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Entenda o que é “lockdown” e a diferença em relação ao isolamento social

maio 5th, 2020 by

O termo “lockdown”, que significa bloqueio total em inglês, é a medida mais severa em uma pandemia. Com essa decisão, a entrada e a saída de veículos particulares são proibidas e limites entre cidades são fechados, além da proibição de aglomerações em locais públicos. Praticamente todos os serviços não essenciais ficam proibidos e só é possível sair de casa para comprar alimentação, remédios e levar pessoas a unidades de saúde.

No isolamento social, é recomendada a permanência em casa e são proibidas aglomerações. A medida serve tanto para pessoas infectadas por Covid-19, que devem se isolar por 14 dias sem nenhum contato com outras pessoas, quanto para cidadãos não infectados, em caráter voluntário, mas recomendado pelo Poder Público como medida eficaz de conter a curva de contaminação.

Maranhão

Nesta quinta-feira, 30, o primeiro “lockdown” de municípios no Brasil foi decretado devido ao avanço dos casos de coronavírus. A decisão foi proferida pela Justiça do Maranhão aos municípios de São Luís, São José do Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, todos na Região Metropolitana da capital maranhense e vale por 10 dias, a partir de 5 de maio.

Conforme a decisão judicial, em consonância com o decreto de isolamento social no Maranhão, ficam suspensas todas as atividades não essenciais, com a exceção de serviços de alimentação, farmácias e portos e indústrias com turno de trabalho de 24 horas. Durante os dez dias, bancos e lotéricas poderão abrir somente para o saque de auxílio emergencial, salários e benefícios sociais a partir de terça-feira, dia 5, nas quatro cidades do Maranhão.

Acompanhe os dados em tempo real através de nosso site do Coronavírus.

Fonte: O Povo

7 dicas para manter o sono em dia durante a quarentena

maio 2nd, 2020 by

A pandemia do novo coronavírus  (vírus causador da doença chamada de Covid-19) trouxe uma realidade com a qual não estávamos acostumados. Muitos trabalhadores que não atuam em serviços essenciais estão em casa, e as crianças estão sem aulas nas escolas. A quarentena é importante para evitar disseminação do vírus, mas se adaptar a uma nova rotina não é tão simples, e pode ter consequências na saúde mental, na alimentação e no sono. 

O período de confinamento causa uma ansiedade maior que o normal, e isso pode levar a noites mal dormidas. E dormir mal pode causar redução da imunidade, alterações no humor, aumento do estresse, dores de cabeça e até maior vulnerabilidade a problemas cardiovasculares. Ter boas noites de sono faz toda a diferença na qualidade de vida. Por isso, separamos algumas dicas para ajudá-lo a dormir bem durante a quarentena:

1. CRIE E SIGA NOVAS ROTINAS

Ter uma rotina ajuda a ajustar o relógio biológico. Se você está trabalhando em casa neste período de quarentena, defina as horas do dia que serão dedicadas ao trabalho e as horas que serão dedicadas a outras atividades, como tarefas de casa e cuidados pessoais. Se possível, separe um espaço para trabalhar e não trabalhe na cama, que deve ser um local de descanso.

Mas atenção: criar uma rotina na quarentena não significa que você deve ser produtivo o tempo inteiro. Haverá dias em que a rotina não será cumprida, mas não se culpe. Tente colocar em prática o que for viável para você, respeitando seu tempo e seus limites. 

2. PROCURE DORMIR E ACORDAR NO MESMO HORÁRIO

Tente se organizar para ir para a cama todos os dias na mesma hora, assim será mais fácil acordar na mesma hora. Mesmo que você não consiga dormir muito cedo, mantenha o hábito de se deitar no mesmo horário, pois quando chega aquela hora da noite, seu cérebro entende que é hora de dormir. Lembre-se de dormir pelo menos de 7 a 8 horas por noite e evite longas sonecas ao longo do dia para não perder o sono à noite. 

3. EVITE O CONSUMO DE BEBIDAS ESTIMULANTES À NOITE

Bebidas que contêm cafeína (como café, chás e chocolates) devem ser evitadas algumas horas antes de dormir, já que possuem efeito estimulante e dificultam o sono. Evite também bebidas alcoólicas antes de ir para a cama, pois o álcool pode causar desconforto no estômago e fazer você acordar à noite algumas vezes para urinar. 

4. NÃO COMA LOGO ANTES DE DEITAR

Procure jantar algumas horas antes de se deitar para dormir, para que a digestão seja completa. O ideal é priorizar alimentos leves à noite, e evitar aqueles muito gordurosos. Comidas muito pesadas podem causar refluxo e outros sintomas gástricos, atrapalhando o sono.

5. CUIDE DA SUA SAÚDE MENTAL

Para aliviar a ansiedade e o estresse, fatores que prejudicam a qualidade do sono, mantenha contato com amigos e familiares pela internet ou telefone; faça atividades de que gosta, como cozinhar, dançar ou escrever (a escrita pode ser muito útil nesses momentos); e controle o consumo de informações. Em tempos de pandemia, o excesso de notícias pode aumentar a ansiedade nos manter alertas por mais tempo, o que também atrapalha o sono. 

