais possa deixar as roupas com as quais saiu de casa. Elas podem carregar o vírus, então lembre-se de tirá-las toda vez que voltar para casa.

Sapatos
O mesmo vale para os calçados, que trazem para dentro toda a sujeira com a qual temos contato na rua. Use uma caixa, um banco, um cesto ou separe um cantinho onde possa deixar os sapatos que usou no ambiente externo. Eles não devem “passear” pelos demais cômodos da casa. Deixe próximos, mas não dentro da “zona suja”, pantufas, chinelos ou meiões de que goste e que te deixem confortável em casa.

Bolsas e carteiras
Bolsas, carteiras, óculos, chaves e celulares não ficam de fora. Objetos que comumente acumulam sujeira, bactérias e vírus, eles não devem entrar em casa. O ideal é pendurar em ganchos ou apoiar em prateleiras e aparadores logo na entrada. Para os celulares, dos quais, convenhamos, é mais difícil manter o distanciamento, uma dica é embala-los em papel filme antes de sair de casa (desde que eles estejam limpos, obviamente).

Lave as mãos!
Você já sabe, mas nunca é demais lembrar! Além do isolamento social, lavar bem as mãos e mantê-las sempre limpas é o principal meio de prevenção ao contágio por coronavírus. E isso é ainda mais imprescindível quando voltamos da rua. Ao chegar em casa, e depois de executar os passos acima, vá até a pia mais próxima e faça a higienização das mãos com água e sabão, esfregando a palma, o dorso, entre e as pontas dos dedos e o punho. Deixe o álcool gel para fazer a higiene em momentos em que água e sabão estejam indisponíveis.

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Fonte: Gazeta do Povo

Coronavírus: médico dá dicas de prevenção para pacientes com doenças crônicas

abril 24th, 2020 by

Portadores de doenças crônicas como diabetes, hipertensão e cardiopatias são os mais propensos a ter complicações e morrer de covid-19. O médico, Alan Max, alertou nesta terça-feira (21) que essas pessoas devem ter cuidados redobrados com a higienização, uso de máscara e manter o isolamento social.

“Vários estudos mostram que os pacientes com essas doenças tiveram mortalidade cinco vezes maior do que a população em geral. O problema está na enzima que faz a defesa do nosso organismo. Como o vírus tem uma forma especifica de atuação acaba afetando essas enzimas e prejudicando quem precisa da atuação mais eficiente das mesmas”, disse.

Como medida para evitar o contato com o vírus, o médico alerta sobre os cuidados de prevenção. Orienta aos pacientes fazer o controle adequado da medicação recomendada para evitar ida ao hospital e contrair a doença.

“É preciso ficar atento, porém, aos casos de sintomas referentes ao infarto. O atendimento rápido pode salvar a vida do paciente. O Infarto é a doença que mais mata no mundo. O principal sintoma é dor no peito. Se apertar o local que estiver doendo e a dor aumentar não é no coração. Agora se a dor vier com náusea e suor a pessoa dever procurar o hospital com urgência”, concluiu.

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Fonte: G1

Coronavírus: cuidados que você deve ter para se prevenir da covid-19

abril 23rd, 2020 by

O número de casos de covid-19 cresce dia após dias no Brasil e, por isso, as pessoas estão cada vez mais preocupadas com os cuidados que devem tomar para se prevenir. Não é por menos. Afinal, o novo coronavírus tem a capacidade de se espalhar rapidamente e, na maioria das vezes, é transmitido quando o doente ainda não apresenta sintomas.

A principal forma de contrair o vírus é levar o nariz, aos olhos e à boca a mão contaminada com secreções (gotículas de saliva, catarro) de uma pessoa infectada. Por isso, a recomendação número um é lavar as mãos constantemente e evitar tocar o rosto.

Por que devemos lavar as mãos frequentemente?

O sabão rompe a membrana de gordura que os vírus possuem, fazendo com que “morram”. Por isso, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), lavar as mãos com água e sabão frequentemente é uma das principais formas de evitar a contaminação.