6. EVITE APARELHOS ELETRÔNICOS ANTES DE DORMIR

A exposição às telas antes de dormir é ruim porque a luz dos aparelhos eletrônicos interfere na produção de melatonina, hormônio que ajuda a regular o sono. Desligue a TV e não passe tanto tempo no celular ou computador logo antes de se deitar. Essa dica também é útil para evitar o consumo de notícias em excesso antes de dormir, conforme citamos acima. 

7. FAÇA EXERCÍCIOS FÍSICOS DURANTE O DIA

A atividade física é importante aliada da saúde mental. O exercício libera hormônios que ajudam a combater a depressão e a ansiedade e aumentam a sensação de bem-estar, e tudo isso tem impacto em nossa rotina de sono. Separe alguns minutos do dia para se exercitar, praticar yoga, fazer aulas de dança online ou até mesmo dar algumas voltas no quintal. O importante é se mexer. 

Coronavírus: Casos de Covid-19 dobram nas capitais a cada 5 dias e meio

maio 1st, 2020 by

O número de casos confirmados de covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, dobra a cada 5 dias e meio nas capitais de estado, segundo estudo feito pelo Lapmat-Ufopa (Laboratório de Aplicações Matemáticas da Universidade Federal do Oeste do Pará). A base utilizada são os números oficiais da pandemia no país divulgados pelo Ministério da Saúde até terça-feira (28).

A pesquisa feita pelo laboratório de matemática inclui apenas os números oficiais. Como há grande subnotificação de casos e mortes suspeitas ao redor do país, a velocidade de contágio nestas cidades pode ser ainda maior. A lista não coincide com as cidades onde há mais casos registrados, mas mostra onde a taxa do contágio é mais rápida.

Entre as cidades analisadas, São Luís é onde a taxa de propagação do vírus está mais rápida. Na capital do Maranhão, o número de casos confirmados dobra a cada 3,61 dias. Em Belém, o número dobra a cada 4,04 dias e em Macapá, a cada 4,22 dias.

Em Manaus, que na semana passada iniciou o enterro de vítimas da covid-19 em covas coletivas por falta de espaço e tempo, o número oficial de casos dobra a cada 4,32 dias em média. No ranking feito pelos pesquisadores, logo depois aparece o Rio de Janeiro, onde o número de infectados dobra a cada 4,34 dias.

Em comum, essas cinco capitais estão entre as primeiras a apresentar sinais de esgotamento do SUS (Sistema Único de Saúde) para socorrer as vítimas do novo coronavírus.

“O que temos visto nos números é um aumento na velocidade da taxa de contágio em vários locais”, afirma Rodrigo Medeiros dos Santos, professor da Ufopa que participa do estudo.

É uma questão matemática, a única variável capaz de diminuir o ritmo de contágio é diminuir o número de pessoas que um infectado pode contaminar. Ou seja, temos que fazer tudo aquilo que sabemos: evitar sair de casa e tomar todo o cuidado nos contatos sociais quando tiver que sair com máscara e álcool em gel e lavando as mãos o tempo todo.”

Curitiba, Palmas e Campo Grande são as únicas cidades onde o número de casos confirmados ainda leva, em média, mais de uma semana para dobrar.

TEMPO PARA NÚMERO DE CASOS DE COVID-19 DOBRAR NAS CAPITAIS

  1. São Luís – 3,61 dias
  2. Belém – 4,04 dias
  3. Macapá – 4,22 dias
  4. Manaus – 4,32
  5. Rio de Janeiro – 4,34 dias
  6. Recife – 4,55 dias
  7. São Paulo – 4,57 dias
  8. Fortaleza – 4,67 dias
  9. Belo Horizonte – 4,71 dias
  10. João Pessoa – 4,72 dias
  11. Boa Vista – 5,01 dias
  12. Salvador – 5,20 dias
  13. Porto Velho – 5,39 dias
  14. Natal – 5,43 dias
  15. Maceió – 5,57
  16. Porto Alegre – 5,58 dias
  17. Cuiabá – 5,72 dias
  18. Aracaju – 6,08 dias
  19. Teresina – 6,24 dias
  20. Goiânia – 6,30 dias
  21. Vitória – 6,31 dias
  22. Florianópolis – 6,5 dias
  23. Rio Branco – 6,61 dias
  24. Curitiba – 7,48 dias
  25. Palmas – 7,52 dias
  26. Campo Grande – 7,67 dias

São Luís não tem mais leitos

Praticamente sem leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) disponíveis em São Luís, a Justiça do Maranhão decidiu decretar “lockdown” de dez dias na capital e outras três cidades da região metropolitana na noite de ontem. O “lockdown”, expressão em inglês que pode ser traduzida livremente como “fecha tudo”, é um bloqueio que impede a livre circulação de pessoas em determinada área, com uso de força policial quando é necessário.

Com a medida, as pessoas só poderão sair de casa para comprar alimentos e medicamentos, em casos de emergência ou quando a atividade desempenhada é considerada essencial.

Até quarta, o estado tinha 3.190 casos confirmados com 184 mortes de covid-19. A região sanitária que inclui a capital maranhense é a segunda em índice de contágio a cada 1 milhão de habitantes, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde na terça-feira (28): taxa de 1.354,3, contra 1.756,6 da 1ª região de Fortaleza. A de São Paulo, cidade com mais mortes, é de 1.114.

Em Belém, corpos de vítimas suspeitas ou confirmadas do novo coronavírus foram flagrados empilhados dentro de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), e sistema funerário da cidade também já mostra sinais de sobrecarga.

O Pará tinha até ontem 2.876 casos confirmados de covid-19, com 208 mortes.

Para conter o risco durante os enterros de vítimas da pandemia em Macapá, as funerárias têm realizado um cortejo de carro com os caixões em frente à casa das vítimas, para os familiares despedirem-se em segurança sem ter de ir ao cemitério.

Até ontem, o Amapá tinha 1.080 casos confirmados e 34 mortes.

Maranhão e Amazonas lideram taxa de transmissão

Quando são analisados os números dos estados, Maranhão, Amazonas e Pará lideram a taxa de transmissão da covid-19 no país: os casos levam, em média de dias, 3,15; 3,48 e 3,49 para dobrar, respectivamente.

Em nenhum deles o número de casos chega a levar uma semana para dobrar. A análise sobre os estados feita pelo laboratório inclui o Distrito Federal e foi feita com os números oficiais de casos até o final da semana passada.

A letalidade da doença, que é o número de mortos em relação ao total de contaminados, estava em 9,04% em Manaus, 8,58% em São Paulo e 8,21% no Rio de Janeiro.

No país, o número de casos dobrava a cada 4,7 dias, de acordo com a pesquisa do laboratório.

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Fonte: Uol

Dicas do John Hopkins Hospital sobre a COVID-19

abril 30th, 2020 by

O Virus não é um organismo vivo, mas sim uma molécula de proteína (o DNA) coberta por uma camada protetora de lipídio (gordura), que, quando absorvida pelas células da mucosa (bucal, nasal ou ocular), altera o código genético dessas células e as converte em agressoras e fábricas de mais DNA viral.

Já que o vírus não é um organismo vivo , mas uma simples molécula de proteína, ele não pode ser morto, apenas ser decomposto.

O tempo de desintegração depende da temperatura, umidade e tipo do material onde o vírus está.

O vírus é muito frágil; a única coisa que o protege é uma muito fina camada externa de gordura. É por isso que qualquer sabão ou detergente é o melhor remédio, já que a espuma do sabão absorve a gordura (É por isso que você precisa esfregar tanto as mãos, por pelo menos 20 segundos, para fazer bastante espuma). Ao dissolver a camada de gordura, a molécula de proteína se dispersa e fratura por si só.

Álcool ou qualquer mistura que tenha mais de 65% de álcool DISSOLVE QUALQUER GORDURA, especialmente a capa externa de lipídio do vírus.

Qualquer mistura com 1 parte de água sanitária e 5 partes de água dissolve diretamente a proteína, quebrando a molécula.

Água oxigenada também ajuda mas é melhor o sabão, álcool ou cloro, porque o peróxido destrói molécula de proteína, mas, você precisa usar ele puro e assim ele ataca a pele.

NENHUM BACTERICIDA SERVE. O vírus não é um organismo vivo como as bactérias. Você não pode matar o que não tem vida com antibiótico, apenas desintegrar sua estrutura com os métodos citados.

NUNCA sacuda pano usado ou novo, lençóis ou roupa. Quando ligado a uma superfície porosa o vírus é muito inerte e desintegra apenas depois de 3 (tecidos e materiais porosos) ou 4 horas (cobre e madeira), 24 horas (papel e papelão), 42 horas (outros metais) e 72 horas (plástico).

Então se você bater o pó ou usar um espanador, as moléculas do vírus permanecerão no ar por 3 horas. E podem se alojar no seu nariz.

As moléculas do vírus permanecem muito estáveis em ar frio seja natural ou artificial como ar condicionado de carros e casas. A umidade ajuda a estabilidade do vírus assim como e especialmente a escuridão. Dessa forma, ambientes secos, quentes, secos e luminosos irão fazer o vírus degradar mais rápido.

LUZ ULTRAVIOLETA sobre qualquer objeto contaminado quebra a proteína do vírus. Por exemplo, é perfeito para desinfetar e reusar uma máscara. Tenha cuidado pois ultravioleta danifica o colágeno (que é uma proteína) da pele induzindo rugas e eventualmente câncer de pele.

O vírus NÃO CONSEGUE passar pela pele saudável.

Vinagre NÃO é útil pois ele não quebra a película protetora de gordura.

NENHUM DESTILADO serve. Os destilados tem 40 % de álcool e você precisa de no mínimo uma concentração de 65 %.