A recomendação é fazer isso o tempo todo, principalmente ao entrar em contato com outras pessoas, ir à rua, tocar em objetos de uso comum (maçanetas, botão do levador, corrimão etc.), antes de comer ou preparar alimentos e depois de usar o banheiro.

Como lavar as mãos corretamente?

Use sabão suficiente para que a espuma cubra toda a superfície das mãos. A lavagem completa deve durar cerca de 50 segundos e ter os seguintes passos:

Esfregue bem a palma das mãos; capriche na limpeza do espaço entre os dedos e também do dorso e do punho. Depois, seque com toalha descartável (em ambientes coletivos). Se a torneira não for automática, use a tolha de papel para fechá-la, ou lave a torneira antes de ensaboar as mãos.

Por que devemos ficar em casa?

Como nosso organismo ainda não tem anticorpos para combater o novo coronavírus, ele é transmitido facilmente de um indivíduo para outro. Se as pessoas continuarem levando uma vida normal (indo trabalhar, frequentando lugares aglomerados etc.), o número de pacientes com covid-19 tende a se elevar rapidamente e sobrecarregar o sistema de saúde. Aí, os hospitais não conseguem atender adequadamente casos graves e o número de mortes aumenta.

Segundo pesquisa epidemiológica do Instituto Butantan, no estado de São Paulo, uma pessoa infectada antes do isolamento tinha potencial para transmitir o vírus para seis pessoas, em média. Com a quarentena, essa taxa caiu para duas pessoas. Por isso é muito importante que todos continuem em casa para evitar o crescimento acentuado da covid-19.

Máscara protege do coronavírus?

Nenhuma máscara garante 100% de proteção. Porém, o acessório —até mesmo a máscara de tecido feita em casa — é capaz de impedir que partículas maiores de secreções (saliva, por exemplo) contaminadas cheguem até seu nariz e sua boca. Além disso, evita que o doente espalhe secreções pelo ambiente.

Apesar de especialistas e estudos científicos apontarem não haver necessidade de quem não possui sintomas respiratórios usar o equipamento de proteção, o Ministério da Saúde mudou sua recomendação e passou a orientar que todos saiam de casa de máscara (de tecido comum). Mas atenção: esse uso não permite que outras medidas preventivas sejam deixadas de lado, como sempre lavar as mãos, evitar o contato físico etc.

Como tossir ou espirrar corretamente?

O coronavírus é transmitido principalmente pelas secreções (saliva, catarro). Por isso, é muito importante seguir as orientações de higiene do Ministério da Saúde.

Sempre cubra o nariz e a boca com um lenço de papel ao tossir e espirrar. Depois, jogue o lenço no lixo e higienize as mãos (com água e sabão ou álcool em gel). Se você não tiver um lenço disponível, cubra o nariz e a boca com o braço dobrado, usando a “parte interna do cotovelo”, e nunca as mãos.

O que fazer com uma pessoa infectada dentro de casa?

Obviamente, conviver com alguém infectado aumenta o risco de você contrair o coronavírus. Por isso, é muito importante que esse paciente permaneça isolado em um quarto bem ventilado, mas que a porta fique sempre fechada. Se possível, a pessoa doente deve ter um banheiro só para ela. Além disso, não pode compartilhar nenhum objeto (toalha, louças, travesseiro, roupas).

Tudo que a pessoa infectada utilizar —inclusive o banheiro, se ele não for exclusivo — deve ser imediatamente higienizado com água e sabão, álcool 70% ou água sanitária. Use máscara e luvas para fazer isso.

Como jogar o lixo corretamente?

O infectado deve ter um lixo exclusivo para descartar resíduos e até máscaras e luvas, sempre que forem usadas. O lixo deve ser isolado em um saco plástico e lacrado antes de ser descartado.

Quem for coletar esse saco deve usar luvas, que precisam ser jogadas fora imediatamente após o lixo ser removido. A pessoa não deve tocar em nada e lavar as mãos em seguida.