Quanto mais confinado for o espaço, maior será a concentração do vírus. Quanto mais aberto e com ventilação natural menor será.

Isto já foi dito até a exaustão, mas você deve lavar suas mãos antes e depois de tocar suas mucosas, comida, chaves, maçanetas, interruptores, controle remoto, celular, relógios, computadores, etc. E também quando usar o banheiro.

Você precisa hidratar mãos secas tanto quanto lava- las pois o vírus pode se alojar nas pequenas fissuras da pele. Quanto mais viscoso o hidratante, melhor;

Também mantenha suas unhas cortadas para diminuir área de alojamento do vírus.

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Fonte: Abimo

Coronavírus: médico dá dicas de prevenção para pacientes com doenças crônicas

abril 24th, 2020 by

Portadores de doenças crônicas como diabetes, hipertensão e cardiopatias são os mais propensos a ter complicações e morrer de covid-19. O médico, Alan Max, alertou nesta terça-feira (21) que essas pessoas devem ter cuidados redobrados com a higienização, uso de máscara e manter o isolamento social.

“Vários estudos mostram que os pacientes com essas doenças tiveram mortalidade cinco vezes maior do que a população em geral. O problema está na enzima que faz a defesa do nosso organismo. Como o vírus tem uma forma especifica de atuação acaba afetando essas enzimas e prejudicando quem precisa da atuação mais eficiente das mesmas”, disse.

Como medida para evitar o contato com o vírus, o médico alerta sobre os cuidados de prevenção. Orienta aos pacientes fazer o controle adequado da medicação recomendada para evitar ida ao hospital e contrair a doença.

“É preciso ficar atento, porém, aos casos de sintomas referentes ao infarto. O atendimento rápido pode salvar a vida do paciente. O Infarto é a doença que mais mata no mundo. O principal sintoma é dor no peito. Se apertar o local que estiver doendo e a dor aumentar não é no coração. Agora se a dor vier com náusea e suor a pessoa dever procurar o hospital com urgência”, concluiu.

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Fonte: G1

Coronavírus: cuidados que você deve ter para se prevenir da covid-19

abril 23rd, 2020 by

O número de casos de covid-19 cresce dia após dias no Brasil e, por isso, as pessoas estão cada vez mais preocupadas com os cuidados que devem tomar para se prevenir. Não é por menos. Afinal, o novo coronavírus tem a capacidade de se espalhar rapidamente e, na maioria das vezes, é transmitido quando o doente ainda não apresenta sintomas.

A principal forma de contrair o vírus é levar o nariz, aos olhos e à boca a mão contaminada com secreções (gotículas de saliva, catarro) de uma pessoa infectada. Por isso, a recomendação número um é lavar as mãos constantemente e evitar tocar o rosto.

Por que devemos lavar as mãos frequentemente?

O sabão rompe a membrana de gordura que os vírus possuem, fazendo com que “morram”. Por isso, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), lavar as mãos com água e sabão frequentemente é uma das principais formas de evitar a contaminação.

A recomendação é fazer isso o tempo todo, principalmente ao entrar em contato com outras pessoas, ir à rua, tocar em objetos de uso comum (maçanetas, botão do levador, corrimão etc.), antes de comer ou preparar alimentos e depois de usar o banheiro.

Como lavar as mãos corretamente?

Use sabão suficiente para que a espuma cubra toda a superfície das mãos. A lavagem completa deve durar cerca de 50 segundos e ter os seguintes passos:

Esfregue bem a palma das mãos; capriche na limpeza do espaço entre os dedos e também do dorso e do punho. Depois, seque com toalha descartável (em ambientes coletivos). Se a torneira não for automática, use a tolha de papel para fechá-la, ou lave a torneira antes de ensaboar as mãos.

Por que devemos ficar em casa?

Como nosso organismo ainda não tem anticorpos para combater o novo coronavírus, ele é transmitido facilmente de um indivíduo para outro. Se as pessoas continuarem levando uma vida normal (indo trabalhar, frequentando lugares aglomerados etc.), o número de pacientes com covid-19 tende a se elevar rapidamente e sobrecarregar o sistema de saúde. Aí, os hospitais não conseguem atender adequadamente casos graves e o número de mortes aumenta.

Segundo pesquisa epidemiológica do Instituto Butantan, no estado de São Paulo, uma pessoa infectada antes do isolamento tinha potencial para transmitir o vírus para seis pessoas, em média. Com a quarentena, essa taxa caiu para duas pessoas. Por isso é muito importante que todos continuem em casa para evitar o crescimento acentuado da covid-19.

Máscara protege do coronavírus?

Nenhuma máscara garante 100% de proteção. Porém, o acessório —até mesmo a máscara de tecido feita em casa — é capaz de impedir que partículas maiores de secreções (saliva, por exemplo) contaminadas cheguem até seu nariz e sua boca. Além disso, evita que o doente espalhe secreções pelo ambiente.

Apesar de especialistas e estudos científicos apontarem não haver necessidade de quem não possui sintomas respiratórios usar o equipamento de proteção, o Ministério da Saúde mudou sua recomendação e passou a orientar que todos saiam de casa de máscara (de tecido comum). Mas atenção: esse uso não permite que outras medidas preventivas sejam deixadas de lado, como sempre lavar as mãos, evitar o contato físico etc.

Como tossir ou espirrar corretamente?

O coronavírus é transmitido principalmente pelas secreções (saliva, catarro). Por isso, é muito importante seguir as orientações de higiene do Ministério da Saúde.

Sempre cubra o nariz e a boca com um lenço de papel ao tossir e espirrar. Depois, jogue o lenço no lixo e higienize as mãos (com água e sabão ou álcool em gel). Se você não tiver um lenço disponível, cubra o nariz e a boca com o braço dobrado, usando a “parte interna do cotovelo”, e nunca as mãos.

O que fazer com uma pessoa infectada dentro de casa?

Obviamente, conviver com alguém infectado aumenta o risco de você contrair o coronavírus. Por isso, é muito importante que esse paciente permaneça isolado em um quarto bem ventilado, mas que a porta fique sempre fechada. Se possível, a pessoa doente deve ter um banheiro só para ela. Além disso, não pode compartilhar nenhum objeto (toalha, louças, travesseiro, roupas).

Tudo que a pessoa infectada utilizar —inclusive o banheiro, se ele não for exclusivo — deve ser imediatamente higienizado com água e sabão, álcool 70% ou água sanitária. Use máscara e luvas para fazer isso.

Como jogar o lixo corretamente?

O infectado deve ter um lixo exclusivo para descartar resíduos e até máscaras e luvas, sempre que forem usadas. O lixo deve ser isolado em um saco plástico e lacrado antes de ser descartado.

Quem for coletar esse saco deve usar luvas, que precisam ser jogadas fora imediatamente após o lixo ser removido. A pessoa não deve tocar em nada e lavar as mãos em seguida.

Quais produtos de limpeza matam o coronavírus?

Água e sabão, álcool 70% e água sanitária são os produtos mais indicados para higienizar ambientes e objetos e “matar” o novo coronavírus.

Além desses, de acordo com João Prats, infectologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, qualquer outro produto de limpeza com cloro, álcool e ação desengordurante ou desinfetante é efetivo para acabar com o micro-organismo.

Quais cuidados devo ter ao ir ao mercado ou à farmácia?

O ideal é realizar compras online. Se não for possível e precisar sair para ir ao mercado ou à farmácia, procure fazer isso em um horário em que o estabelecimento costuma estar vazio.

Durante as compras, considere que suas mãos estão contaminadas o tempo todo e nunca toque a boca, o nariz ou os olhos. Procure também manter uma distância de 1,5 m a 2 m para outras pessoas e evite ao máximo conversar. Lave as mãos ou use álcool em gel assim que finalizar as compras —ou imediatamente após chegar em casa.

Quais cuidados tomar ao chegar em casa?

Até o momento, não foi comprovado que ocorra a contaminação indireta do coronavírus. Ou seja, não sabemos se um vírus presente no seu sapato ou na sacola do mercado tem potencial para deixar você doente (depois de ser levado até a boca ou nariz, claro). Porém, nesse momento é melhor ter cuidado ao voltar para casa. Então, reserve um calçado só para sair e não ande com ele dentro de casa.

Quando voltar da rua, tome banho —ou pelo menos lave muito bem as mãos e o rosto com água e sabão — e coloque as roupas para lavar.

Como limpar as compras e pedidos de delivery?

O cuidado principal ao receber compras é não ter contato físico com o entregador —mesmo que ele não esteja infectado, passou por várias casas e pode estar carregando o vírus em suas mãos.

Até o momento, não está comprovado que ocorra contaminação indireta do coronavírus. Ou seja, não sabemos se o vírus presente em uma embalagem deixa você doente. Porém, já foi identificado que ele pode viver até 24 horas em papelão e de dois a três dias em plástico. Portanto, não custa tomar cuidado. Ao receber pedidos de delivery ou chegar com compras, retire os produtos da embalagem —ou higienize os recipientes com água e sabão ou álcool 70% — e depois lave bem as mãos.

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Fonte: Viva Bem

Como diminuir o risco de contaminação por coronavírus no transporte público?

abril 22nd, 2020 by

Durante a pandemia do novo coronavírus (SARS-Cov-2), os órgãos de saúde recomendam que a população faça deslocamentos somente quando for necessário, para evitar exposição e disseminação do vírus. A orientação vale principalmente para aqueles que utilizam transporte público, seja ônibus e trem, seja transporte particular compartilhado, como táxi e aplicativos.