Quais produtos de limpeza matam o coronavírus?

Água e sabão, álcool 70% e água sanitária são os produtos mais indicados para higienizar ambientes e objetos e “matar” o novo coronavírus.

Além desses, de acordo com João Prats, infectologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, qualquer outro produto de limpeza com cloro, álcool e ação desengordurante ou desinfetante é efetivo para acabar com o micro-organismo.

Quais cuidados devo ter ao ir ao mercado ou à farmácia?

O ideal é realizar compras online. Se não for possível e precisar sair para ir ao mercado ou à farmácia, procure fazer isso em um horário em que o estabelecimento costuma estar vazio.

Durante as compras, considere que suas mãos estão contaminadas o tempo todo e nunca toque a boca, o nariz ou os olhos. Procure também manter uma distância de 1,5 m a 2 m para outras pessoas e evite ao máximo conversar. Lave as mãos ou use álcool em gel assim que finalizar as compras —ou imediatamente após chegar em casa.

Quais cuidados tomar ao chegar em casa?

Até o momento, não foi comprovado que ocorra a contaminação indireta do coronavírus. Ou seja, não sabemos se um vírus presente no seu sapato ou na sacola do mercado tem potencial para deixar você doente (depois de ser levado até a boca ou nariz, claro). Porém, nesse momento é melhor ter cuidado ao voltar para casa. Então, reserve um calçado só para sair e não ande com ele dentro de casa.

Quando voltar da rua, tome banho —ou pelo menos lave muito bem as mãos e o rosto com água e sabão — e coloque as roupas para lavar.

Como limpar as compras e pedidos de delivery?

O cuidado principal ao receber compras é não ter contato físico com o entregador —mesmo que ele não esteja infectado, passou por várias casas e pode estar carregando o vírus em suas mãos.

Até o momento, não está comprovado que ocorra contaminação indireta do coronavírus. Ou seja, não sabemos se o vírus presente em uma embalagem deixa você doente. Porém, já foi identificado que ele pode viver até 24 horas em papelão e de dois a três dias em plástico. Portanto, não custa tomar cuidado. Ao receber pedidos de delivery ou chegar com compras, retire os produtos da embalagem —ou higienize os recipientes com água e sabão ou álcool 70% — e depois lave bem as mãos.

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Fonte: Viva Bem

Como diminuir o risco de contaminação por coronavírus no transporte público?

abril 22nd, 2020 by

Durante a pandemia do novo coronavírus (SARS-Cov-2), os órgãos de saúde recomendam que a população faça deslocamentos somente quando for necessário, para evitar exposição e disseminação do vírus. A orientação vale principalmente para aqueles que utilizam transporte público, seja ônibus e trem, seja transporte particular compartilhado, como táxi e aplicativos.

Se precisar utilizar, algumas dicas podem ajudar a se prevenir. São elas:

  • Lavar bem as mãos ao chegar ou sair de casa, trabalho ou estabelecimento ao qual você tenha ido;
  • Utilizar álcool gel antes de subir e após descer do veículo, pois o vírus pode ser transmitido por objetos e superfícies;
  • Não leve as mãos ao rosto (olhos, boca e nariz) enquanto não tiver a oportunidade de higienizá-las, principalmente dentro do transporte;
  • Caso suspeite que possa estar com a doença, utilize máscaras descartáveis;
  • Sempre que tossir ou espirrar, cubra a boca e o nariz com o antebraço, nunca com as mãos;
  • Abra janelas, caso o transporte possua. Ambientes fechados são mais propícios à transmissão;
  • Se possível, mantenha 1 metro de distância das outras pessoas;
  • Limpe objetos pessoais que tocar durante o trajeto com álcool em gel (por exemplo, o celular).