Se precisar utilizar, algumas dicas podem ajudar a se prevenir. São elas:

  • Lavar bem as mãos ao chegar ou sair de casa, trabalho ou estabelecimento ao qual você tenha ido;
  • Utilizar álcool gel antes de subir e após descer do veículo, pois o vírus pode ser transmitido por objetos e superfícies;
  • Não leve as mãos ao rosto (olhos, boca e nariz) enquanto não tiver a oportunidade de higienizá-las, principalmente dentro do transporte;
  • Caso suspeite que possa estar com a doença, utilize máscaras descartáveis;
  • Sempre que tossir ou espirrar, cubra a boca e o nariz com o antebraço, nunca com as mãos;
  • Abra janelas, caso o transporte possua. Ambientes fechados são mais propícios à transmissão;
  • Se possível, mantenha 1 metro de distância das outras pessoas;
  • Limpe objetos pessoais que tocar durante o trajeto com álcool em gel (por exemplo, o celular).

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Fonte: Dr. Drauzio Varella

Tenho uma condição que provoca falta de ar. Como diferenciá-la da Covid-19?

abril 21st, 2020 by

O sintoma mais preocupante da covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, é a falta de ar. Para os infectologistas, apenas quem sente esse sintoma deve procurar atendimento médico. Os demais casos, com sintomas leves (que, felizmente, são a maioria), podem se recuperar em casa. O problema é que pessoas com condições que também provocam falta de ar podem se confundir nesse ponto: como saber se a falta de ar que estou sentindo é causada pela minha condição ou é um sinal de coronavírus?

O primeiro passo é tentar notar se esse episódio de falta de ar é semelhante ao de episódios anteriores. Por exemplo, um paciente com asma provavelmente conhece as características de suas crises asmáticas e saberá se há algo diferente em um nova crise. Além disso, é importante prestar atenção nos sintomas associados. O que você tem sentido junto com a falta de ar? Nos casos graves, a covid-19, além de falta de ar, normalmente provoca sintomas como tosse seca, coriza e febre. Já asma não costuma causar febre. É preciso observar essas diferenças. Se elas existirem e você estiver em dúvida, busque atendimento médico.

Compare a diferença entre os sintomas de algumas doenças que podem causar falta de ar:

  • Covid-19: Os principais sintomas são tosse seca, coriza, dor de garganta e febre. Em casos graves, pode haver falta de ar e febre alta;
  • Asma: Os sintomas da asma incluem tosse seca, falta de ar, respiração ofegante, chiado, pressão no peito ou ritmo cardíaco acelerado;
  • Bronquite: O principal sinal é a tosse (seca ou com catarro), mas também pode ocorrer falta de ar, chiado ao respirar, febre e calafrios;
  • DPOC: A falta de ar é um dos principais sintomas, podendo ser leve no início da doença e muito intensa na fase avançada. Outro sintoma comum é a tosse;
  • Transtorno do pânico: Um ataque de pânico pode provocar uma série de sintomas físicos, como falta de ar e sensação de sufocamento, sudorese, náusea, tontura, palpitações e dor no peito (que pode até ser confundida com um infarto).

É claro que existem semelhanças, mas cada doença tem suas características específicas. O mais importante é identificar o conjunto de sintomas, já que a falta de ar é apenas um dos sinais da covid-19. Os outros sintomas podem ser diferentes daqueles provocados pela sua condição. Fique atento, não deixe de adotar as medidas preventivas e evite sair de casa.

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Fonte: Dr. Drauzio Varella

Grávidas e puérperas são agora grupo de risco para o novo coronavírus

abril 20th, 2020 by

O Ministério da Saúde anunciou na semana do dia 13/04/2020 que grávidas e puérperas (que tiveram filhos nos últimos 45 dias) fazem parte do grupo de risco que tem maior risco de sofrer complicações da covid-19, provocada pelo novo coronavírus. Apesar de não haver estudos sobre o impacto em gestantes e puérperas, a pasta as inclui no grupo por precaução, visto que já que houve casos de morte no país.

Além disso, a inclusão dessas mulheres levou em consideração a ação de outros coronavírus e vírus gripais já conhecidos e estudados, como o influenza. Em nota, o Ministério encaminhou o seguinte posicionamento: “As gestantes e puérperas são mais vulneráveis a infecções e, por isso, estão nos grupos de risco do vírus da gripe. Estudos científicos apontam que a fisiopatologia do vírus H1N1 pode apresentar letalidade nesses grupos associados à história clínica de comorbidades dessas mulheres. Sendo assim, para a infecção pela covid-19 o risco é semelhante pelos mesmos motivos fisiológicos, embora ainda não tenha estudo específico conclusivo. Portanto, os cuidados com gestantes e puérperas devem ser rigorosos e contínuos, independentemente do histórico clínico das pacientes”.

De qualquer maneira, ressaltamos que as precauções para evitar infecção pelo coronavírus seguem as mesmas. Caso esteja grávida ou em fase de amamentação, atente aos seguintes cuidados:

  • Continue seguindo sua rotina de acompanhamento médico;
  • Utilize máscara de tecido ou descartável se precisar sair de casa;
  • Vacine-se contra a gripe;
  • Mantenha a rotina de amamentação;
  • Lave sempre as mãos com álcool gel ou água e sabão, principalmente antes de tocar seu bebê, e mantenha superfícies e objetos limpos e desinfetados;
  • Evite receber visitas neste momento;
  • Se tiver febre, tosse ou dificuldade para respirar, procure assistência médica imediatamente.