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Fonte: Dr. Drauzio Varella

Tenho uma condição que provoca falta de ar. Como diferenciá-la da Covid-19?

abril 21st, 2020 by

O sintoma mais preocupante da covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, é a falta de ar. Para os infectologistas, apenas quem sente esse sintoma deve procurar atendimento médico. Os demais casos, com sintomas leves (que, felizmente, são a maioria), podem se recuperar em casa. O problema é que pessoas com condições que também provocam falta de ar podem se confundir nesse ponto: como saber se a falta de ar que estou sentindo é causada pela minha condição ou é um sinal de coronavírus?

O primeiro passo é tentar notar se esse episódio de falta de ar é semelhante ao de episódios anteriores. Por exemplo, um paciente com asma provavelmente conhece as características de suas crises asmáticas e saberá se há algo diferente em um nova crise. Além disso, é importante prestar atenção nos sintomas associados. O que você tem sentido junto com a falta de ar? Nos casos graves, a covid-19, além de falta de ar, normalmente provoca sintomas como tosse seca, coriza e febre. Já asma não costuma causar febre. É preciso observar essas diferenças. Se elas existirem e você estiver em dúvida, busque atendimento médico.

Compare a diferença entre os sintomas de algumas doenças que podem causar falta de ar:

  • Covid-19: Os principais sintomas são tosse seca, coriza, dor de garganta e febre. Em casos graves, pode haver falta de ar e febre alta;
  • Asma: Os sintomas da asma incluem tosse seca, falta de ar, respiração ofegante, chiado, pressão no peito ou ritmo cardíaco acelerado;
  • Bronquite: O principal sinal é a tosse (seca ou com catarro), mas também pode ocorrer falta de ar, chiado ao respirar, febre e calafrios;
  • DPOC: A falta de ar é um dos principais sintomas, podendo ser leve no início da doença e muito intensa na fase avançada. Outro sintoma comum é a tosse;
  • Transtorno do pânico: Um ataque de pânico pode provocar uma série de sintomas físicos, como falta de ar e sensação de sufocamento, sudorese, náusea, tontura, palpitações e dor no peito (que pode até ser confundida com um infarto).

É claro que existem semelhanças, mas cada doença tem suas características específicas. O mais importante é identificar o conjunto de sintomas, já que a falta de ar é apenas um dos sinais da covid-19. Os outros sintomas podem ser diferentes daqueles provocados pela sua condição. Fique atento, não deixe de adotar as medidas preventivas e evite sair de casa.

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Fonte: Dr. Drauzio Varella

Grávidas e puérperas são agora grupo de risco para o novo coronavírus

abril 20th, 2020 by

O Ministério da Saúde anunciou na semana do dia 13/04/2020 que grávidas e puérperas (que tiveram filhos nos últimos 45 dias) fazem parte do grupo de risco que tem maior risco de sofrer complicações da covid-19, provocada pelo novo coronavírus. Apesar de não haver estudos sobre o impacto em gestantes e puérperas, a pasta as inclui no grupo por precaução, visto que já que houve casos de morte no país.

Além disso, a inclusão dessas mulheres levou em consideração a ação de outros coronavírus e vírus gripais já conhecidos e estudados, como o influenza. Em nota, o Ministério encaminhou o seguinte posicionamento: “As gestantes e puérperas são mais vulneráveis a infecções e, por isso, estão nos grupos de risco do vírus da gripe. Estudos científicos apontam que a fisiopatologia do vírus H1N1 pode apresentar letalidade nesses grupos associados à história clínica de comorbidades dessas mulheres. Sendo assim, para a infecção pela covid-19 o risco é semelhante pelos mesmos motivos fisiológicos, embora ainda não tenha estudo específico conclusivo. Portanto, os cuidados com gestantes e puérperas devem ser rigorosos e contínuos, independentemente do histórico clínico das pacientes”.