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Fonte: Dr. Drauzio Varella

Por que a tomografia está sendo cada vez mais usada nos casos de covid-19?

abril 9th, 2020 by

Doença extremamente dinâmica, se há uma lição que a infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2 repete até entrar em nossas cabeças é a da impermanência das coisas. Até outro dia, ninguém recomendava uma tomografia computadorizada a uma pessoa que estivesse, por exemplo, sentido uma quebradeira no corpo, com febre, dor de garganta e diminuição do fôlego.

O exame estava longe de ser indicado para quem tinha sintomas leves ou até mesmo moderados que apontassem na direção de um possível diagnóstico de covid-19. Em geral, seguiam para os tomógrafos apenas aqueles pacientes com uma falta de ar importante, que os médicos consideravam mais graves. Mas isso mudou.

“A mudança nas diretrizes aconteceu um pouco em função de que nem sempre há disponibilidade de testes para confirmar a presença do vírus. Sem contar que a fila de espera para obter o resultado desse exame está, de fato, muito grande”, constata o radiologista torácico Gustavo Meirelles, que é gestor médico de Inovação do Grupo Fleury.

Atualmente, os médicos começam a pedir a tomografia para quem tem sintomas mais leves, sim. Por exemplo, para pessoas nos grupos de risco, as quais apresentam uma tendência maior de a história se complicar de uma hora para outra. Afinal, a imagem obtida pelo exame pode exibir características muito comuns nesse tipo de infecção e, digamos, colocar o gato em cima do telhado de vez. 

Encontrar todas as pistas do coronavírus na imagem dos pulmões não muda em nada a conduta, bom ir logo esclarecendo: “A pessoa continuará isolada em casa”, avisa o radiologista. Só que, na certa, ela e a equipe médica ficarão ainda mais espertas sobre a possibilidade de progressão da doença sabendo que é um caso de covid-19. Ou, melhor dizendo, que tem tudo para ser mais um caso de covid-19. Eis a questão no centro de um novo debate: a tomografia computadorizada deve ser usada para diagnosticar a doença e não apenas para avaliar sua evolução?

O que é uma tomografia computadorizada

Na medicina, o repertório da radiologia inclui diferentes técnicas de diagnóstico por imagens. Quando em 1895, em um laboratório de física na Alemanha, surgiu a radiografia, o popular exame de raio-x, foi aberto todo um campo para investigar alterações capazes de acusar encrencas nos ossos e nos mais diversos órgãos. No caso desse exame, em geral a pessoa fica em uma maca ou até em pé. Um aparelho, mirando a área a ser investigada, emite um feixe de elétrons que atravessa o corpo. Áreas mais densas, bloqueando parte dessa radiação, aparecerão mais claras na imagem bidimensional formada em uma placa sensível — antes era a velha e boa chapa e, agora, essa imagem costuma ficar digitalizada.

Demorou mais de 70 anos para associarem o computador a essa técnica, o que tornou possível a tomografia. Nela, a radiação é emitida por uma espécie de tubo que vai girando e girando velozmente feito a espiral de um caderno ao redor da pessoa, que permanece deitada com os braços para cima, no caso do exame feito para investigar os pulmões. Acho que dá para dizer que a tomografia computadorizada é uma espécie de raio-x em 360 graus. 

“Em questão de segundos, esse equipamento faz cerca de 40 ou 50 imagens do tórax, da parte mais alta, próxima do pescoço até a base dos pulmões, tanto de frente quanto de lado”, conta Gustavo Meirelles, dando o exemplo que nos interessa para entender a aplicação da tomografia nos pacientes com suspeita de covid-19. “Essas imagens são como sucessivas fatias de 1 milímetro que, depois, o computador irá montar formando imagens em 3-D”, diz o radiologista do Fleury.

Existem, porém, alguns senões. Um deles, sem dúvida, é o preço. “A tomografia é bem mais cara em função da tecnologia empregada, se a gente a comparar com o raio-x”,  avisa Meirelles. “Além disso, a radiação é bem mais elevada. Já foi cerca de 50 vezes maior do que a de uma radiografia. Hoje, porém, contamos com  equipamentos de baixa dose e, com eles, essa radiação é apenas entre cinco e seis vezes maior. Ainda assim, a meta é reduzir cada vez mais, lançando mãos de aparelhos de baixíssima dose que por enquanto continuam em fase de estudos, a fim de que, um dia, os dois exames tenham uma emissão de raios semelhante.”

Por que o exame não era pedido em toda suspeita de covid-19?

“Para minimizar a contaminação das equipes envolvidas e também de outros pacientes”, responde Gustavo Meirelles. De fato, a ideia sempre foi evitar ao máximo que pessoas que possam estar com a doença transitem por aí, transmitindo o coronavírus desde a sala de espera para outros pacientes, o pessoal da recepção, técnicos, enfermagem… Sem contar que o próprio equipamento — agora mais do que nunca — precisa ser muito bem higienizado entre um exame e outro. Vai que….