De qualquer maneira, ressaltamos que as precauções para evitar infecção pelo coronavírus seguem as mesmas. Caso esteja grávida ou em fase de amamentação, atente aos seguintes cuidados:

  • Continue seguindo sua rotina de acompanhamento médico;
  • Utilize máscara de tecido ou descartável se precisar sair de casa;
  • Vacine-se contra a gripe;
  • Mantenha a rotina de amamentação;
  • Lave sempre as mãos com álcool gel ou água e sabão, principalmente antes de tocar seu bebê, e mantenha superfícies e objetos limpos e desinfetados;
  • Evite receber visitas neste momento;
  • Se tiver febre, tosse ou dificuldade para respirar, procure assistência médica imediatamente.

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Fonte: Dr. Drauzio Varella

Por que a tomografia está sendo cada vez mais usada nos casos de covid-19?

abril 9th, 2020 by

Doença extremamente dinâmica, se há uma lição que a infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2 repete até entrar em nossas cabeças é a da impermanência das coisas. Até outro dia, ninguém recomendava uma tomografia computadorizada a uma pessoa que estivesse, por exemplo, sentido uma quebradeira no corpo, com febre, dor de garganta e diminuição do fôlego.

O exame estava longe de ser indicado para quem tinha sintomas leves ou até mesmo moderados que apontassem na direção de um possível diagnóstico de covid-19. Em geral, seguiam para os tomógrafos apenas aqueles pacientes com uma falta de ar importante, que os médicos consideravam mais graves. Mas isso mudou.

“A mudança nas diretrizes aconteceu um pouco em função de que nem sempre há disponibilidade de testes para confirmar a presença do vírus. Sem contar que a fila de espera para obter o resultado desse exame está, de fato, muito grande”, constata o radiologista torácico Gustavo Meirelles, que é gestor médico de Inovação do Grupo Fleury.

Atualmente, os médicos começam a pedir a tomografia para quem tem sintomas mais leves, sim. Por exemplo, para pessoas nos grupos de risco, as quais apresentam uma tendência maior de a história se complicar de uma hora para outra. Afinal, a imagem obtida pelo exame pode exibir características muito comuns nesse tipo de infecção e, digamos, colocar o gato em cima do telhado de vez. 

Encontrar todas as pistas do coronavírus na imagem dos pulmões não muda em nada a conduta, bom ir logo esclarecendo: “A pessoa continuará isolada em casa”, avisa o radiologista. Só que, na certa, ela e a equipe médica ficarão ainda mais espertas sobre a possibilidade de progressão da doença sabendo que é um caso de covid-19. Ou, melhor dizendo, que tem tudo para ser mais um caso de covid-19. Eis a questão no centro de um novo debate: a tomografia computadorizada deve ser usada para diagnosticar a doença e não apenas para avaliar sua evolução?

O que é uma tomografia computadorizada

Na medicina, o repertório da radiologia inclui diferentes técnicas de diagnóstico por imagens. Quando em 1895, em um laboratório de física na Alemanha, surgiu a radiografia, o popular exame de raio-x, foi aberto todo um campo para investigar alterações capazes de acusar encrencas nos ossos e nos mais diversos órgãos. No caso desse exame, em geral a pessoa fica em uma maca ou até em pé. Um aparelho, mirando a área a ser investigada, emite um feixe de elétrons que atravessa o corpo. Áreas mais densas, bloqueando parte dessa radiação, aparecerão mais claras na imagem bidimensional formada em uma placa sensível — antes era a velha e boa chapa e, agora, essa imagem costuma ficar digitalizada.

Demorou mais de 70 anos para associarem o computador a essa técnica, o que tornou possível a tomografia. Nela, a radiação é emitida por uma espécie de tubo que vai girando e girando velozmente feito a espiral de um caderno ao redor da pessoa, que permanece deitada com os braços para cima, no caso do exame feito para investigar os pulmões. Acho que dá para dizer que a tomografia computadorizada é uma espécie de raio-x em 360 graus. 

“Em questão de segundos, esse equipamento faz cerca de 40 ou 50 imagens do tórax, da parte mais alta, próxima do pescoço até a base dos pulmões, tanto de frente quanto de lado”, conta Gustavo Meirelles, dando o exemplo que nos interessa para entender a aplicação da tomografia nos pacientes com suspeita de covid-19. “Essas imagens são como sucessivas fatias de 1 milímetro que, depois, o computador irá montar formando imagens em 3-D”, diz o radiologista do Fleury.

Existem, porém, alguns senões. Um deles, sem dúvida, é o preço. “A tomografia é bem mais cara em função da tecnologia empregada, se a gente a comparar com o raio-x”,  avisa Meirelles. “Além disso, a radiação é bem mais elevada. Já foi cerca de 50 vezes maior do que a de uma radiografia. Hoje, porém, contamos com  equipamentos de baixa dose e, com eles, essa radiação é apenas entre cinco e seis vezes maior. Ainda assim, a meta é reduzir cada vez mais, lançando mãos de aparelhos de baixíssima dose que por enquanto continuam em fase de estudos, a fim de que, um dia, os dois exames tenham uma emissão de raios semelhante.”

Por que o exame não era pedido em toda suspeita de covid-19?

“Para minimizar a contaminação das equipes envolvidas e também de outros pacientes”, responde Gustavo Meirelles. De fato, a ideia sempre foi evitar ao máximo que pessoas que possam estar com a doença transitem por aí, transmitindo o coronavírus desde a sala de espera para outros pacientes, o pessoal da recepção, técnicos, enfermagem… Sem contar que o próprio equipamento — agora mais do que nunca — precisa ser muito bem higienizado entre um exame e outro. Vai que….

O que as imagens da tomo podem revelar

A pessoa, deitada, entra no tubo com os braços elevados acima da cabeça. Isso porque seus ossos podem gerar ruídos na imagem dos pulmões. A primeira batelada enviada ao computador é com os pulmões cheios de ar. Depois que o sujeito expira, são feitas as imagens dos pulmões vazios.

“Em geral, logo no início da infecção, não observamos nenhuma alteração nesses órgãos”, diz o médico. Mas, naquela que podemos chamar de “fase 1”, notam-se pontos nas regiões mais periféricas dos pulmões que os especialistas descrevem como um vidro fosco. Gustavo Meirelles explica: “Se eu tenho uma pneumonia causada por uma bactéria, a imagem fica com o que chamamos de condensação. Ou seja, a área afetada fica branca. Imagine que tivesse um anteparo de madeira na frente e que, por causa dele, eu não conseguisse enxergar nada que estivesse atrás, como veias, artérias, brônquios…”.

Já se a pneumonia é provocada por um vírus, como o maldito corona, é diferente: “‘É mesmo como um vidro fosco. Eu não posso ver essas estruturas com nitidez, mas vislumbro suas sombras”, descreve. Ou seja, a pista número 1 é essa: em geral, se é uma bactéria que está castigando os pulmões, a imagem costuma ser consolidada ou condensada, embora possam existir raras exceções. E, se é uma pneumonia causada por uma virose, há a tal imagem em vidro fosco. O que, claro, não quer dizer que o vírus seja o coronavírus. Mas há outras pistas…

Além de começar a maltratar os pulmões pela base e pelas beiradas — os pontos que lembram o vidro fosco se concentram na periferia e na parte mais baixa —, a covid-19 parece ter um padrão. Quando vai se agravando, os médicos começam a enxergar linhas, como se fosse um rendilhado. E então, quando tudo piora ainda mais, surge o que chamam de halo invertido. Ou seja: não dá para ver mais nada daquela área periférica que, antes, mostrava a sombra de vasos e brônquios. Ela agora aparece branca, condensada. E bem no meio dos pulmões, no miolo mesmo, a imagem é de vidro fosco. Nesse ponto do enredo, danou-se, porque a coisa ficou muito séria.

Segundo Gustavo Meirelles, existe uma associação dessa imagem em halo invertido com a formação de pequenos — e perigosos — micro-trombos ou coágulos por toda a região. De todo modo, fica claro que a tomografia — aí pensando principalmente nos casos confirmados de covid-19 — ajuda a equipe médica a avaliar o estágio da doença e se ela está se agravando ou não.