O que as imagens da tomo podem revelar

A pessoa, deitada, entra no tubo com os braços elevados acima da cabeça. Isso porque seus ossos podem gerar ruídos na imagem dos pulmões. A primeira batelada enviada ao computador é com os pulmões cheios de ar. Depois que o sujeito expira, são feitas as imagens dos pulmões vazios.

“Em geral, logo no início da infecção, não observamos nenhuma alteração nesses órgãos”, diz o médico. Mas, naquela que podemos chamar de “fase 1”, notam-se pontos nas regiões mais periféricas dos pulmões que os especialistas descrevem como um vidro fosco. Gustavo Meirelles explica: “Se eu tenho uma pneumonia causada por uma bactéria, a imagem fica com o que chamamos de condensação. Ou seja, a área afetada fica branca. Imagine que tivesse um anteparo de madeira na frente e que, por causa dele, eu não conseguisse enxergar nada que estivesse atrás, como veias, artérias, brônquios…”.

Já se a pneumonia é provocada por um vírus, como o maldito corona, é diferente: “‘É mesmo como um vidro fosco. Eu não posso ver essas estruturas com nitidez, mas vislumbro suas sombras”, descreve. Ou seja, a pista número 1 é essa: em geral, se é uma bactéria que está castigando os pulmões, a imagem costuma ser consolidada ou condensada, embora possam existir raras exceções. E, se é uma pneumonia causada por uma virose, há a tal imagem em vidro fosco. O que, claro, não quer dizer que o vírus seja o coronavírus. Mas há outras pistas…

Além de começar a maltratar os pulmões pela base e pelas beiradas — os pontos que lembram o vidro fosco se concentram na periferia e na parte mais baixa —, a covid-19 parece ter um padrão. Quando vai se agravando, os médicos começam a enxergar linhas, como se fosse um rendilhado. E então, quando tudo piora ainda mais, surge o que chamam de halo invertido. Ou seja: não dá para ver mais nada daquela área periférica que, antes, mostrava a sombra de vasos e brônquios. Ela agora aparece branca, condensada. E bem no meio dos pulmões, no miolo mesmo, a imagem é de vidro fosco. Nesse ponto do enredo, danou-se, porque a coisa ficou muito séria.

Segundo Gustavo Meirelles, existe uma associação dessa imagem em halo invertido com a formação de pequenos — e perigosos — micro-trombos ou coágulos por toda a região. De todo modo, fica claro que a tomografia — aí pensando principalmente nos casos confirmados de covid-19 — ajuda a equipe médica a avaliar o estágio da doença e se ela está se agravando ou não.

Se bem que, na prática, os hospitais têm usado com maior frequência a ultrassonografia para essa finalidade. Não por nada: apesar de fornecer menos detalhes, o equipamentodo ultrassom  é portátil, o que facilita à beça quando se tem um paciente no leito de uma UTI, por exemplo. “E, outra vantagem, ele pode ser embalado, diminuindo o risco de contaminação”, lembra Meirelles. A ultrassonografia pode acusar, por exemplo, o acúmulo de líquido na pleura, um fortíssimo sinal da inflamação pulmonar.

Nem tudo é o que parece ser

Quando se pensa em diagnóstico, a dificuldade é que outras infecções virais também deixam aquela imagem de vidro fosco no resultado da tomo. “A própria gripe por H1N1 faz isso, embora não necessariamente na base e na periferia, como o coronavírus. O citomegalovírus é outro que pode estar por trás de uma pneumonia acusada por esse resultado no exame”, exemplifica o radiologista. 

Tampouco se pode dizer que a imagem em vidro fosco bilateral — isto é, nos dois pulmões — crava o diagnóstico. Às vezes, ao menos mais no início, só um lado fica com essa aparência encoberta. E mais importante: “Nem toda pessoa que está infectada pelo coronavírus vai ter uma pneumonia”, diz o médico.

Ou seja, nesse caso a tomografia computadorizada não vai achar nada de estranho, o paciente pode pensar que então não era nada — só o tal do “resfriadinho”— e se iludir com uma falsa segurança. Pior, sair espalhando o vírus. A pneumonia, possível de ser visualizada,  costuma aparecer em uma faixa que vai de apenas 60% à totalidade dos pacientes, conforme a fase da infecção ou o indivíduo.

Gustavo Meirelles é categórico: “Não há nenhum sinal de imagem que me dê 100% de certeza de que se trata de uma covid-19”. Ainda assim, com todas as dificuldades atuais para alguém ter em mãos o resultado do teste de PCR para o coronavírus, a tomografia computadoriza parece ser a única saída para um diagnóstico precoce. E há até quem aposte que, logo mais, diante desse cenário, será o exame padrão-ouro para a gente saber que paciente deve estar com a doença.

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Fonte: Lúcia Helena