Se bem que, na prática, os hospitais têm usado com maior frequência a ultrassonografia para essa finalidade. Não por nada: apesar de fornecer menos detalhes, o equipamentodo ultrassom  é portátil, o que facilita à beça quando se tem um paciente no leito de uma UTI, por exemplo. “E, outra vantagem, ele pode ser embalado, diminuindo o risco de contaminação”, lembra Meirelles. A ultrassonografia pode acusar, por exemplo, o acúmulo de líquido na pleura, um fortíssimo sinal da inflamação pulmonar.

Nem tudo é o que parece ser

Quando se pensa em diagnóstico, a dificuldade é que outras infecções virais também deixam aquela imagem de vidro fosco no resultado da tomo. “A própria gripe por H1N1 faz isso, embora não necessariamente na base e na periferia, como o coronavírus. O citomegalovírus é outro que pode estar por trás de uma pneumonia acusada por esse resultado no exame”, exemplifica o radiologista. 

Tampouco se pode dizer que a imagem em vidro fosco bilateral — isto é, nos dois pulmões — crava o diagnóstico. Às vezes, ao menos mais no início, só um lado fica com essa aparência encoberta. E mais importante: “Nem toda pessoa que está infectada pelo coronavírus vai ter uma pneumonia”, diz o médico.

Ou seja, nesse caso a tomografia computadorizada não vai achar nada de estranho, o paciente pode pensar que então não era nada — só o tal do “resfriadinho”— e se iludir com uma falsa segurança. Pior, sair espalhando o vírus. A pneumonia, possível de ser visualizada,  costuma aparecer em uma faixa que vai de apenas 60% à totalidade dos pacientes, conforme a fase da infecção ou o indivíduo.

Gustavo Meirelles é categórico: “Não há nenhum sinal de imagem que me dê 100% de certeza de que se trata de uma covid-19”. Ainda assim, com todas as dificuldades atuais para alguém ter em mãos o resultado do teste de PCR para o coronavírus, a tomografia computadoriza parece ser a única saída para um diagnóstico precoce. E há até quem aposte que, logo mais, diante desse cenário, será o exame padrão-ouro para a gente saber que paciente deve estar com a doença.

Acompanhe os dados em tempo real através de nosso site do Coronavírus.

Fonte: Lúcia Helena

Coronavírus: Quando ir ao pronto-socorro?

abril 9th, 2020 by

Febre, mal-estar, cansaço, tosse. Por mais que pareça prudente procurar atendimento médico para identificar se é gripe ou coronavírus, o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) recomendam que só deve ir ao hospital quem estiver se sentindo muito mal, com sintomas mais graves como dificuldade para respirar e febre alta (a partir de 39°C). A medida serve para evitar que a pessoa sobrecarregue o sistema de saúde de maneira desordenada e que ela contamine ou seja contaminado por coronavírus (caso não esteja infectado) ou por outros vírus circulantes (estamos vivendo os primeiros casos de infecção por gripe H1N1, que matou pelo menos mil pessoas em 2019).

Portanto, reforçando: com sintomas de gripe leve e resfriado, a recomendação é ficar em casa, atenuando os sintomas com o uso de medicamentos simples para dor e febre (analgésicos e antitérmicos). Só procure um serviço de atendimento se sentir dificuldade para respirar ou tiver sintomas mais graves, como febre muito alta .

Indivíduos que voltaram de alguma viagem internacional nos últimos 14 dias e começarem a ter febre em conjunto com sintomas respiratórios (tosse e falta de ar) devem visitar um hospital. Por outro lado, sinais leves e isolados, como coriza, só pedem uma ligação para o número 136, pelo qual profissionais dão orientações específicas sem expor a pessoa a um ambiente com maior circulação de patógenos.

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Fonte: Dr. Drauzio Varella